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A LINGUAGEM DA INTERNET E SUA INFLUENCIA NA ESCRITA FORMAL

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Por:   •  6/5/2013  •  2.975 Palavras (12 Páginas)  •  3.439 Visualizações

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A LINGUAGEM DA INTERNET E SUA INFLUENCIA NA ESCRITA FORMAL

Denise de Souza Pereira

Resumo

Com este artigo busca-se fazer uma reflexão sobre a utilização da linguagem utilizada nos grupos sociais da rede mundial de computadores, o internetês, e sua influencia na escrita formal. Pelas leituras e análises se verifica o quanto a linguagem culta está sendo abafada pela linguagem da internet e ainda que essa forma de linguagem interfere na escrita culta. Para fundamentar este artigo busca-se a literatura especializada em Preti (1984, 1996, 1997, 1998, 1999); de Bagno (1999), considerando o preconceito linguístico; e de Tarallo (1986), referindo-se à variação linguística e sociedade. Além dessas fontes se utilizou de jornais de circulação nacional e da entrevista com Maria Teresa de Assunção Freitas, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autora do livro Leitura e Escrita de Adolescentes na Internet e na Escola publicada na revista Veja. Por conclusão se observa que se faz necessário buscar a relação entre as duas linguagens para com isso fazer um paralelo e mostrar as vantagens e desvantagens do uso da linguagem da internet nos meios acadêmicos.

Palavras-chave: Língua culta. Internetês. Estrangeirismo.

Introdução

O Brasil é um país privilegiado em todos os aspectos, uma vez que detém uma multiplicidade de riquezas e uma biodiversidade invejável. Qualquer que seja o aspecto observado, a nação brasileira possui uma complexa diversidade: geográfica, cultural, climática e principalmente linguística, que ainda não foi possível aos estudiosos conhecê-la em todos os seus aspectos. Nesse país continente também se encontram jovens internautas que fazem uso da linguagem da internet para se comunicar.

O homem conseguiu criar símbolos e signos de vários tipos, picturais, gráficos e linguísticos, com o intuito de concretizar a comunicação. Partindo desse pressuposto entende-se que a linguagem verbal é o mais útil e perfeito meio de comunicação humana, constituído por um conjunto de símbolos articulados por meio de palavras, sendo elas orais ou escritas, então a língua é o código linguístico, visto que utiliza a linguagem, própria e particular de uma comunidade.

Esse artigo tem como objetivo observar a utilização da linguagem da internet nas escolas como forma de escrita em detrimento da linguagem culta.

Para fundamentar este artigo busca-se a literatura especializada em Preti (1984, 1996, 1997, 1998, 1999); de Bagno (1999), considerando o preconceito linguístico; e de Tarallo (1986), referindo-se à variação linguística e sociedade. Além dessas fontes se utilizou de jornais de circulação nacional, da entrevista com Maria Teresa de Assunção Freitas, professora da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e autora do livro Leitura e Escrita de Adolescentes na Internet e na Escola publicada na revista Veja, acesso às páginas das comunidades: tiopês, eu iscrevu em internetês dentre outras, bem como nos ícones que são usados nas conversas via rede mundial de computadores fornecidos pela Microsoft e nas observadas do cotidiano dos alunos de uma escola da cidade de Três Marias/MG.

Por conclusão se faz urgente a retomada da Língua Portuguesa culta visto que a linguagem da internet está invadindo os meios escolares. Essa retomada é necessária para que os estudantes ao fazer um paralelo entre as duas linguagens possam falar e escrever corretamente, o que não vem acontecendo na atualidade.

Desenvolvimento

A Língua Portuguesa originou-se aqui no Brasil da chamada de Língua Geral, compilada por Padre José de Anchieta, nos idos de 1750-60. Na Língua geral, Anchieta utilizou-se do Tupy-Guarany e do Latim Comum, ou seja, foi uma invenção tanto para montar um padrão novo de comunicação entre índio e português, como para firmar o processo colonial, como se registra na História.

Com o passar do tempo a língua se flexibiliza, se modifica porque seus usuários necessitam de novas formas de expressões que acompanhem a sua geração. Por isso a Língua é modificável. E tanto altera que às vezes as pessoas mal se compreendem em determinadas regiões do Brasil e em outros países falantes do mesmo idioma. São tantas as formas de grafias e pronúncias que é importantíssimo tomar cuidado com intolerâncias e purismos.

A partir do surgimento acelerado pela globalização, a Internet passou a ser a estrela das mídias e, com a inovação, uma nova forma de se conectar se formou e tem se modificado a cada dia. É, por exemplo, o caso do Internetês que é um primado do afeto. É a linguagem de pertencimento a uma determinada tribo, grupos. Nela se contém a bagagem de facilitação. É aliada da pressa do mundo contemporâneo. Ele faz parte agora de uma família de neologismos anexados à Língua Portuguesa, em nosso caso, e, noutras Línguas também.

Dentre as variedades do Português do Brasil, goza de prestígio e é tomado como norma, como padrão, o Português usado pelo segmento da população que tem bastante escolaridade – o português culto. É a chamada “norma culta”. É essa variedade que é ensinada na escola, que é usada nos documentos oficiais e em livros, jornais, revistas, televisão e rádio. Esses últimos estão aderindo aos poucos a uma linguagem coloquial, utilizando-se de gírias e até mesmo de sinais gráficos utilizados na linguagem virtual entre redes sociais.

Mesmo surgindo no interior de um grupo social, devido à interação entre as pessoas de grupos diversos e ao dinamismo social, a gíria migra para a linguagem comum da sociedade e assim vulgariza-se, tornando-se gíria comum (Preti, 1996), chegando à imprensa escrita.

De acordo com o gramático Roberto Melo Mesquita (1997, p. 28) a linguagem pode estar sendo dividida em níveis; a gíria, que o gramático denomina de nível relaxado da linguagem aponta os desvios da linguagem-padrão. Sua abordagem é de cunho prescritivo. A escritora Isabel Cabral (1995), no seu livro didático Palavra Aberta, trata a gíria de uma perspectiva descritiva.

Em virtude de avanços tecnológicos nos meios de comunicação global, é mutuamente alterado, sobretudo pelos jovens. A Língua Portuguesa tida como “difícil”, “cheia de regras”, “... é o idioma oficial da República Federativa do Brasil”, segundo a Constituição Brasileira, no entanto seus jovens a reinventarem conforme suas necessidades.

A primeira fase de mutação que uma língua materna pode sofrer, talvez seja a incorporação dos

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