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Fichamento Livro VICENTE, Kim. Homens e máquinas

Por:   •  4/11/2015  •  Resenha  •  1.742 Palavras (7 Páginas)  •  402 Visualizações

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FICHAMENTO DE TEXTO CRÍTICO

Homens e máquinas (pp. 41 – 77). Segundo capítulo.

VICENTE, Kim. Homens e máquinas. Rio de Janeiro: Ediouro, 2005.

“[...] tendemos dividir o que sabemos em categorias (ou “silos”), definidos por fronteiras disciplinares rígidas, [...].” (p. 42)

-- fomos ensinados a compreender o mundo em partes não um conhecimento interligado ao outro, quando o autor coloca essas divisões se esquece que na escola essas divisões fazem parte do ensino-aprendizagem e internalizamos desse modo, quando fazemos análises a fim de compreensão, automaticamente fazemos essas separações, se tivéssemos sidos ensinados fazendo interdisciplinaridade entre os vários conceitos saberíamos interligar um conhecimento a outro.

“Em vez de tentar compreender o mundo como um todo, com cada um dos espantosos detalhes, desenvolvemos uma abordagem como “divide e reina” – [...].” (p. 42)

-- neste “divide e reina”, as divisões são aleatórias e geralmente privilegiando uma categoria em detrimento a outra, e nesta divisão uma não conversa com a outra parte e não se aprofunda nos conceitos uma das outras, a matemática é mais importante do que a física, a química esquece da biologia, porém uma é complemento da outra e fazem parte de um todo, os sujeitos que nela se associam é que dividem.

“[...] a especialização pagou um preço alto. Sua preocupação era que “a vida intelectual da sociedade ocidental está cada vez mais dividida em dois pólos” – a ciência e a arte.” (p. 43)

-- esses dois conceitos enraizados na sociedade ocidental dificilmente se interligam, pois o homem foi ensinado a compreender o mundo com essa lógica, depois de internalizado e muito difícil reestruturar e re-internalizar outros que vão contra esse que já está estruturado.

“[...] nós temos um conhecimento cientifico acentuadamente dividido em dois grandes grupos: as ciências humanas e as ciências tecnológicas. O primeiro grupo adotou uma visão humanística; quando olham para o mundo, essas pessoas focalizam principalmente as pessoas. [...]. Em contrapartida, as ciências técnicas – engenharia, computação e matemática aplicada – adotaram uma visão mecanicista; quando elas olham para o mundo, [...].” (p. 43 – 44)

-- os conhecimentos não são instintivos, eles são adquiridos em contato com outros sujeitos, primeiramente por imitação, depois concretamente, observando e interagindo com o com o objeto físico para depois se abstrair, dependendo do ambiente onde se está inserido será mais apresentado para um ambiente humanístico ou tecnicista.

“[...] não existe tecnologia sem pessoas, ou pessoas sem tecnologia. No mundo real, pessoas e tecnologias coexistem. [...].” (p. 44)

-- existem animais curiosos, que se utiliza de ferramentas para sua sobrevivência, mas somente o homem utiliza essas ferramentas para sua sobrevivência e facilitador de atividades e podem intervir sobre elas, as modificando e repassando para os seus, ensinando a outras gerações que também intervirão sobre elas, modificando-as e aprimorando-as e tornando-as naturais, sendo que não o são.

“Por ironia, a força dos Magos – os designers, em geral brilhantes, dos sistemas e produtos de alta tecnologia do mundo atual – é, em parte, também responsável por sua perda: por terem tanta proficiência em ciência e engenharia, os Magos tendem a pensar que todo o mundo conhece tecnologia como eles. [...].” (p. 45 – 46)

-- as tecnologias deveriam ser um dos facilitadores da existência do ser humano, porém os que as transformam ou inventam ou descobrem, na sua maioria o fazem com o seu nível de compreensão e entendimento de suas próprias experimentações, esses cientistas não tem a visão dos cientistas das ciências humanas e como o ser humano aprende dependendo de vários fatores para chegar a um nível de abstração mais elevado, fazendo que suas tecnologias que deveriam ser um dos facilitadores das atividades humanas passam a ser um entrave dificultoso dessa atividade.

 “O que os Magos estavam pensando quando desenham essa engenhoca? Simples: eles estavam pensando na engenhoca, não no usuário.” (p. 48)

-- isso é estar tão focado no que se quer resolver que esquece os atores que vão utilizá-los, são questionados esses atores, ou simplesmente é jogado o sistema e os atores como fantoches tem que ser manipulados, esquecem de perguntar vão otimizar o trabalho do outro? Ele saberá agir sobre o que foi criado? São perguntas que nos egos inflados de quem faz esquece-se do outrem que vão agir sobre e estão aptos para entendê-los, será um facilitador que aperfeiçoará o trabalho ou a vida do ser humano? E entender que não só eles que inventaram ou aperfeiçoaram que utilizará.

“Embora saibam muito sobre tecnologia em benefício próprio, os Magos também costumam saber muito pouco sobre as tarefas que outras pessoas desempenham com uso da tecnologia.” (p. 49)

-- justamente deveriam saber pelo menos um pouco das ciências humanas.

“[...] que os aspectos soft, não-físicos, dos sistemas tecnológicos podem tornar a vida das pessoas mais difícil do que necessário.” (p. 50)

-- por isso que é necessária uma interligação dos aspectos cientificos técnicos com os humanísticos para que a otimização tecnológicas sejam melhores aperfeiçoadas para que sejam facilitadores dos vários aspectos que ajudam o ser humano no cotidiano da sua existência.

“A abordagem oposta também pode sair pela culatra. Os humanistas também podem levar as coisas a extremos. Em vez de esperar muito da tecnologia, eles esperam muito dos seres humanos.” (p. 51)

-- muitas vezes os humanistas acham que o ser humano não pode falhar e é impassível de erro, e quando muito atarefados ou com carga excessiva de stress é onde comumente acontecem os erros.

“[...] Embora os sistemas tecnológicos nunca tenham sido tão complexos e perturbadores como agora, o aumento de complexidade e perturbadores como agora, o aumento de complexidade e deterioração social não é um fenômeno novo na historia da humanidade. Pelo contrario, tem uma evolução perene na evolução cultural, como Robert Wiright assinalou tão bem em Não-zero: A lógica ao Destino Humano.” (p. 51 – 52)

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