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Fichamento - Metodologia do Trabalho Científico

Por:   •  30/1/2016  •  Resenha  •  1.760 Palavras (8 Páginas)  •  650 Visualizações

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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ

CAMPUS UNNIVERSITÁRIO TOCANTINS - CAMETÁ

FACULDADE DE GEOGRAFIA

CURSO DE LICENCIATURA EM GEOGRAFIA

DISCIPLINA: METODOLOGIA DA PESQUISA I

PROFESSOR: ROSIVANDERSON

ACADÊMICO: ERON WILLIAM VIANA DUARTE

1ª AVALIÇÃO: Fichamento

Resenha apresentada como requisito avaliativo parcial da Disciplina “Metodologia da Pesquisa I”, ministrada pelo Professor Me Rosivanderson.

OEIRAS DO PARÁ

 JULHO/2014

Severino, Antônio Joaquim. Metodologia do Trabalho Científico. 23 ed. rev. São Paulo: Cortez. p. 99-126

O autor do obra mostra no terceiro capítulo que, atualmente, a prática científica está auxiliada por um vasto e moderno aparato tecnológico. No entanto, essa variedade de instrumento não é empregada de maneira aleatória, pois existem cuidadosos procedimentos para o seu uso, ou seja, ocorre de acordo com um método específico. Porém, a utilização de um método não é o suficiente para se chegar ao conhecimento. Tornam-se necessários, portanto, fundamentos epistemológicos coerentes com a metodologia praticada, haja vista que toda busca por conhecimento necessite de um pressuposto relacionado à concepção de sujeito-objeto.

O método científico, que diferencia a ciência do conhecimento do senso comum e da subjetividade característica de outras áreas, trata de procedimentos e técnicas que levam à compreensão das causas entres fenômenos.  Durante o trabalho científico, a primeira atividade é a observação dos fatos que pode ser realizada por causalidade ou espontaneidade.   Esses fatos, por si sós, não se explicam, não dizem nada. Somos nós, que a partir da percepção, criamos os problemas relacionados a ele.  O problema surge, então, pela necessidade de se conhecer a causa do fenômeno. A partir do poder lógico da razão, formula-se uma hipótese, isto é, uma possível relação causal. Após a formulação da hipótese, o pesquisador volta-se ao campo para realizar a verificação experimental. Caso ocorra a confirmação da hipótese, constrói-se uma lei que se torna um princípio geral unificador e explicador de diversos fatos de mesma natureza. A junção dessas leis, que tratam de fenômenos de mesmas possibilidades, passa a ser tida como teoria. Por sua vez, as teorias poderiam se simplificar em uma única teoria que tratassem do funcionamento do universo, os chamados sistemas.

O método científico tem duas formas de raciocínio: a indução e a dedução. O raciocínio indutivo (momento experimental) acontece quando o pesquisador, ao observar alguns fatos, estabelece um processo de generalização, ou seja, parte de fatos particulares a um princípio geral. Já quando o conhecimento parte de uma premissa universal para o particular – princípio geral para outros gerais-, o raciocínio é de natureza dedutiva.

Os cientistas da modernidade consideravam a ciência como único, verdadeiro e universal meio de se chegar ao conhecimento.  Assim sendo, também só se poderia existir um único método. Procurou-se, então, cria o sistema das Ciências Humanas baseada na visão de unicidade metodológica, haja vista que as manifestações do ser humano também deveriam ser tratadas como outros fenômenos naturais. O homem também é um ser natural e, consequentemente, sujeito às leis de regularidade. Por meio dessas afirmações, Comte cria a física social, onde o homem se torna objeto de observação.

A produção do conhecimento relacionado a à natureza possibilitou a criação das Ciências da Natureza. Neste campo, graças a técnicas operacionais, aperfeiçoam-se as condições de observação, experimentação e mensuração, etc. sem influência da subjetividade humana. Ao produzir ciência, o homem toma para si verdades básicas que não precisam, necessariamente, serem aceitas por outros cientistas. A essas verdades, chamamos de paradigmas, e quando relacionadas ao conhecimento  paradigma epistemológicos.

O paradigma epistemológico refere-se à relação estabelecida entre sujeito e objeto na construção do conhecimento. Portanto, nessa busca, o homem aplica pressupostos epistemológicos e usa recursos e técnicas coerentes com eles.

No campo das ciências naturais, há a utilização de um único paradigma teórico-metodológico, representado pelo positivismo. Já nas ciências humanas, ocorre a constituição de paradigmas alternados que compõem o chamado pluralismo paradigmático, que evidenciam as inúmeras possibilidades de compreensão/explicação do modo de ser do homem.

A ciência, como hoje conhecemos, surgiu durante a modernidade quando se fez uma crítica ao modo de pensar metafísico. Por esse pensamento, poderíamos chegar à essência das coisas com a luz das razões. O pensamento metafísico se propagou durante muito tempo. Entretanto, foi a partir do Renascença que se chegou à conclusão de que só podemos conhecer os objetos por meio de uma experiência sensível, mas jamais à essência das coisas. Nasce daí, um novo modo de conhecer, o método experimental-matemático.

A ciência concebe seus objetos como fenômenos e procura estabalcer relações entre eles. Crias, assim, um pressuposto de que o universo é regido por regularidades. Por isso, todos os fenômenos se comportam de uma mesma maneira, sendo que as mesmas causas produzem os mesmos efeitos.

 As Ciências Humanas, em seu surgimento, foram sendo constituídas por meio da metodologia experimentação-matemática, cabível às Ciências Naturais. Contudo, as particularidades e a complexidade do modo de ser do homem, evidenciaram a incapacidade do método positivista. Assim, procurou se baseia no referencial teórico-metodológico do Funcionalismo. Este pressupõe uma comparação das relações existentes entre o órgão de um organismo vivo e as formas de organização social e cultural. O objetivo das Ciências Naturais seria identificar as relações funcionais e descrevê-las dentro da sociedade.

Outra corrente usada do positivismo, o Estruturalismo, tinha por pressuposto um jogo de oposição, de presença e ausência, que formassem uma estrutura constituída em interdependência, o que acarretaria, em uma possível alteração, ocasionando a mudança de todo o conjunto. O Estruturalismo assume a fenomenalidade como objeto de estudo.

A epistemologia contemporânea, com um lado subjetivista, propõe outra maneira para se conceber a relação do sujeito com objeto. Enquadram-se nessa questão a Fenomenologia, E hermenêutica e a Arqueogenealogia. A primeira trata da inicial experiência do conhecimento, onde sujeito e objeto são polos puros nessa relação. A segunda discute que todo conhecimento produzido é fruto de uma interpretação feita pelo sujeito a partir de suas impressões das expressões simbólicas e dos signos culturais. Por fim, a terceira, procede de outras duas perspectivas epistemológicas contemporâneas: a arqueologia e a genealogia. Seus pensadores buscam desidentificar o racionalismo do pensamento contemporâneo, priorizando outros conhecimentos, além do raciocínio lógico.

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