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FUNDAMENTOS HISTORICOS

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Por:   •  13/5/2014  •  1.169 Palavras (5 Páginas)  •  207 Visualizações

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Documentos, trechos do testamento de Getúlio Vargas

No dia 24 de agosto de 1954 o Brasil se encheu de grande comoção e estarrecimento ao anunciarem que o presidente Getúlio Vargas, o pai dos pobres, tinha cometido suicídio, no palácio do Catete, Rio de Janeiro, cumprindo suas declarações dadas anteriormente. Imediatamente em todas as partes do país a população buscava uma resposta e principalmente as camadas populares sentiam-se órfãos, verdadeiramente desamparados. Ao lerem sua carta despedida a comoção era geral, a emoção tomava conta do coração de grande parte dos brasileiros.

Trechos da Carta-testamento de Getúlio Vargas, 24 de agosto de 1954:

“ Mais uma vez, as forças e os interesses contra o povo coordenaram-se e novamente se desencadeiam sobre mim. Não me acusam, insultam; não me combatem, caluniam, e não me dão o direito de defesa. Precisam sufocar a minha voz e impedir a minha ação, para que eu não continue a defender, como sempre defendi, o povo e principalmente os humildes.

E aos que pensam que me derrotaram respondo com a minha vitória. Era escravo do povo e hoje me liberto para a vida eterna. Mas esse povo de quem fui escravo não mais será escravo de ninguém. Meu sacrifício ficará para sempre em sua alma e meu sangue será o preço do seu resgate. Lutei contra a espoliação do Brasil. Lutei contra a espoliação do povo. Tenho lutado de peito aberto. O ódio, as infâmias, a calúnia não abateram meu ânimo. Eu vos dei a minha vida. Agora vos ofereço a minha morte. Nada receio. Serenamente dou o primeiro passo no caminho da eternidade e saio da vida para entrar na História.” Getúlio Vargas

O presidente Vargas inaugurou uma fase política na história do Brasil, o populismo, onde tinha como principal bandeira o controle das camadas populares por parte do governo com um amplo programa assistencialista, verdadeiramente paternalista. Ao observar este período da história brasileira há uma necessidade de contextualizar com o cenário internacional, pois as duas grandes potências mundiais, os Estados Unidos e União Soviética, disputavam palmo a palmo do controle do planeta, sendo uma guerra também ideológica entre capitalismo e socialismo que buscavam controlar o maior número de áreas possíveis como demonstração de poder, a Guerra Fria.

O AGITADO ANO DE 1968

O ano de 1968 no mundo foi um ano de intensas manifestações contra a situação imposta pelas potências dominantes, o mundo vivia o auge da Guerra Fria, onde Estados Unidos disputavam o controle político, ideológico, militar do planeta. Inúmeros acontecimentos abalaram as estruturas da sociedade mundial, o assassinato do pastor Martin Luther King nos Estados Unidos, a manifestação de jovens estudantes na Universidade de Sorbonne, na França, a Primavera de Praga, no leste europeu que questionavam o autoritarismo do regime socialista soviético.

No Brasil não diferente do resto do mundo, o ano de 1968 foi marcado pelo aumento da censura e repressão e como conseqüência o aumento das manifestações praticado pela sociedade organizada que exigia o retorno da democracia. Os militares que haviam tomado o poder em 1964, com o pretexto de espantar o “fantasma” do comunismo, que ameaçavam as elites dominantes. Este ano foi marcado por protestos nas maiores cidades brasileiras e a forte repressão por parte dos órgãos governamentais.

Mas o ápice da resistência contra os militares ocorreu em março de 1968, no Rio de Janeiro, quando estudantes fizeram um protesto contra as péssimas condições da refeição do Restaurante Calabouço, onde servia refeições para estudantes, a polícia agiu com extrema violência, assassinando o estudante secundarista Edson Luís, com um tiro a queima roupa pela polícia, desencadeando o estopim de protestos e alimentando a repressão pelas forças policiais. Embora a violência das forças policiais e a ameaça do governo em acabar com toda e qualquer manifestação pública contra o regime, em junho de 68, artistas, intelectuais, membros de Instituições religiosas e principalmente estudantes organizaram um dos maiores protestos da história

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