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Emprendedorismo Internacional

Artigo: Emprendedorismo Internacional. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicos

Por:   •  13/3/2015  •  1.093 Palavras (5 Páginas)  •  316 Visualizações

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O Global Entrepreneurship Monitor (GEM) foi criado em 1997, como uma iniciativa de

pesquisa consorciada entre o Babson College e a London Business School com amplo apoio

do Kauffman Center for Entrepreneurial Leadership ligado à Fundação Ewing Marion

Kauffman. O propósito central foi o de aproximar o que há de melhor nos meios acadêmicos e

de pesquisa, na área do empreendedorismo no mundo, para investigar o intrincado e complexo

relacionamento entre empreendedorismo e crescimento econômico. Desde a sua origem, o

projeto foi concebido para transformar-se em um empreendimento multinacional de longo

prazo.

Na sua fase inicial, o projeto teve a participação de 10 países. O Relatório GEM 1999

relaciona os países do G7 (Alemanha, Canadá, Estados Unidos, França, Itália, Japão e Reino

Unido) mais a Dinamarca, Finlândia e Israel. O GEM 2000 obteve a adesão de outros 11

países: Argentina, Austrália, Bélgica, Brasil, Coréia, Espanha, Índia, Irlanda, Noruega,

Singapura e Suécia. O relatório GEM 2000 ampliou a base amostral em relação ao

levantamento anterior, utilizou métodos sofisticados de pesquisa, além de incorporar uma

nova dimensão de grande importância para a análise feita, qual seja, uma avaliação do papel

do capital de risco (venture capital) em cada um dos países participantes. Os dados foram

organizados a partir de três fontes principais:

a) pesquisa de campo junto à população adulta;

b) entrevistas de profundidade com especialistas em empreendedorismo em cada país e

c) uma ampla seleção de dados oficiais padronizados.

O estudo partiu de três questões fundamentais que nortearam o desenho do modelo utilizado e

todo o levantamento realizado:

• Existe variação do nível de atividade empreendedora entre os países, e em caso

positivo, em que medida?

• O nível de atividade empreendedora afeta a taxa de crescimento econômico de um

país?

• O que torna um país empreendedor?

Ao abordar essas três questões, o GEM procura prover argumentos para a realização de um

fórum de debates sobre política pública e desenvolvimento que possa dar novos rumos aos

esforços despendidos no apoio e fomento da atividade empreendedora. Embora os 21 países

que participaram do GEM 2000 apresentem diferenças marcantes, muitos enfrentam um

desafio comum: o de facilitar a atividade empreendedora e, por conseqüência, o crescimento

econômico nacional. Construído sobre uma estrutura consistente de pesquisa, o GEM propicia

uma base de sólidos fundamentos para municiar o debate sobre o tema.

CONSTATAÇÕES GERAIS

As proposições para a ação política e o desenho de políticas e diretrizes para o setor

constantes no relatório internacional têm origem nos dados comparativos extraídos dos 23

países participantes, e merecem ser destacados aqui por suscitar a reflexão e o debate sobre o

potencial que pode representar a atividade empreendedora para o desenvolvimento econômico

e social. As proposições destacadas a seguir são, portanto, extraídas do Relatório GEM 2000,

e representam a posição oficial e geral do projeto. Na seqüência, aspectos particulares a

situação brasileira são discutidos, refletindo a perspectiva do universo representado.

¾ O nível de atividade empreendedora apresenta diferenças significativas entre os

países. No Brasil, 1 em cada 8 adultos está iniciando um novo negócio. Em comparação,

nos Estados Unidos, 1 em cada 10 adultos está iniciando um empreendimento, 1 em 12 na

Austrália, 1 em 25 na Alemanha, 1 em 33 no Reino Unido, 1 em 50 na Finlândia e

Suécia, e 1 em 100 adultos na Irlanda e no Japão. Diferenças marcantes são identificadas

entre os países com respeito à prevalência de novas empresas, aquelas com menos de 42

2

meses de existência. Traduzindo esses empreendimentos para a proporção da população

adulta engajada na criação de um novo negócio, as taxas apresentam algo como 9% na

Coréia, para menos de 0,5 no Japão e Irlanda.

¾ O empreendedorismo está fortemente associado ao crescimento econômico. Entre os

países com estruturas econômicas similares, a correlação entre empreendedorismo e

crescimento econômico excede 0,7, o que vem a confirmar a hipótese inicial do modelo

GEM. Com algumas exceções, os países com altos índices de atividade empreendedora

apresentam crescimento econômico acima da média. Poucos países com crescimento

econômico elevado apresentaram taxas de baixa atividade empreendedora.

¾ A maioria das empresas é iniciada e administrada por homens, com o pico da

atividade empreendedora concentrado na faixa entre 25 e 34 anos. De forma geral, a

probabilidade de que homens estejam envolvidos com alguma atividade empreendedora é

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