Estudos De Casos Mercado Publicos
Exames: Estudos De Casos Mercado Publicos. Pesquise 861.000+ trabalhos acadêmicosPor: kmy_kzy • 13/6/2014 • 3.016 Palavras (13 Páginas) • 402 Visualizações
ESTUDO DE CASO I
DESCRIÇÃO:
-NOME DA OBRA/AUTOR: Frederico Heydtmann
-LOCAL: Margens do Rio Guaíba, Centro de Porto Alegre - RS
-ANO PROJETADO: 1861
-ANO CONCLUSÃO: 03.10.1869
-ÁREA: 15.394,04 m²
-HISTÓRICO:
No ano de 1842, período de Guerra na Província de São Pedro do Rio Grande do Sul contra o Poder Central a cidade de Porto Alegre se manteve ao lado do Império. Com o afastamento dos combates, os habitantes de Porto Alegre que na época eram por volta de 15 mil, começaram a povoar a vila, que por volta do século 18 o comércio funcionava na Praça da Quitanda.
“Estendido por uma ampla área que alcança a Praça dos Ferreiros, um barulhento mercado a céu aberto abastece a cidade diariamente. Uma abundancia de gêneros alimentícios e produtos utilitários, descarregados por barcos e carretas, é ofertada a população, sob condições nada satisfatórias de higiene e controle”. (LIBRETOS, p. 16, 2012).
Figura 1: O Mercado Público no Século XIX, ainda somente com 1 piso. Em primeiro plano, as docas do porto.
Fonte: < http://www2.portoalegre.rs.gov.br/mercadopublico/default.php?p_secao=19>
Mas graças aos nomeados de Dom Pedro II, Saturino de Souza e Oliveira Coutinho, surgiu à ideia da criação de um novo local para o Mercado Municipal, local este que fosse sinônimo de civilidade e símbolo de progresso. O projeto feito pelo engenheiro Frederico Heydtmann, foi aprovado entre os anos e 1862/63, onde previa somente um pavimento, em forma de quadrilátero, terrões nas esquinas e com um pátio central. A grande polêmica do projeto nasce no local onde foi indicada a construção, que exigiria um grande aterro no Rio Guaibá.
Segundo reportagem do Jornal do Mercado “A República ainda nem havia sido proclamada, assim como a escravidão também não tinha sido abolida, mas o Mercado já havia erguido suas paredes no distante 1869, em estilo neo-clássico”.
O edifício é de responsabilidade do poder público e se tornou o maior e principal abastecimento da cidade. Com este aumento no ano e 1886, Gustavo Schimitt, engenheiro civil, é contratado para realizar uma reforma interna, para melhor organizar o comércio e consequentemente aumentar a renda com os alugueis.
Após essa reforma interna, duas outras reformas foram realizadas Costa (2013) comenta que “Em 1909, houve a construção do pavilhão restaurante, e em 1911, quando o Poder Publico Municipal reconstitui o prédio”.
Com o passar do tempo o edifício foi recebendo várias reformas, em 1912, o edifício recebeu um segundo piso provido de passeios e teve as fachadas constituídas de elementos decorativos como frontões triangulares, que se encontra até hoje, neste mesmo ano houve o incêndio que destruiu grande parte do edifício.
Segundo dados encontrados no site da prefeitura de Porto Alegre:
“A ampliação teve por objetivo manter a escala da Prefeitura Municipal, que havia sido erguida ao seu lado. No mesmo ano, um incêndio destruiu as bancas de madeira do interior do prédio, sendo posteriormente substituídas por bancas com estrutura metálica e de alvenaria, demarcando a circulação do pátio interno”. (portoalegre.rs.gov.br)
Esses incêndios fizeram com que varias autoridades quisessem demolir o edifício para construção de uma avenida, mas a ideia não foi para frente pois em 12 de dezembro de 1979, o Mercado Público foi tombado pelo Patrimônio Histórico e Cultural de Porto Alegre (Lei 4.317/77).
Com o seu tombamento houve uma reforma, sendo está que recuperou a percepção visual das arcadas, resgatou as circulações internas, criou novos espaços de convivência e implantou redes de infraestrutura compatíveis com o funcionamento do Mercado. Foi construída, também, uma nova cobertura que possibilitou a integração entre o térreo e o 2º Pavimento, local este que existiam escritórios e repartições públicas, passou a ser ocupado por restaurantes, lanchonetes, entre outros.
Figura 2: Mercado Público Atual
Fonte: < http://www2.portoalegre.rs.gov.br/mercadopublico/default.php?p_secao=18>
2. IMPLANTAÇÃO
-Entorno, partido, relação entre interior e exterior:
O edifício se insere em uma área consolidada, formada por uma praça, o palácio do comércio, o palácio municipal, a nova prefeitura e a estação de transporte municipal. Na imagem de implantação fica clara a proximidade do Mercado com o rio Guaíba, que foi uma condicionante para a implantação deste equipamento nessa área.
Figura 3: Localização e seu entorno
Fonte: <http://www2.portoalegre.rs.gov.br/mercadopublico/default.php?p_secao=31>
O edifício esta inserido em uma área composta por edifícios com os mais variados usos, edifícios em altura, alguns edifícios antigos e outros contemporâneos.
Figura 04: Relação da praça com o Mercado Público Central
Fonte:<http://www.wcams.com.br/DCP_3328.jpg>
Figura 05: Mercado Público contrastando com os altos prédios do entorno, e ao fundo o Rio Guaíba.
Fonte:<http://www2.portoalegre.rs.gov.br/smic/default.php?p_secao=194 >
3. ANÁLISE FUNCIONAL
-Zoneamento, programa e fluxos
O edifício é rodeado por quatro vias, todas dando acesso ao mesmo. Após a intervenção recebida, a implantação de escadas rolantes e elevadores, permite com que todas as pessoas utilizem esse local. A planta baixa possui uma organização espacial do tipo linear, pois os espaços estão ligados em torno de linhas. A organização espacial aproveita as grandes dimensões do terreno para criar espaços fluidos. A planta sugere simetria e equilíbrio, que parece ser formada por quatro cantos
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