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Engenharia Economica

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Por:   •  9/4/2013  •  2.295 Palavras (10 Páginas)  •  1.054 Visualizações

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Engenharia Econômica:

1 - Generalidades da Engenharia Econômica:

A Engenharia Econômica, conforme definição apresentada por E. L. Grant e W. G. Ireson, no livro Principles of Engineering Economy, compreende os princípios e técnicas necessárias para se tomar decisões relativas à aquisição e à disposição de bens de capital, na indústria e nos órgãos governamentais.

Pode-se, entretanto, ir um pouco mais longe e definir Engenharia Econômica como o conjunto de conhecimentos necessários à tomada de decisão sobre investimentos.

Ainda que os conceitos básicos tenham originado na indústria, a partir de problemas de natureza técnica, os métodos são gerais e sua aplicação não se restringe ao campo da engenharia. Problemas de Financiamento, situações envolvendo decisões de natureza pessoal, questões de aplicação de capital, são igualmente passíveis de análise pelos métodos da Engenharia Econômica. Justifica-se o nome, entretanto, porque grande parte dos problemas de investimento dependem de informações e justificativas técnicas e porque na maioria das organizações tais decisões são tomadas ou por engenheiros, ou por administradores agindo com base nas recomendações dos engenheiros.

1.1 – O Papel da análise na Engenharia Econômica:

Um estudo de engenharia econômica envolve:

• um problema a resolver ou uma função a executar (por exemplo, transportar material);

• diversas soluções possíveis (por exemplo, transporte manual, em carrinhos, em empilhadeiras, ou mediante rolos ou correias transportadoras),

• avaliação de cada alternativa, determinação das vantagens e desvantagens (por exemplo, custo, eficiência, volume transportado, etc.);

• comparação e escolha da melhor alternativa;

O primeiro aspecto é bastante evidente e dispensa maiores comentários. Mesmo assim, a definição do problema é fase importante do estudo, da qual depende tudo o que se segue.

Já o segundo ponto merece maior atenção. É também evidente que só existe decisão quando existem alternativas de ação. Além disso, quanto maior o número de alternativas consideradas, tanto melhor tende a ser a decisão. Não basta, entretanto, relacionar linhas de ação; é necessário que sejam tecnicamente viáveis, isto é, que possam solucionar efetivamente o problema. Nesta fase o conhecimento técnico desempenha papel importante e é por isso que geralmente cabe a engenheiros desenvolver estudos desta natureza.

Outro ponto onde a formação técnica pode ser imprescindível é na avaliação das alternativas. É preciso que as vantagens e desvantagens sejam identificadas e quantificadas. Observe-se que só interessam as diferenças entre as alternativas; é evidente que qualquer fator constante, que ocorre independente da alternativa escolhida, pode ser eliminado do estudo. É igualmente evidente que só interessa considerar vantagens e desvantagens futuras: o que ocorreu no passado não pode ser modificado pela decisão sendo, portanto, irrelevante. Além disso, não basta assinalar e descrever diferenças futuras; é necessário expressar vantagens e desvantagens em termos de dinheiro.

Finalmente, torna-se necessário estabelecer métodos de comparação e critérios de decisão que permitam representar cada alternativa por um número e que indiquem a solução mais econômica. Do outro ponto de vista empresarial, interessam soluções a longo prazo e a decisão será pela alternativa de menor custo ou de maior lucro, conforme for o caso.

Pode-se, definir Engenharia Econômica como os métodos e técnicas de decisão empregada na escolha entre alternativas de investimento tecnicamente viáveis, nas quais as diferenças futuras foram expressas em termos de dinheiro.

1.2 – Princípios básicos da Engenharia Econômica:

Os fundamentos da engenharia econômica são um conjunto de princípios ou conceitos que formam uma base sólida para o desenvolvimento, estudo e aplicação da disciplina.

o – Reconhecer e definir alternativas.

As decisões são entre alternativas; é desejável que as alternativas sejam definidas claramente e que os méritos de todas as alternativas apropriadas sejam avaliados.

o A necessidade de considerar as consequências.

As decisões devem ser baseadas nas consequências esperadas das várias alternativas. Todas essas consequências ocorrerão no futuro.

• A questão crítica das consequências para quem.

Antes de estabelecer procedimentos para formulação de projetos e avaliação de projetos, é essencial decidir qual o ponto de vista a ser adotado.

• Comensurabilidade.

Ao comparar alternativas, é desejável fazer as consequências comensuráveis entre si, tanto quanto seja praticável. Isto é, as consequências de um investimento devem ser expressas em números e as mesmas unidades devem aplicar-se a todos os números. Em decisões econômicas, as unidades monetárias são as únicas que satisfazem as especificações dadas acima.

• Irrelevância de aspectos comuns a todas as alternativas.

Só as diferenças entre alternativas são relevantes na sua comparação.

• Separação das decisões.

Na medida do possível, decisões separáveis devem ser feitas separadamente.

• Necessidade de critérios de decisão.

É desejável ter um critério para a tomada de decisões, ou, possivelmente, vários critérios.

• Escolha do critério principal.

O critério principal a ser aplicado numa escolha entre investimentos propostos alternativos em bens corpóreos deve ser selecionado com o objetivo de fazer o melhor uso de recursos limitados.

• Critérios secundários aplicados às consequências expressas em termos monetários.

Até mesmo as estimativas mais cuidadosas das consequências monetárias da escolha de alternativas diferentes podem revelar-se incorretas. É muitas vezes útil, a um decisor, fazer uso de critérios secundários que refletem, de alguma forma, a falta de certeza associada a todas as

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