Evolução do Conhecimento
Por: Sthefany Raffaela • 18/5/2018 • Trabalho acadêmico • 1.784 Palavras (8 Páginas) • 117 Visualizações
EVOLUÇÃO DOS CONHECIMENTOS
A humanidade reuniu informações ao longo de sua evolução: os conhecimentos. A necessidade a impeliu a observar o ambiente, criar objetos e explicações e interpretações aos acontecimentos. Mitos, superstições e cultos mágicos aos espíritos surgiram, assim como práticas de astrologia e numerologia.
Como forma de conquista da liberdade de pensamento, passa-se à descrição e interpretação de fenômenos. Civilizações que surgiram às margens de rios como o Tigre, o Eufrates e o Nilo descobriram como medir áreas e volumes; estabeleceram calendários que marcavam acontecimentos e até previram eclipses. Um exemplo notório da compilação de conhecimentos é o Papiro de Rhind ou de Ahmés: manuscrito datado supostamente de 3400 a.C., cujo título é Instruções para obter conhecimento sobre as coisas obscuras.
Autores como Euclides e Aristóteles serviram de base para o estudo do método científico, distanciando-se da superstição e do mágico que segundo Francis Bacon, em concordância aos citados autores, deveria começar com observação e a experimentação. Em 1637, Descartes publicou o Discurso do método, no qual afirma que a verdade pode ser obtida através de procedimentos racionais. Galileu preocupou-se com os dados matemáticos, mas sua teoria heliocêntrica foi considerada heresia pela Igreja Católica. Newton obteve melhor aceitação na tarefa de indução e experimentação da matemática. Para ele o conhecimento científico da natureza só era obtido quando os dados fornecidos pela experimentação pudessem ser traduzidos pela matemática e expressassem regularidade, constância e relações entre os fenômenos em estudo. Augusto Comté (1798-1857), sociólogo, apresentou a Lei dos Três Estados – o estado teológico, o metafísico e o positivo – um processo evolutivo para o intelecto humano. Stuart Mill, (sec. XIX) estudou o processo indutivo e Claude Bernard propôs que a hipótese dirige a investigação. O método foi aperfeiçoado, causando grande avanço às pesquisas às técnicas à ordenação formal das coletas de dados, conquistando novos conhecimentos em todas as áreas do saber.
As ciências formais tem relações com as ciências factuais (fáticas ou reais), com as ciências naturais e com as sociais: elas interagem.
TIPOS DE CONHECIMENTO
Ao compreender o que a cerca, a humanidade produz novas descobertas. O conhecimento pode ser de diversos tipos:
CONHECIMENTO FILOSÓFICO
Teve sua origem na Ásia Menor com Tales de Mileto e na Magna Grécia, sul da Itália no século VI a.C. São destaques: Sócrates, Platão e Aristóteles. A Filosofia não é considerada uma ciência, contudo, desenvolve a possibilidade da reflexão e a capacidade de raciocínio. Em filosofia, há duas fases que conduzem à reflexão: realismo, que tem como ponto de partida os objetos reais e o idealismo, que estuda as ideias.
Distingue-se duas opiniões que contém variantes: uma afirma que é possível conhecermos ideias (idealismo) e outra admite que conhecemos as coisas reais (realismo).
Para Descartes o homem não conhece direta e imediatamente a não ser o próprio pensamento. O conceito idealismo tem duas opções filosóficas: a capacidade da inteligência para idealizar e a ideia como princípio do ser e do conhecer.
O realismo, doutrina que professa a realidade do mundo exterior anuncia:
a) o objeto da inteligência é a ordenação essencial da inteligência ao conhecimento do ser.
b) é possibilitado a compreensão de que a inteligência humana é condicionada.
O conhecimento filosófico obtém suas metas gerais das ciências existentes.
O objetivo da filosofia visa um sistema unificado.
O conhecimento filosofico conduz a reflexão crítica possibilitando informação coerente. Seu objetivo é o desenvolvimento da mente e do raciocínio. É a razão que dá o conhecimento e a intuição permite que a razão coordene, analize e sintetize tal conhecimento de modo claro e organizado. O conhecimento filosófico oferece seus princípios às ciências de todas as áreas do saber. Ele guia para a reflexão e conduz à elaboração de princípios e valores universais válidos.
CONHECIMENTO TEOLÓGICO
Produto do intelecto humano que recai sobre a fé e à crença deífica, relacionado a um deus, Jesus cristo, Maomé, Buda, Deus, seres invisíveis, a autoridade suprema, etc.
Apresenta respostas para as questões que o ser humano não podem responder com os demais conhecimentos filosóficos, empíricos ou científicos pois envolve uma aceitação como consequência da fé. A fé religiosa é de ordem místico-intuitiva, e não racional-analítica. O ser humano dificimente deixará de ter um conhecimento teológico, pois as experiências da vida estão ligadas à revelações divinas e à fé.
CONHECIMENTO EMPÍRICO
Adquirido sem o estudo, sem pesquisa, reflexões ou aplicação de métodos. Fundamentado no cotidiano, na vivência, na transmissão de pessoa a pessoa, nas tradições. Refere-se à vivência dos objetos ou fatos observados e possui limitações.É considerado prático pois é adquirido nas ações anteriores, sem relação científica metódica ou teórica. É a base do conhecer e anterior às ciências.
CONHECIMENTO CIENTIFICO
Pressupõe conhecimento superior e caracteriza-se por métodos e sistemas que explicam a realidade sensível. Usa a classificação, a comparação, a aplicação de métodos, a análise, a sínttese para chegar a princípios e leis de conhecimento válido e universal. Preocupa-se com a causa e efeito. Transcende o conhecimento empírico. Procura alcançar a verdade dos fatos (objetos), independentemente da escala de valores e das crenças dos cientistas; resulta de pesquisas metódicas e sistemáticas da realidade. O objeto da ciência é o universo material, físico, perceptível pelos órgãos dos sentidos e verificável na prática por demonstração ou experimentação. Ele existe porquê o ser humano term necessidade de aprimoração. O conhecimento científico descreve e explica a realidade.
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