Estratégia Empresarial Da Azul
Monografias: Estratégia Empresarial Da Azul. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: plsandrini • 6/2/2014 • 1.591 Palavras (7 Páginas) • 2.973 Visualizações
I. Azul Linhas Aéreas Brasileiras
(Histórico, Definição do Negócio, Missão, Visão e Valores)
A Azul Linhas Aéreas Brasileiras é uma companhia aérea comercial voltada para o transporte de pessoas e de cargas atuante no mercado doméstico brasileiro. Iniciou as operações no País em 15 de dezembro de 2008 e desde então é hoje a terceira maior aérea do Brasil, com mais de 10% de mercado, segundo dados da Agência Nacional de Aviação Civil, mais de 20 milhões de clientes transportados, 5 mil funcionários, 56 aeronaves e 52 destinos.
Brasileira, a empresa tem como fundador David Neeleman, executivo com quase 30 anos de mercado aéreo, dono de 25% de toda a frota da família E-jet da Embraer, conhecido e respeitado como empreendedor bem sucedido do setor nos Estados Unidos, Canadá e, agora, no Brasil. A Azul é a quarta empresa do executivo, tendo iniciado sua carreira aos 22 anos, quando se tornou dono da agência de viagens Morris Travel e na sequência das aéreas Morris Air, West Jet, Jet Blue e Azul.
Sua história de vida e trajetória de sucesso foram fundamentais para criar a Azul num mercado dominado, na época, por um duopólio entre TAM e GOL. Mais maduro e no auge de sua carreira, David, brasileiro nascido em São Paulo, viu uma grande oportunidade de negócios em seu país de origem ao ser procurado por um grupo de investidores em 2007, que na época, havia sido sondado para investir na abertura de uma nova companhia aérea no Brasil. Desconhecendo o negócio e o mercado brasileiro, consultaram David, que após avaliar a proposta, decidiu que faria o negócio. Para ele, era um ótimo empreendimento e a chance de cumprir uma promessa que havia feito aos 20 anos, quando morou no Brasil por dois anos em missão mórmon: fazer algo para tornar a vida dos brasileiros melhor.
Com US$ 250 milhões no caixa, o “brasicano” estudou a fundo o mercado, definiu o plano estratégico da companhia e o colocou em prática já no início de 2008. Entre as principais diretrizes de atuação da aérea estavam:
a) Ser uma empresa low fare, com a prática de tarifas acessíveis e qualidade de serviço e produto. Foi a pioneira na segmentação de tarifas, fazendo com que quem compre com antecedência, tenha acesso a valores mais em conta, permitindo que mais pessoas pudessem voar. Tudo isso com qualidade trazida por aviões novos, com poltronas de couro, dois a dois, 12 opções de snacks à vontade, serviço de bordo diferenciado e tv individual.
b) Ter uma frota de aeronaves jovem e adequada à demanda brasileira. A Azul investiu fortemente na compra de aeronaves novas pensando na relação custo/benefício no longo prazo. Além disso, escolheu equipamentos certos para atender à demanda doméstica do País, permitindo que a operação seja financeiramente mais eficaz do que a concorrência. A empresa adotou dois modelos de aviões: jatos Embraer da família E-jet, os Embraer 190 e 195, com 106 e 118 lugares, respectivamente, e os turboélices da fabricante franco-italiana ATR, os 72-600, com capacidade de até 70 lugares.
c) Viracopos como o hub da Azul – Sabendo da dificuldade de entrada nos principais aeroportos do País, a aérea de Neeleman optou pelo aeroporto de Viracopos para concentrar suas operações, tornando-se assim, um hub da companhia. O aeródromo é o que tem mais potencial para crescer e desenvolver no Brasil e fica a apenas 1 hora da capital.
d) Criar uma nova experiência para voar – David queria que sua companhia fosse diferenciada no atendimento, sendo ele mais humano, personalizado e adequado a cada tipo de cliente. Seu objetivo é fazer com que o voar fosse mais prazeroso, gerando uma experiência capaz de mudar aos poucos a cultura muito forte e presente no Brasil que é a viagem rodoviária.
Por esse e outros aspectos de sua essência e estratégia, a Azul criou sua missão, visão e valores que ajudam a nortear seus passos rumo ao crescimento e consolidação como uma importante empresa do setor doméstico brasileiro.
Missão
“Focando nos clientes, construiremos juntos a melhor companhia aérea, gerando crescimento dos Tripulantes, retorno aos investidores e benefícios às comunidades servidas”.
Comentário
A missão da Azul é baseada num círculo virtuoso empregado no dia a dia da empresa. Basicamente, ao concentrar a atenção, os esforços e a aplicação dos valores e da cultura da companhia no cliente, isso trará satisfação e fidelização do mesmo, que por sua vez fará com que os negócios cresçam e tragam retorno aos investidores, os quais poderão reinvestir na companhia, subsidiando seu crescimento e desenvolvimento, fazendo com que o negócio prospere e se fortaleça gerando frutos aos funcionários (chamados de Tripulantes) e às comunidades servidas pela companhia. Ao fomentar e alimentar esse círculo há muitas chances de que a empresa caminhe para a realização do objetivo de se tornar a melhor companhia aérea.
Em suma, o sucesso gera aprimoramento profissional, pessoal e crescimento aos funcionários, enquanto promove o retorno aos investimentos e credibilidade depositada na companhia. A entrada da Azul em novos mercados gera mais empregos, estimula a economia da região e possibilita o aumento do fluxo de pessoas entre as cidades brasileiras.
Com base nos discursos e entrevistas dadas pelo fundador, David Neeleman, o funcionário é altamente valorizado e visto pela liderança da companhia como essencial para o sucesso e a obtenção dos objetivos da empresa. Assim, acreditamos que a missão da empresa poderia ser revisitada no sentido de que o início do ciclo começa no funcionário. É a partir dele que o cliente é bem atendido e traz retorno aos investidores e à comunidade.
Visão
“Fazer das viagens aéreas algo mais humano, fácil e econômico”.
Mais humano significa tratar os clientes de forma única e diferenciada, como gostariam de ser tratado. Olhar nos seus olhos e chamá-lo pelo nome, sempre que possível.
Mais fácil indica antecipar-se às necessidades, oferecendo soluções práticas e satisfatórias para os clientes.
Mais econômico, por fim, permitir que mais pessoas possam voar por preços cada vez menores.
Comentário
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