Exploradores De Caverna
Casos: Exploradores De Caverna. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: marcossa • 10/11/2014 • 400 Palavras (2 Páginas) • 260 Visualizações
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Nenhuma disciplina jurídica é tão problemática, tão suscetível de abordagens
diversas - o que, alias, a própria discussão que até hoje persiste quanto
a seu objeto testemunha - do que a Introdução à Ciência do Direito, e, no entanto,
nenhum ensino é tão fecundo e mesmo eventualmente tão fecundante
quanto aquele que se ministra aos que se iniciam no estudo do Direito. Por paradoxal
que à primeira vista possa parecer, é este o momento em que o aprendizado,
desde que convenientemente conduzido, pode penetrar de maneira
indelével nos espíritos, aguçando a curiosidade, levando o aluno a primeiro
ordenar as noções informes e esparsas que possui e, posteriormente, a complementá-
las, mercê do estudo e da meditação. Neste sentido, nada mais fascinante
ao professor do que participar deste processo formativo que não deve
conduzir a uma concepção reduzida, mas completa, em que o Direito seja percebido
e reconhecido dentro de uma totalidade cultural de que é a um tempo
quadro e produto.
Quer-se significar com isto que não se pode pretender exauri-lo na dogmática
jurídica e muito menos que se possa esta restringir ao conceptualismo
puro, sem dúvida muitas vezes atraente ao espírito, mas despido de importância
e mesmo nocivo - porque alienante - ao regramento da realidade social. É
de todo imperioso que a dogmática jurídica e a pesquisa em geral, representada
pela Filosofia, pela História, pela Sociologia Jurídica, pela Ciência Política (e
aqui a enumeração é meramente exemplificativa), guardem aquela íntima vinculação
sem a qual não se poderá verdadeiramente apreender o jurídico.
Dando por assente a premência deste relacionamento, pena de desvirtuar
o objeto do conhecimento buscado, tropeça-se, contudo, no ensino da Introdução
à Ciência do Direito, na dificuldade de comunicá-lo ao estudante, sobretudo
quando se cogita da variabilidade da noção de direito no curso da história.
Jusnaturalismo, historicismo, positivismo, "direito livre", realismo - (e aqui
também a enumeração não é evidentemente exaustiva) - e a correspectiva
atitude ou papel do juiz em conformidade com cada uma destas concepções,
ensejando o problema, não menos relevante, da criatividade maior ou menor
do Direito pela via jurisprudencial
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