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Emanuel e seus relâmpagos

Por:   •  23/11/2015  •  Artigo  •  1.043 Palavras (5 Páginas)  •  179 Visualizações

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Emanoel e seus “relâmpagos” – dom ou maldição?

Ao assistir há alguns anos atrás, a novela “A Indomada”, da Rede Globo de Televisão, vi o drama vivido pela personagem Emanoel. Um jovem bonito, saudável e de boa família, mas atormentado por causa de sua capacidade de “adivinhar” coisas, vivendo na cidade fictícia de Greenvile. Essa novela me fez lembrar que esse drama, apesar de fazer parte de uma estória, uma novela, é vivido por muitas pessoas na vida real. Muitos de nós já ouvimos falar de alguém que tem “habilidades” semelhantes às de Emanoel; e também de seus sofrimentos...

Aí então, muitas perguntas começam a martelar em nossas mentes: O que é isso? Por que isso acontece? Acontece só com algumas pessoas? Por que algumas sofrem e outras não? Já as respostas, são em menor número, senão inexistentes. Esboçá-las, será minha tarefa neste curto espaço.

Situações como a de Emanoel e outras pessoas, têm muitos nomes: habilidades, dons, sexto-sentido, poder da mente, percepção extrasensorial, paranormalidade, psi ... – sem contar aqueles que surgem das explicações médicas (delírios, alucinações, esquizofrenia, hiperestesia, etc.) e religiosas (dons místicos, poder do Espírito Santo, possessão, incorporação, mediunidade, karma...), enfim uma lista que se aproxima de 2.500 diferentes definições! Assim como é muito variado o número de grupos que diz ter as respostas mais certas e definitivas, para explicar as causas desses fenômenos – estamos falando das correntes religiosas e espiritualistas, da ciência (medicina, biologia, física e outras) e da parapsicologia.

Não desejo me transformar em mais um “dono da verdade” e muito menos tecer críticas infundadas e desmedidas à ciência, às religiões ou aos estudiosos e pesquisadores que se pautam por essa ou aquela corrente. Todos têm direito à opinião e crença. É meu dever respeitar esse direito. Entretanto, também tenho o dever de expor considerações que permitam às pessoas buscarem suas próprias verdades.

Não seria possível detalhar neste pequeno espaço, o que cada um dos pesquisadores propõe e defende. Por isso, e por razões históricas, vou me restringir às respostas que a parapsicologia apresenta. Se o leitor se interessar em discutir as outras ou então aprofundar a discussão, estou à inteira disposição, através dos meios de correspondências do jornal.

O que mais nos perturba, no caso de Emanoel, são duas coisas: o sobrenatural (afinal ele pode “adivinhar” coisas!) e o sofrimento. Estariam essas duas coisas ligadas entre si? Isto é, a suposta habilidade de adivinhar coisas traria como conseqüência inevitável tamanho sofrimento? A resposta é não!

Tanto a nossa perplexidade pelo fenômeno, quanto a perturbação com o sofrimento nascem do fato de que nossa sociedade não admite como possível as habilidades chamadas de “paranormalidade”. Nem tampouco nos ensinam a conviver com elas – ao contrário, ensinam-nos a rejeitá-las. Nossas mentes mais brilhantes – em todas as áreas – não aceitam o fato de ser possível prever o futuro, ou ver sem estar presente no local, curar doenças e levitar objetos pela simples vontade de fazê-lo, e muitas outras habilidades tão fora do comum, sem que haja uma lei ou teoria que explique, generalize e justifique o fato. Dizem os “entendidos” no assunto, que isso não existe.

Na verdade, não podem encontrar explicações, e por isso negam. E é aí que está a raiz do problema!

Estamos então diante de uma triste constatação: Emanoel e seus relâmpagos não existem porque desde pequenos somos condicionados a acreditar que eles não existem! Nosso desenvolvimento e educação não prevêem o contato com a realidade e naturalidade desses fenômenos. E quando acontecem, não podemos aceitá-los, pois somos condicionados a rejeitá-los.

Desde há muito tempo, esses mesmos “donos da verdade” vêm influenciando o modo como as pessoas vêem o mundo. Eles constroem as verdades que nos são impostas desde o nascimento e formam as nossas reações aos acontecimentos. Ora, se desde criança somos condicionados a acreditar que esses fenômenos não existem, é lógico que ficamos perplexos quando eles acontecem (e como acontecem!). Não temos a oportunidade de conviver com sua realidade, não aprendemos que são naturais, ao contrário do que acontece com a loucura, por exemplo. É fácil entender que uma pessoa, ao passar por uma experiência traumatizante, possa se desequilibrar mentalmente, e adotar um comportamento estranho. Isso porque, desde pequenos, convivemos com a possibilidade real de isso acontecer.

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