Equações Diferenciais
Pesquisas Acadêmicas: Equações Diferenciais. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Nbibis • 5/3/2015 • 804 Palavras (4 Páginas) • 224 Visualizações
Esse trabalho apresenta os resultados já validados de um projeto de pesquisa
participativa, no contexto do ensino das equações diferenciais. A partir de um referencial
teórico, uso das representações semióticas, estabelece-se uma seqüência didática alicerçada
numa concepção construtivista. A proposta foi implementada em sala de aula, com a
participação efetiva dos autores desse artigo (dois professores pesquisadores e um aluno de
iniciação científica). A experiência está apresentada através de um problema prático e
clássico – cálculo de deformação de vigas. Essa proposta foi concretizada envolvendo o
conteúdo das disciplinas Física e Resistência dos Materiais. Cinco etapas são construídas no
desenvolvimento do problema: (1) organização dos dados do problema; (2) relacionamento
entre as variáveis e parâmetros; (3) análise e formulação da equação diferencial; (4)
resolução da equação e (5) análise dos resultados obtidos. A metodologia usada tem uma
dimensão interdisciplinar tendo em vista que professores e alunos compartilham conceitos,
linguagens e métodos. Atualmente vivencia-se uma ampliação de objetivos envolvendo os
recursos computacionais. As estratégias discutidas interferem nas etapas (4) e (5) em que o
computador é usado como ferramenta que propicia a formatação de diversos registros de
representação semióticas. Isso resgata todo o referencial teórico adotado desde a concepção
do projeto.
Palavras-chave: Equações diferenciais, Representações semióticas, Flexão de vigas.
1. INTRODUÇÃO
Atualmente em todos os currículos de Engenharia tem-se uma disciplina que contempla o
ensino das equações diferenciais. Em geral, essa disciplina é ministrada com uma visão de
conteúdo básico, isto é, não existe uma preocupação em personalizar o curso para cada tipo de
engenharia. A estratégia didática utilizada é bastante tradicional seguindo um delineamento
próximo ao livro texto adotado.
Os textos usados utilizam praticamente a mesma metodologia: introdução ou conceitos
iniciais, técnicas de resolução das equações e aplicações. Em sala de aula os professores
eventualmente trabalham algum problema considerado adequado e acessível aos alunos.
Artigue (1995) apresenta uma experiência, salientando que na França o ensino das
equações diferenciais no ciclo básico universitário se limita ao quadro algébrico apesar de
existir várias outras abordagens (quadro numérico, quadro geométrico). Isso evidentemente
dá aos estudantes uma visão limitada e às vezes falsa de um problema.
A primeira autora desse artigo vivenciou em cursos de pós-graduação (mestrado em
Engenharia Civil) situações em que as dificuldades dos alunos para modelar um problema que
envolve equação diferencial são evidenciadas. Várias causas podem ser listadas, dentre elas
têm-se as estratégias didáticas usadas na graduação, que não contemplam a análise crítica e
reflexiva de problemas práticos.
A análise crítica e reflexiva de um problema envolve um processo bastante complexo,
pois além da especificidade de cada área envolvida tem-se o resgate de diversos conceitos, por
exemplo, conceitos físicos.
Nesse trabalho, os resultados já validados de uma pesquisa participativa são apresentados,
envolvendo as autoras, um aluno da Engenharia Civil (bolsista de iniciação científica) e
alunos da quarta fase da Engenharia Civil da UNISUL - Universidade do Sul de Santa
Catarina, campus da Ponte do Imaruim.
2. REFERENCIAL TEÓRICO DA PESQUISA
Um dos primeiros passos da pesquisa aqui citada foi uma construção de referenciais
teóricos. As escolhas foram alicerçadas numa visão de sociedade em que o engenheiro exerce
várias funções e necessita de uma "grande diversidade de conhecimentos" (ver Sacadura,
1999) que devem ser construídos passo a passo utilizando os recursos tecnológicos.
Procurou-se rever
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