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FISIOLOGIA CARDIACA

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Por:   •  11/8/2014  •  3.322 Palavras (14 Páginas)  •  387 Visualizações

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1. INTRODUÇÃO

O corpo humano representa uma máquina de tamanha perfeição que seria impossível estabelecer um comparativo digno com qualquer outra já produzida pelo próprio homem. Dessa forma, o presente trabalho discorre acerca de um de seus mais importantes constituintes, responsável pela manutenção de mecanismos que tornam a vida possível: o coração.

Será apresentada, primeiramente, a anatomia complexa desse órgão ressaltando a maneira como é formada esta potente bomba vascular – através de seus quatro compartimentos, as comunicações possibilitadas entre eles por meio de valvas, o sistema e a composição que fazem a sua contração rítmica fundamental e também os vasos que comunicam-no com o restante do corpo, nutrindo e mantendo ativos os demais tecidos e a ele próprio.

Em seguida a descrição fisiológica do coração torna palpável os mecanismos pelos quais a circulação sanguínea é comandada. Sendo discriminada a sua formação histológica visando o entendimento de como suas fibras musculares – seus constituintes e particularidades - agem na contração do músculo cardíaco juntamente com os mecanismos excito-condutores.

2. ANATOMIA CARDÍACA

O coração dos vertebrados é ventral ao intestino, sendo desenvolvido a partir de um tubo, ele é uma bomba simples nas formas primitivas, formado por uma sucessão de quatro segmentos aumentados: um seio venoso coletor, para as veias principais; um átrio pulsátil, mas de paredes finas; um ventrículo muscular, de parede espessa; um bulbo do coração.

A partir da extremidade cônica do ventrículo começam as artérias principais. As válvulas, formadas de vários folhetos, separam as cavidades sucessivas. O coração possui sua própria circulação coronária e é continuo num celoma pericárdico (lâmina de tecido conjuntivo constituído de dois folhetos, um parietal, mais espesso, e um visceral, mais fino, e intimamente aderido ao miocárdio), uma parte separada da cavidade geral do corpo. Já intimamente, ele é revestido por uma lamina denominada endocárdio.

Localizado no mediastino médio, em posição central entre os dois pulmões, o coração é um órgão do sistema cardiovascular, e seu tamanho pode ser comparado a de um punho fechado sendo seu peso de cerca de 300g. Relaciona-se anatomicamente na porção inferior com o músculo diafragma, bilateralmente com os pulmões e hilos pulmonares, nervos frênicos e vagos e exteriormente está em contato com a artéria aorta descendente, com o esôfago e com a veia ázigos. Anteriormente também possui contato com as costelas, pulmões e músculos intercostais.

O coração é constituído por um par de bombas musculares valvuladas combinadas distribuído em quatro câmaras cardíacas – dois átrios que recebem o sangue venoso como reservatórios fracamente contráteis para o enchimento final dos ventrículos e os dois ventrículos que fornecem a poderosa contração expulsiva – pode-se dividi-lo da seguinte maneira:

a) Átrio direito - recebe as veias cavas superior e inferior e o principal fluxo coronário da circulação sistêmica. Seguindo o trajeto sanguíneo atravessa-se o óstio atrioventricular direito, com sua valva atrioventricular (tricúspide) sustentada por cordões fibrosos (cordas tendíneas originárias dos músculos papilares os quais projetam-se das paredes internas dos ventrículos para as cavidades, sendo distribuídas em forma de paraquedas que sustentam as bordas livres das valvas). A válvula se fecha pela contração do trato ventricular aferente direito, ocasionando a ejeção do sangue (através da valva pulmonar, análoga à aórtica, denominada semilunar, constituída por três cúspides que impedem a regurgitação do sangue para os ventrículos) quando certo nível é alcançado. Partindo daí o sangue é descarregado no tronco pulmonar e, então, no leito vascular pulmonar que tem, relativamente, baixa resistência;

b) Átrio esquerdo - em contraste ao direito, recebe todos os influxos venosos pulmonares completando o enchimento do ventrículo esquerdo através do óstio atrioventricular com sua respectiva valva atrioventricular (mitral), sendo ela a entrada para o trato ventricular aferente esquerdo, cuja contração eleva rapidamente sua pressão, fechando assim a válvula; esse processo é acompanhado imediatamente pela abertura da válvula aórtica e ejeção por meio do trato ventricular eferente esquerdo, via óstio da aorta para os seus seios, e daí para toda a circulação sistêmica, inclusive aos vasos coronários. Essa carga de trabalho explica toda a grande geometria, parâmetro das valvas e espessura do miocárdio ventricular esquerdo;

Em relação aos vasos coronários que têm como origem arterial os seios aórticos anteriores para a coronária direita e o posterior para o tronco da coronária esquerda dividida em:

a) Descendente Anterior: desce pelo sulco interventricular anterior, originando as artérias perfurantes septais, e seus ramos diagonais distribuem-se pela parede anterior do ventrículo;

b) Circunflexa: desce pelo sulco atrioventricular originando os ramos marginais obtusos, percorrendo a parede lateral do ventrículo continuando-se até sulco ventricular posterior;

Na maioria dos casos a artéria descendente posterior se origina da coronária direita, caracterizando a dominância direita, porém, em 10% dos casos ela se origina da circunflexa (ramo coronário esquerdo), caracterizando a dominância esquerda.

Já a drenagem venosa, por sua vez, é feita pelo grande seio coronário que recebe todo o sangue venoso das veias cardíacas magna, media e parva, tendo como finalidade o átrio direito.

Em relação ao sistema excito-condutor, a moderação da atividade contrátil do coração se da através do nó sinoatrial localizado anteriormente ao óstio da veia cava superior continuando-se com o nó atrioventricular que fica entre a valva tricúspide e o óstio da artéria aorta. Em seguida da origem ao feixe de Hiss que se distribui, ramificando-se em fibras menores denominadas Fibras de Purkinje, entre os dois ventrículos.

3. FISIOLOGIA CARDÍACA

O coração é uma bomba capaz de contrair-se aproximadamente três bilhões de vezes durante a vida de um indivíduo de 70 anos de idade. Sua função primordial é fornecer sangue para suprir adequadamente os tecidos de oxigênio e nutrientes necessários para o metabolismo, tanto em repouso quanto em esforço. Além disso, é responsável pela remoção dos produtos do metabolismo celular do

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