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Empoderamento negro atraves da personalidade de aizita nascimento

Por:   •  2/12/2018  •  Dissertação  •  591 Palavras (3 Páginas)  •  351 Visualizações

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REPRESENTATIVIDADE E EMPODERAMENTO NEGRO REPRESENTADO A PATIR DA PERSONALIDADE DE AIZITA NASCIMENTO


         O termo empoderamento, atualmente tem sido muito utilizado dentro de alguns grupos de lutas sociais. É utilizado para denominar o processo no qual a pessoa se “da conta do seu poder”, ou seja, empoderar-se é reconhecer-se enquanto sujeito social, político, autor da sua própria história e capaz de lutar por direitos que não são só seus, mas também de um grupo. A representatividade e o empoderamento negro podem ser percebido em atidudes simples, como passar a utilizar o cabelo cacheado, deixando de seguir os padrões que a sociedade nos impõem.

        Atitudes de empoderamento em nossa sociedade atual se mostram ser muito importantes, pois fazem com que as pessoas ganhem cada vez mais espaço dentro da sociedade basileira, que se mostra ser uma sociedade muito rascista. Iniciativas como a de Aizita Nascimento se mostram ser  muito marcantes, incentivando outros indivíduos a “se darem conta de seu poder”.

        Aizita Nascimento da Costa, nasceu no Rio de Janeiro, dia 14 de Julho de 1939, se formou em enfermagem e é modelo e atriz. Em 1963, se tornou a primeira mulher negra a disputar um concurso de beleza no Brasil, quando participou do concurso de Miss Guanabara, representando o clube renascença (era ela a Miss Clube Renascença). É importante ressaltar o quanto isso foi um rompimento para a época, tendo em vista que a década de 1960 foi marcada por repressões, censuras e violência no âmbito político, principalmente a partir da instauração da ditadura militar em 1964. No concurso de Miss Guanabara, Aizita não foi premiada, porém o mesmo, lhe deu grande visibilidade e abriu várias possibilidades para que iniciasse a sua carreira artística. Ficou em sexto lugar nesse concurso, porém, saiu do palco com o coro do público indignado com o resultado, onde gritavam: “Queremos a mulata! Queremos a mulata! Queremos a mulata!”. Isso fez com que a sua participação na premiação abrisse um precedente importantíssimo na valorização e exaltação na auto-estima e da beleza da mulher negra.

        Foi a partir da iniciativa de Aizita, que outras mulheres negras tomaram coragem e começaram a participar de concursos de beleza, foi assim, que em 1964, Vera Lúcia Couto recebeu  o título de Miss Guanabara e depois de mais de vinte anos, em 1986, Deise Nunes se tornou a primeira negra ganhar o concurso. Depois de trinta anos, no concurso de Miss Brasil de 2016, outra negra foi a vencedora, Raíssa Oliveira Santana, em meio a vinte e sete candidatas, seis, juntamente com Raíssa, eram negras, sendo esse, o maior número de participantes negras da história do concurso. Esse fato, que a um tempo atrás não era visto, mostrou como, tanto a mulher negra, quanto todas as pessoas afro-descendentes, vem ganhando cada vez mais espaço no Brasil e no mundo, mesmo sabendo que nosso país se mostra ter uma sociedade com uma cultura  muito rascista.

        Mesmo existindo pessoas que contribuem para esse empoderamento, em nossa sociedade os negros possuem pouco espaço e pouca visibilidade, muitas vezes são tratadas de forma inferior, tendo medo de assumirem a cor da sua pele por conta dessas formas de tratamento. E as atitudes de pessoas que nem Aizita Nascimento se tornam muito importantes para que todos tenham coragem para assumirem quem são e conquistarem o seu lugar na sociedade.


REFERÊNCIAS

https://www.modices.com.br/moda/negras-icones-do-brasil/

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