Familia E Escola

A necessidade de uma boa relação entre FAMÍLIA-ESCOLA é consenso, principalmente entre os profissionais da educação que sente a importância do apoio da família para a realização da profissão de educador escolar.

O sucesso na aprendizagem escolar, o desenvolvimento do educando são objetivos comuns tanto da escola quanto da família.

Fala-se muito sobre a necessidade de cooperação entre pais e mestres. Na prática, no entanto, as relações muitas vezes estão frequentemente longe de serem harmônicas; muitos professores se queixam de incompreensão dos pais. E muitos pais emitem juízos poucos favoráveis em relação aos mestres de seus filhos (NILDELCOFF, 1978. p. 96).

A família e a escola enquanto instituições passam por mudanças que redefinem sua estrutura, significado e papel na sociedade. A escola de hoje não é um espaço de aprendizagem, de conteúdo e habilidades curriculares, e sim lugar de uma formação integral política, ética e moral. É no ambiente escolar que convergem todos os tipos de problemas sociais, que são reflexos de nossa condição e condução política.

A educação é um lugar de conflito e de compromisso. Ela serve também como um espaço para amplas batalhas sobre o que nossas instituições deveriam fazer a quem elas deveriam servir e quem deveria tomar essas decisões. E ainda, ela é por si própria uma das maiores arenas em que os recursos, o poder e a ideologia específicos das políticas, das finanças, do currículo, da pedagogia e da avaliação em educação são colocados em jogo (RODRIGUES, 2004, p. 112).

É de se esperar que a tarefa de educar uma mesma criança, de forma compartilhada, a partir de contextos tão diferentes como a casa e a escola acabe fazendo com que surjam dificuldades e conflitos. Esse relacionamento pais / professores envolve alguns sentimentos de um lado a culpa dos pais, e de outro lado, a escola. Mesmo que difícil, espera-se que na educação se consiga promover entre educadores e pais uma colaboração mútua que passe pela confiança e pelo conhecimento, com o objetivo de facilitar o desenvolvimento harmônico das crianças.

Adotando uma postura didática pedagógica democrática, cria-se ambiente onde o dialogo flui, na construção de um processo de respeito pelo conhecimento e valores que as famílias possuem evitando qualquer tipo de preconceito e favorecendo a participação dos componentes da instituição familiar em diferentes oportunidades, estimulando o diálogo com os pais e possibilitando-lhes, também, obter um ganho enquanto sujeitos interessados em evoluir e se aperfeiçoar, como seres humanos e cidadãos compromissados com a transformação da realidade.

A família atualmente tem passado para a escola a responsabilidade de educar seus filhos, transmitir valores morais, princípios éticos e padrões de comportamento, desde boas maneiras até hábitos de higiene pessoal. A escola por sua vez não se sente preparada para assumir responsabilidades adicionais e reclama que a família não está cumprindo o seu papel (Guimarães, 2008, p. 67).

A dificuldade de lidar com o tempo na sociedade contemporânea, na busca de atender às demandas do dia-a-dia, refletem também dificuldades em relação ao tempo passado.

Formar alguém implica exigir e compreender limitações, em doses certas, na hora certa, sem fantasias e sem medos,