Efeitos Bloqueadores Neuromusculares Em Pintos E Camundongos
Dissertações: Efeitos Bloqueadores Neuromusculares Em Pintos E Camundongos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: Ca_caroline • 12/11/2013 • 2.641 Palavras (11 Páginas) • 828 Visualizações
DESCRIÇÃO DOS MÉTODOS E RESULTADOS OBSERVADOS:
No experimento usou-se um cão de aproximadamente 12 kg o qual foi anestesiado com Tiopental e posteriormente a isso foi feita uma incisão na região lateral do pescoço para que se tivesse acesso à veia jugular, artéria carótida comum e nervo vago. Foram ligados à artéria o manômetro de mercúrio carregado com citrato de sódio a 10% e o quimógrafo para aferição da pressão sanguínea e a veia jugular foi canulada para administrações de fármacos. Foi feita a medição da pressão sanguínea do animal sem efeitos de fármacos para que se tivesse um padrão (130 mmHg).
O experimento seguiu as seguintes etapas:
1- Primeiramente foi administrado Heparina (200 UI/ml) intravenosa.
2- Administrou-se solução fisiológica (solução NaCl a 0,9%) e esta não alterou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg);
3- Estimulou-se o nervo vago com uma pinça que acarretou numa diminuição da pressão sanguínea (de 130 mmHg abaixou para 85 mmHg);
4- Administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 1,4ml / Concentração utilizada: 25μg/ml) acarretando numa diminuição da pressão sanguínea (de 130 mmHg abaixou para 80 mmHg) e esta diminuição foi mais lenta em relação ao estímulo vagal;
5- Administrou-se plasma que não modificou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg);
6- Administrou-se plasma e acetilcolina que foram anteriormente encubados em banho-maria a 37ºC e não modificou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg);
7- Administrou-se uma associação de plasma, neostigmina e acetilcolina que foram anteriormente encubados a 37ºC em banho-maria acarretando num declínio da pressão sanguínea (de 130 mmHg para 110 mmHg), depois de feita a aplicação deu-se um intervalo de 10 minutos;
8- Administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 1,4ml / Concentração utilizada: 25μg/ml) novamente e houve uma baixa na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 60 mmHg);
9- Administrou-se atropina (Volume adminstrado: 2,35ml / Concentração: 10mg/ml) logo após a administração de acetilcolina e houve um rápido aumento na pressão sanguínea (de 60 mmHg para 120 mmHg);
10- Administrou-se acetilcolina (Volume administrado: 4,7ml / Concentração utilizada: 500μg/ml) e a pressão sanguínea sofreu três picos registrados pelo quimógrafo, o primeiro pico chegou a 180 mmHg, o segundo a 200 mmHg e o terceiro a 240 mmHg.
11- Administrou-se solução fisiológica (solução NaCl a 0,9%) novamente para experimentos com fármacos ligados ao sistema nervoso autônomo simpático e esta não alterou a pressão sanguínea (mantendo 130 mmHg);
12- Administrou-se Epinefrina (Volume: 2,9 ml / Concentração: 20μg/ml) e houve um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 180 mmHg);
13- Administrou-se Norepinefrina (Volume: 2,9 ml / Concentração: 20μg/ml) e houve um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 200 mmHg);
14- Administrou-se Salbutamol (Volume: 5,85 ml / Concentração: 12 μg/ml) e houve uma diminuição na pressão sanguínea (de 130 mm Hg para 80 mmHg);
15- Administrou-se Propranolol (Volume: 11,7 ml / Concentração: 5mg / ml) e houve uma diminuição na pressão sanguínea (de 110 mmHg para 100 mmHg);
16- Administrou-se Propranolol e em seguida Epinefrina e verificou-se um aumento na pressão sanguínea (de 130 mmHg para 180 mmHg);
17- Administrou-se Propranolol e em seguida Norepinefrina e verificou-se um aumento na pressão sanguínea (de 100 mmHg para 170 mmHg);
18- Administrou-se Propranolol e em seguida Salbutamol e não houve mudança na pressão sanguínea (mantendo-se 110 mmHg);
19- Administrou-se Ioimbina (Volume: 5,85 ml / Concentração: 1mg/ml) e houve uma diminuição na pressão sanguínea (de 110 mmHg para 50 mmHg);
20- Administrou-se Ioimbina e em seguida Epinefrina e houve um aumento na pressão sanguínea (de 70 mmHg para 85 mmHg);
21- Administrou-se Ioimbina e em seguida Norepinefrina e houve um aumento na pressão sanguínea (de 70 mmHg para 85 mmHg);
22- Administrou-se Ioimbina e em seguida Salbutamol e manteve a mesma pressão (50 mmHg);
DISCUSSÃO DOS RESULTADOS OBSERVADOS:
1- A administração de Heparina foi realizada para impedir a formação e o desenvolvimento de trombos ou coágulos sanguíneos no local da incisão e no organismo.
2- E posteriormente foi administrado solução fisiológica (NaCl 0,9%) para servir como uma medida padrão na medição da pressão sanguínea (130 mmHg).
3- O nervo vago estimulado mecanicamente pela pinça desencadeou um potencial de ação. Tanto os receptores nicotínicos quanto os muscarínicos provocam potenciais excitatórios pós-sinápticos (PEPSs), mas podem ter durações distintas. A estimulação dos neurônios pré-ganglionares desencadeia um PEPS rápido, seguido de uma PEPS lento. O PEPS rápido resulta da ativação de receptores nicotínicos, que causam a abertura de canais iônicos que posteriormente ativará a fibra pós-ganglionar assim liberando acetilcolina (ACh) na fenda sináptica dos receptores muscarínicos (BERNE E LEVY, 2004). Os receptores muscarínicos (M3) atuam como mediadores do relaxamento vascular da musculatura lisa, que resulta da liberação de óxido nítrico das células endoteliais adjacentes (RANG E DALE, 2004). Os receptores M3 estão associados à proteína Gq/11 que, por sua vez, ativa a fosfolipase C, responsável pela formação do segundo mensageiro, inositol trifosfato (IP3) (SPINOSA, 2006). O IP3 é um mediador hidrossolúvel, liberado no citossol e que atua sobre um receptor específico (o receptor de IP3 – um canal de cálcio regulador por ligante existente na membrana do retículo endoplasmático) e tem como função controlar a liberação de Ca++ das reservas intracelulares. O aumento de Ca++ inicia vários eventos, incluindo a contração, secreção e ativação
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