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Escola configurativa

Por:   •  29/4/2015  •  Trabalho acadêmico  •  20.860 Palavras (84 Páginas)  •  605 Visualizações

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1        A COMUNICAÇÃO EMPRESARIAL

  1. FUNDAMENTOS E APLICAÇÕES

1.1.1        Objetivos

Aristóteles definiu o estudo da retórica (comunicação) como a procura de “todos os meios disponíveis de persuasão” – meta principal da comunicação, ou seja, a tentativa de levar outras pessoas a adotarem o ponto de vista de quem fala.

Deste modo, o objetivo básico da comunicação é nos tornarmos agentes influentes, é influenciarmos os outros, nosso ambiente físico e a nós próprios e também nos tornarmos agentes determinantes. Em suma, nós nos comunicamos para influenciar com intenção.

Todo comportamento de comunicação tem um objetivo, uma meta: produzir certa reação. Quando aprendemos a exprimir nossos objetivos em termos de respostas específicas, da parte daqueles que recebem nossas mensagens, temos dado o primeiro passo para a comunicação positiva e eficiente.

 Uma das principais tarefas do consultor de comunicação é fazer com que as pessoas analisem seus objetivos ao se comunicarem e os especifiquem em termos de reações que pretendem obter.

  1. Dimensões do Objetivo: o “Quem” e o “Como”

Uma das dimensões de qualquer análise de propósito comunicativo é a descoberta do receptor a quem se destina a mensagem e como pretende a fonte ou o receptor influenciar o comportamento, ou seja, que espécie de efeito se deseja produzir.

Todo comportamento de comunicação tem como objetivo a obtenção de uma reação específica de uma pessoa específica ou de um grupo específico de pessoas. Quando os objetivos da fonte e do receptor são incompatíveis, rompe-se a comunicação.

Dado que a comunicação ocorre porque alguém quer influenciar algum comportamento, devemos perguntar:

  • Quem é o receptor pretendido?
  • Que objetivo tem o receptor ao empenhar-se na comunicação?
  • Como se pretende influenciar o receptor?
  • Que espécie de efeito se deseja produzir?

1.2 O PROCESSO DA COMUNICAÇÃO E SEUS ELEMENTOS

No ato comunicatório, deve haver um objeto de comunicação, ou seja, a mensagem com um conteúdo (referente), transmitido ao receptor por um emissor, por meio de um canal, com seu próprio código. Assim, temos:

1.2.1         Emissor ou Codificador

Quem envia  ou codifica a mensagem; é quem dá origem a um estímulo. A fonte deve  preocupar-se em adequar um código para a mensagem de acordo com o conhecimento do receptor, analisar as habilidades de comunicação (decodificação) do receptor, suas atitudes, conhecimento e posição sociocultural.

1.2.2        Receptor ou Decodificador

Quem recebe ou decodifica  o estímulo, amensagem. Por sua vez, o receptor é influenciado por fatores diversos: habilidades comunicadoras, por suas atitudes, nível de conhecimento, cultura, posição social, componentes de seu grupo e formas de conduta. Estes são alguns fatores que irão influenciar no modo pelo qual o decodificador receberá e interpretará a mensagem enviada.

Obs.: fonte e receptor podem ser uma só pessoa. Chamar um indivíduo de fonte implica paralisar a dinâmica do processo em determinado ponto, assim como chamá-lo de receptor implica também o corte do processo num outro ponto.

1.2.3        Mensagem

É o  conteúdo a ser transmitido e deve ser  comum ao receptor; é qualquer estímulo que pode evocar uma resposta.

Um gerente deve lembrar que várias mensagens podem ser comunicadas simultaneamente. Uma mensagem verbal e uma mensagem de postura corporal podem ser enviadas ao mesmo tempo, o que forçará o receptor a conciliar  diferentes mensagens. Gerentes que desejam comunicação eficaz devem minimizar mensagens conflitantes.

1.2.4        Código

Pode ser Verbal (falado e escrito) ou Não- Verbal (por gestos, mímicas, cores,  odores, símbolos, ícones, índices, etc).

O código também pode ser Aberto (com dupla interpretação) ou Fechado (com interpretação sem equívocos, de forma concisa e objetiva). Gerentes precisam escolher o que querem comunicar e precisam decidir como fazer a comunicação.

Por exemplo, na sexta-feira, um gerente diz a um subordinado que ele quer que o relatório esteja terminado até  “a semana que vem”. No entendimento do gerente, ele quis dizer até segunda-feira, mas para o subordinado a mesma frase foi entendida  que seria até a próxima sexta-feira.

Neste caso, o gerente deveria  fazer seu pedido  utilizando-se de código fechado, ou seja, por meio de uma data específica, evitando distorção na interpretação da mensagem.

1.2.5        O Canal (veículo)

Pode ser Natural (pela fala , gestos, etc) ou Tecnológico (correio, telefone,internet,fax, rádio, etc). A escolha do código e do canal são decisões importantíssimas. Se a maneira escolhida para a comunicação não for apropriada para a mensagem, haverá uma interferência destrutiva entre o canal de comunicação e o conteúdo da mensagem. Considere o exemplo a seguir:

Um gerente grita com um subordinado para que este faça, imediatamente, uma  simples tarefa. O canal de comunicação é o  natural, código verbal (a fala)  e o conteúdo da mensagem, a tarefa. O problema surge porque o gerente gritou com o subordinado, sugerindo urgência. No entanto a tarefa era simples e o sentido da urgência que foi criado não era o apropriado. O subordinado ficou imaginando o porquê da necessidade de urgência quando a tarefa claramente era comum e rotineira. Se casos como esse acontecerem freqüentemente com esse mesmo gerente, os empregados aprenderão, rapidamente, a desconsiderar a urgência sugerida e o pior ainda pode acontecer: quando o gerente tiver um comando realmente urgente, os funcionários poderão desconsiderar o pedido do gerente. Portanto, para a eficácia da comunicação, é importante  a  certeza da escolha correta do conteúdo e do veículo.

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