Estrutura E Organização
Exames: Estrutura E Organização. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: gracieleldesouza • 3/6/2014 • 2.268 Palavras (10 Páginas) • 199 Visualizações
PARÂMETROS CURRICULARES NACIONAIS
Para corresponder aos propósitos explicitados nestes parâmetros, a educação escolar deve
considerar a diversidade dos alunos como elemento essencial a ser tratado para a melhoria da
qualidade de ensino e aprendizagem.
A atenção à diversidade deve se concretizar em medidas que levem em conta não só as
capacidades intelectuais e os conhecimentos de que o aluno dispõe, mas também seus interesses e
motivações. Esse conjunto constitui a capacidade geral do aluno para aprendizagem em um
determinado momento.
Desta forma, a atuação do professor em sala de aula deve levar em conta fatores sociais,
culturais e a história educativa de cada aluno, como também características pessoais de déficit
sensorial, motor ou psíquico, ou de superdotação intelectual.
A escola, ao considerar a diversidade, tem como valor máximo o respeito às diferenças — não
o elogio à desigualdade. As diferenças não são obstáculos para o cumprimento da ação educativa;
podem e devem, portanto, ser fator de enriquecimento.
Isso requer que a escola seja um espaço de formação e informação, em que a aprendizagem de
conteúdos deve necessariamente favorecer a inserção do aluno no dia-a-dia das questões sociais marcantes
e em um universo cultural maior. A formação escolar deve propiciar o desenvolvimento de capacidades, de
modo a favorecer a compreensão e a intervenção nos fenômenos sociais e culturais, assim como possibilitar
aos alunos usufruir das manifestações culturais nacionais e universais.
No contexto da proposta dos Parâmetros Curriculares Nacionais se concebe a educação escolar
como uma prática que tem a possibilidade de criar condições para que todos os alunos desenvolvam suas
capacidades e aprendam os conteúdos necessários para construir instrumentos de compreensão da realidade
e de participação em relações sociais, políticas e culturais diversificadas e cada vez mais amplas, condições
estas fundamentais para o exercício da cidadania na construção de uma sociedade democrática e não
excludente.
A prática escolar distingue-se de outras práticas educativas, como as que acontecem na família,
no trabalho, na mídia, no lazer e nas demais formas de convívio social, por constituir-se uma ação intencional, sistemática, planejada e continuada para crianças e jovens durante um período contínuo
e extenso de tempo.
Essa função socializadora remete a dois aspectos: o desenvolvimento individual e o contexto
social e cultural. É nessa dupla determinação que os indivíduos se constroem como pessoas iguais,
mas, ao mesmo tempo, diferentes de todas as outras. Iguais por compartilhar com outras pessoas
um conjunto de saberes e formas de conhecimento que, por sua vez, só é possível graças ao que
individualmente se puder incorporar. Não há desenvolvimento individual possível à margem da
sociedade, da cultura.
A escola, na perspectiva de construção de cidadania, precisa assumir a valorização da cultura de sua
própria comunidade e, ao mesmo tempo, buscar ultrapassar seus limites, propiciando às crianças pertencentes
aos diferentes grupos sociais o acesso ao saber, tanto no que diz respeito aos conhecimentos socialmente
relevantes da cultura brasileira no âmbito nacional e regional como no que faz parte do patrimônio universal
da humanidade.
Os conhecimentos que se transmitem e se
recriam na escola ganham sentido quando são produtos de uma construção dinâmica que se opera
na interação constante entre o saber escolar e os demais saberes, entre o que o aluno aprende na
escola e o que ele traz para a escola, num processo contínuo e permanente de aquisição, no qual interferem fatores políticos, sociais, culturais e psicológicos.
As questões relativas à globalização, as transformações científicas e tecnológicas e a necessária
discussão ético-valorativa da sociedade apresentam para a escola a imensa tarefa de instrumentalizar os
jovens para participar da cultura, das relações sociais e políticas. A escola, ao posicionar-se dessa maneira,
abre a oportunidade para que os alunos aprendam sobre temas normalmente excluídos e atua propositalmente
na formação de valores e atitudes do sujeito em relação ao outro, à política, à economia, ao sexo, à droga, à
saúde, ao meio ambiente, à tecnologia, etc.
Em síntese, as escolas brasileiras, para exercerem a função social aqui proposta, precisam
possibilitar o cultivo dos bens culturais e sociais, considerando as expectativas e as necessidades
dos alunos, dos pais, dos membros da comunidade, dos professores, enfim, dos envolvidos diretamente
no processo educativo. É nesse universo que o aluno vivencia situações diversificadas que
favorecem o aprendizado, para dialogar de maneira competente com a comunidade, aprender a
respeitar e a ser respeitado, a ouvir e a ser ouvido, a reivindicar direitos e a cumprir obrigações, a
participar ativamente
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