FAMILIA E TRABALHO
Pesquisas Acadêmicas: FAMILIA E TRABALHO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: zemoraisdasilva • 3/12/2014 • 1.402 Palavras (6 Páginas) • 307 Visualizações
DESENVOLVIMENTO
DIVISÃO SOCIAL DO TRABALHO
A expressão “divisão social do trabalho” tem sido usada no sentido cunhado por Karl Marx (1818-1883) e também referendada por autores como Braverman (1981) e Marglin (1980) para designar a especialização das atividades presentes em todas as sociedades complexas, independente dos produtos do trabalho circularem como mercadoria ou não. Designa a divisão do trabalho social em atividades produtivas, ou ramos de atividades necessárias para a reprodução da vida. Marx, em O Capital (1982), diz que a ‘divisão social do trabalho’ diz respeito ao caráter específico do trabalho humano. Um animal faz coisas de acordo com o padrão e necessidade da espécie a que pertence, enquanto a aranha é capaz de tecer e o urso de pescar, um indivíduo da espécie humana pode ser, “simultaneamente, te celão, pescador, construtor e mil outras coisas combinadas” (Braverman, 1981, p. 71). Essa capacidade de produzir diferentes coisas e até de inventar padrões diferentes dos animais não é possível ser exercida individualmente, mas a espécie como um todo acha possível fazer isso, em parte pela divisão do trabalho.
“A divisão social do trabalho é aparentemente inerente característica do trabalho humano tão logo ele se converte em trabalho social, isto é, trabalho executado na sociedade e através dela” (Braverman, 1981, p. 71-72). A produção da vida material e o aumento da população geram relação entre os homens e divisão do trabalho. Os vários estágios da divisão do trabalho correspondem às formas de propriedade da matéria, dos instrumentos e dos produtos do trabalho verificados em cada sociedade, nos diversos momentos históricos (Marx, 1982).
A divisão do trabalho sempre existiu. Inicialmente, dava-se ao acaso, pela divisão sexual, de acordo com a idade e vigor corporal. Com a complexidade da vida em sociedade e o aprofundamento do sistema de trocas entre diferentes grupos e sociedades, identifica-se a divisão do trabalho em especialidades produtivas, designada pela expressão ‘divisão social do trabalho’ ou divisão do trabalho social. Esta forma de divisão do trabalho ficou bem caracterizada na estrutura dos ofícios da Idade Média. Os artesãos organizados nas guildas, ou corporações de artífices, constituíam uma unidade de produção, de capacitação para o ofício e de comercialização dos produtos. Apesar de existir, entre mestres-companheiros-aprendizes, divisão do trabalho, hierarquia e também atividades de coordenação e gerenciamento do processo de produção, estas eram diferentes da divisão parcelar do trabalho e da hierarquia verificada na emergência das fábricas e do modo de produção capitalista.
A FAMÍLIA NA CONTEMPORANEIDADE
A família, assim como outros espaços constituintes do desenvolvimento humano, vem sendo compreendida enquanto alicerce no processo de constituição do indivíduo. É em torno da família que a vida, inicialmente, se estrutura, sendo o primeiro espaço de relações sociais o qual o indivíduo tem contato. A família é o lugar onde a história do indivíduo começa a ser escrita.
Apesar da importância que vem sendo atribuída à família, atualmente, as discussões se situam em torno das significativas mudanças que vêm ocorrendo nas configurações familiares contemporâneas. Estas mudanças propõem à sociedade um novo olhar sobre estes grupos, que pouco se assemelham àqueles descritos nas páginas da história e nos sermões tradicionais da igreja, onde qualquer família que fugisse ao modelo tradicional era considerada como ‘desviada’ ou ‘anormal’. Contudo, mesmo em meio a tantas mudanças, a família continua sendo base indispensável ao desenvolvimento psíquico.
A família, ao longo do tempo, vem vivendo um processo de mutação, ao encontro das mudanças sociais que implicam diretamente nestas e em todas as relações entre indivíduos. As famílias contemporâneas avançam para além dos formatos pré-concebidos, incluindo outras dinâmicas e configurações. Atualmente é possível observar diversos tipos de famílias, que fogem ao modelo tradicional constituído por pai, mãe e filhos biológicos. As famílias tantas vezes mostradas nas propagandas de margarina são cada vez mais raras. Hoje podemos encontrar, sem dificuldade, diversas configurações familiares: mães ou pais divorciados que criam seus filhos sozinhos, crianças cuidadas e educadas por avós; babás, professoras e vizinhos que assumem o papel de cuidadores; pais que trabalham fora e deixam seus filhos aos cuidados de creches e escolas; crianças que são criadas com duas mães ou com dois pais, crianças órfãs ou adotadas, etc.
Da mesma forma, um outro aspecto que vem sofrendo mudanças nas famílias contemporâneas é quanto ao papel dos homens e mulheres. Nos dias atuais, ambos saem às ruas na luta por um espaço no mercado de trabalho, modificando a ótica e a ética das relações entre homens e mulheres, e entre pais e filhos. A necessidade de ambos os pais estarem trabalhando para poder sustentar a família representa menos tempo de convívio com os filhos.
A PARTICIPAÇÃO DAS MULHERES NA FAMÍLIA E NO MERCADO DE TRABALHO: CONQUISTAS E DESAFIOS FUTUROS.
As conquistas das mulheres ao longo do século XX marcaram, de maneira definitiva, os seus rumos para este novo milênio. As mudanças nas taxas de fecundidade, nos níveis educacionais e da sua participação no mercado de trabalho sintetizam o novo papel da mulher na sociedade. Elas refletem também os avanços no campo jurídico e na agenda governamental que redundaram no desenvolvimento de políticas públicas nas mais diversas áreas como, família, violência, saúde dentre outras. Nesse breve texto serão abordadas algumas dessas mudanças e quais são os próximos desafios em termos de desigualdades.
Em primeiro lugar, há mudanças significativas no campo da fecundidade. Embora o Brasil apresente, desde a década de sessenta, uma tendência declinante em sua
...