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Esporte De Pessoas Com Deficiencia

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Por:   •  25/2/2014  •  3.161 Palavras (13 Páginas)  •  2.095 Visualizações

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Introdução

Os Jogos Paraolímpicos consistem em um evento desportivo, que é constituído por competições entre atletas de alto nível, desde portadores de algum tipo de deficiência, sejam elas sensoriais ou físicas. Em poucas palavras, trata-se dos Jogos Olímpicos tradicionais, cuja disputa é feita apenas com esportes adaptados. A semelhança com as Olimpíadas não termina por aí: os Jogos ocorrem no mesmo local que as Olimpíadas tradicionais, porém são iniciados logo após o seu encerramento. As únicas exceções ocorridas se deram nas edições de 1968, 1972, 1980 e 1984, por motivos distintos.

Historicamente, acredita-se que a origem de competições esportivas entre pessoas portadoras de deficiências tenha ocorrido nos Estados Unidos e na Inglaterra, devido ao grande número de homens que lutaram na Segunda Guerra Mundial e perderam algum membro ou sofreram algum tipo de trauma grave. Essas competições tinham como objetivo principal reabilitar os ex-combatentes, além de estimulá-los fisicamente e emocionalmente. Os primeiros jogos dessa natureza foram organizados num hospital londrino, no ano de 1948, voltado à recuperação de pessoas com lesões na medula óssea. Esse é considerado um marco do desporto adaptado. Após esse período, outros jogos foram organizados no mesmo local, porém, começava a reunir atletas de outros lugares para também participarem.

Com isso os jogos para atletas deficientes vem aumentando cada vez mais e se tornando mais comuns nos dias de hoje.

Contemporaneidade – Corpo, Cultura de Movimento e Pessoas com Deficiência

O Brasil apresenta aproximadamente 14,5% de sua população total com algum tipo de deficiência, e boa parte dessa população em idade escolar (7 a 14 anos) encontra-se matriculada em algum sistema de ensino (IBGE, 2000). Tal fato justifica-se com as mudanças na política educacional e com o surgimento de leis que garantem o direito à educação, bem como o acesso e matrícula das pessoas com necessidades educacionais especiais nas escolas regulares de ensino. As novas leis garantiram o aumento no número dessas matriculadas,

porém não asseguram a efetiva inclusão desses indivíduos nas escolas, pois as próprias instituições despreparadas frente à nova realidade inclusiva, tendem a encaminhá-los para serviços de educação especial. Dessa forma, não é suficiente matricular as crianças portadoras de deficiência no ensino regular, mas sim que todos os envolvidos nesse processo inclusivo estejam preparados e que tenham subsídios disponíveis para incluir efetivamente esses estudantes no sistema e que façam deste, um ambiente inclusivo.

Sob esta óptica, o objetivo deste trabalho é investigar as possíveis estratégias de inclusão voltadas às pessoas com deficiência nas aulas de Educação Física Escolar, utilizando, para tal, o procedimento metodológico de pesquisa bibliográfica.

A deficiência na perspectiva histórico-social

As ações e pensamentos dos homens se alteram em cada época devido ao processo histórico e social em que estão inseridos, ou seja, em cada momento histórico o indivíduo interpreta o mundo e seus problemas de forma distinta. A exclusão adotou diferentes formas de acordo com o lugar, o tempo e o momento histórico: desde o infanticídio, o abandono, o exílio, o esmolar, o assistencialismo, o paternalismo, a internação e o asilamento até a solicitação da participação social, porém, sem as reais condições que permitem a integração. Essas concepções afetam as atitudes interpessoais, pois estas se baseiam nas interpretações histórico-sociais. As pessoas com deficiência sofreram os mais variados tipos de preconceitos. Na antiguidade, foram abandonadas pelos seus grupos por não possuírem corpos perfeitos para a guerra, na idade média trabalharam como bobos da corte, também já foram vistos como diabólicos pela deformação corporal, e por fim com um avanço da biologia e da medicina a deficiência foi vista como um problema orgânico, e no século XVIII, com os avanços e descobertas dos cientistas anteriores, a deficiência passou a ser relacionada a causas naturais, e não mais atribuída à vontade divina. Aos poucos a concepção e o tratamento frente à deficiência foram sofrendo mudanças, porém os velhos paradigmas estão presentes em nossa sociedade, haja vista o processo educacional brasileiro. As crianças com necessidades educacionais especiais ainda são vistas e tratadas de forma diferenciada, fruto de uma segregação histórica que ainda persiste na realidade atual. Esse fato ocorre também com o corpo docente que habituado a trabalhar

com a semelhança e a homogeneidade, se depara com a diversidade, e percebe-se cercado de dúvidas e incertezas, reflexo da falta de preparação adequada e necessária para um trabalho eficaz e igualitário aos alunos inseridos no meio escolar. Rodrigues (2001) reforça essa prerrogativa ao dizer que atitudes negativas desenvolvidas pelo professor frente ao aluno

deficiente, podem ser traduzidas em menos interação com esse aluno, o que prejudicaria sua capacidade para desempenhar as tarefas escolares, além de reforçar a discriminação e o afastamento por parte dos alunos não-deficientes.

Relações dentro da escola

No final da década de 60, os movimentos de integração social começaram a inserir as pessoas com algum tipo de deficiência nos sistemas educacionais, trabalho, família e lazer. A deficiência era tida como um “problema” do indivíduo, cabendo exclusivamente a ele a responsabilidade de tratamento, de adaptação às exigências sociais e sua real integração na vida em sociedade. Dessa maneira, os indivíduos eram aceitos na sociedade se fossem capazes de contornar os obstáculos existentes no meio físico, lidar com atitudes discriminatórias resultante da aparência física, preconceitos, e de desenvolver papéis sociais com autonomia e independência. O processo de integração surgiu como tentativa de por fim a exclusão social e começou a criar programas voltados para a escola integrativa, onde pessoas com deficiências fisicas poderiam passar a freqüentar e a receber educação nas escolas de ensino regular. Entretanto, a educação integradora considerava o aluno como o único responsável por suas dificuldades dentro da escola e previa um currículo comum a todos. Ao invés de promover a integração, muitas vezes o que se notava era a exclusão, pois bem-sucedido era unicamente aquele aluno que se

demonstrava capaz de se adaptar às normas das escolas de ensino regular.

Após

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