Etica No Trabalho
Trabalho Universitário: Etica No Trabalho. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: ursobranco24 • 29/9/2013 • 1.173 Palavras (5 Páginas) • 621 Visualizações
Etica
Esse caso ocorreu em uma empresa chamada FM Rodrigues & Cia Ltda., nome que tem sentido com as iniciais do fundador da empresa, o empresário Felisberto Moutinho Rodrigues Junior.
A empresa foi fundada em 1968, em Bauru, interior de SP, executando inicialmente serviços de construção e manutenção de redes de distribuição de energia elétrica e iluminação pública para a CPFL - Companhia Paulista de Força e Luz e obras de saneamento para o DAE - Departamento de Águas e Esgoto da região. Expandiu-se regionalmente e em 1973 se transferiu para a capital paulista, firmando-se no ramo de serviços de construção e manutenção de redes elétricas e construção e manutenção de redes de água e esgoto, sempre atuando com empresas estatais de grande porte como Sabesp e Eletropaulo, através de licitações e contratos de pequenos e grandes períodos. Teve o seu auge nos anos 90, quando expandiu seus serviços a diversos estados brasileiros, atuando no seguimento da construção civil e contratos públicos como poda de arvore e tapa buracos e diversos outros. Assim se mantém até os dias atuais, só que hoje em menor escala.
Tive a oportunidade de trabalhar nesta empresa no ano de 2011, exercendo a função de Auxiliar Administrativo. Fui indicado para trabalhar em um contrato com a Sabesp de manutenção e construção de redes de água e esgoto, na região da Sé e Lapa, no centro de São Paulo. Atuei no setor de controle de admissão e demissão de funcionários. Para o cumprimento do contrato eram necessários, em média, 190 funcionários entre encanadores, motoristas, ajudantes e encarregados.
O fluxo de demissões e contratações de mão de obra era intenso. Com o tempo fui percebendo como a empresa lidava com seus funcionários, não esclarecendo as suas dúvidas referentes a pagamentos e benefícios. A insatisfação era geral entre os colabores. Também na existia controle de horário dos colabores.
Os funcionários de “campo”, que executavam as manutenções e construções, recebiam seus salários e uma premiação, caso conseguissem alcançar uma meta estipulada pela empresa. Notei que essa premiação era paga fora o holerite, na forma de depósito em conta. Isso gerava muitos transtornos porque este controle era feito pelos encarregados. Quem não cumpria a meta, não ganhava a premiação e questionava o recebimento das horas extras, já que a maioria dos funcionários ultrapassava o horário de serviço, justamente, tentando cumprir a meta.
Como não existia controle de horário dos empregados, o setor de recursos humanos, simplesmente ignorava os questionamentos. O RH orientava aos colaboradores que tirassem as dúvidas com os encarregados, sempre com sutis ameaças de demissão e constrangimentos morais. Dessa forma, eles se calavam.
São Paulo
2013 – 2
Trabalhei durante um ano com este contrato, sempre tentando esclarecer a dúvidas dos funcionários na medida do possível. Em uma ocasião o meu encarregado faltou e fui indicado a ir a uma audiência trabalhista como testemunha da empresa perante a uma reclamação. Chegando ao local, a orientação dos advogados foi para eu dizer que o colaborador nunca tinha realizado horas extras e sua reclamação não tinha fundamento. Quando entrei na sala da audiência reconheci o reclamante, pois já tínhamos trabalhado juntos e sabia que ele fazia muitas horas extras, mas nunca as tinha recebido. Porém, segui as orientações dos advogados e saímos daquela audiência com um acordo realizado.
No dia seguinte fui convidado para trabalhar no setor jurídico da empresa, para atuar como pré-posto, o que significa representar a empresa ao lado do advogado. Fiquei muito feliz com a promoção e o aumento de salário. Aceitei o convite comemorando a mudança do setor que me deixava muito estressado.
Iniciando no setor jurídico comecei a ser treinado pela minha nova encarregada. Passei a assistir a diversas audiências, sempre com o foco na maneira em que minha chefe se expressava e, assim, comecei a atuar.
As Audiências trabalhistas geralmente terminavam em acordos e a palavra do pré-posto nunca era necessária. Dessa forma, fiquei confortável na função e muito feliz de poder aprender uma nova tarefa. Por outro lado minha chefe se mostrava muito estressada, reclamava constantemente da vida particular e deixava isso afetar o lado profissional. Muitas tarefas que eram de responsabilidade dela, passaram a ser transferidas para mim, como a falsificação dos cartões de ponto e a reunião dos documentos de defesa. Nunca achei isso correto, mas como tinha conhecimento da forma como a empresa trabalhava, compreendia as fraudes da empresa perante os juízes da vara de trabalho.
Com o passar dos dias fui encontrando diversos amigos que já tinham prestado serviço comigo no antigo contrato e compreendia as suas reclamações. Eu sabia que a empresa não tinha ética em relação aos seus s mentiras da empresa e faltando com respeito e dignidade.
Minha chefe continuava estressada e suas obrigações, cada vez mais, eram transferidas a mim. Tive acesso a diversos documentos falsificados da empresa, não só no âmbito jurídico, mas também no administrativo. Vi que, em toda historia da organização, o departamento
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