Fichamento solução de problemas
Por: CharlesOlanda • 9/3/2018 • Trabalho acadêmico • 1.714 Palavras (7 Páginas) • 224 Visualizações
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UNIVASF - UNIVERSIDADE FEDERAL DO VALE DO SÃO FRANCISCO
CURSO DE GRADUAÇÃO EM CIÊNCIAS DA NATUREZA
CHARLES TRINDADE DE OLANDA
Fichamento
Livro: A Solução de problemas: aprender a resolver, resolver para aprender.
SÃO RAIMUNDO NONATO-PI
2018
Disciplina: Ciências do Cotidiano
Prof. Arthur Lima da Silva
Curso de Graduação em Ciências da Natureza
Universidade Federal do Vale do São Francisco (UNIVASF)
Fichamento | Data: 05/03/2018 |
Estudante: Charles Trindade de Olanda | Turma: 2017.2 |
A solução de Problemas: aprender a resolver, resolver para aprender | |
Juan Ignacio Pozo e Miguel Ángel Gómez Crespo | |
A compreensão dos fatores naturais na vida cotidiana e algo tão importante quanto a outros conhecimentos oferecidos na educação básica, visto necessário que o cidadão tenha parte neste conhecimento em sua formação, provendo-se de uma cultura científica que o permitirá ter um olhar crítico aos fenômenos naturais e aos projetos tecnológicos resultantes desse conhecimento. O objetivo fundamental do conhecimento de ciências é preparar os alunos a enfrentar e resolver situações cotidianas, tendo como ferramenta o conhecimento básico, próprio das ciências adquirido de forma gradativa nos ensinos fundamental e médio. Há uma relação não tão distante entre a aplicação do conhecimento científico e as ocorrências diárias, essa relação se encontra na resolução de problemas, onde usamos os conceitos e procedimentos científicos para alcançar a meta desejada. Apesar de sermos usuários de objetos tecnológicos e naturais ainda sabemos muito pouco sobre a sua funcionalidade, em meio a tudo isso é apropriado que saibamos resolver problemas impostos que a ciência nos propõe. Os processos usados em sala de aula na solução de problemas são os mesmos usados pelos cientistas , mas tais processos não se apresentam o suficiente para transferir o conhecimento ao meio cotidiano . Por mais que os problemas apresentados na escola sejam semelhantes ao meio cotidiano eles são diferentes em seu tratamento e desenvolvimento, os problemas científicos são submetidos a métodos, ou seja, com normas básicas ou fases que devem ser seguidas na produção de seu conhecimento. O modelo de soluções de problemas tem como primeiro passo o reconhecimento do problema sendo diferente do que ocorre pelo método científico que é apresentado em sala de aula, que são problemas propostos pelo meio acadêmico, com isso o aluno não se senti envolvido, pois o resultado não tem valor relevantemente real a não ser para sanar o que se pedi na escola. O campo de visão na formulação de hipóteses fica restrito, pois o foco está somente em resolver o que está no papel passando despercebido fatores que influenciam na mesma problemática refletindo no que se pode fazer nas estratégias de resolução. Outra diferença entre problemas científicos dos problemas cotidianos é a sua finalidade, no dia a dia procuramos resolver o problema, a pré-disposição em conseguir resolução é um ponto mais característico, enquanto o científico busca entender todo o processo de resolução. Para o olhar cientifico a solução de um problema em primeira vista não é o objetivo central, mas sim a busca de entender tais resultados se manifestarem, obtidos por questionamentos até um conhecimento coerente. O método científico possui um raciocínio rigoroso e sistemático nos procedimentos investigativos, enquanto a resolução de situações no cotidiano apresenta uma aleatoriedade ou aproximação qualitativa. O planejamento dos problemas escolares deve se posicionar sobre o fato que o aluno tem maior exposição ao meio extraescolar, criando cenários que ajude no processo de aprendizagem ao longo do ensino fundamental e médio, motivando o aluno a mover-se em direção a hábitos de resolução mais próximos usados no método científico, fazendo com que o aluno compreenda que este conhecimento se mostra mais eficaz. Fazem parte do currículo educacional de ciências naturais o uso de problemas qualitativos, quantitativos e pequenas pesquisas. Os problemas qualitativos são resolvidos pelo aluno através de raciocínios teóricos baseados em seus próprios conhecimentos, não utilizando de cálculos ou de experiências que comprovem seu posicionamento, esses problemas fazem com que os alunos extraiam o máximo de conhecimento cientifico relacionando com fenômenos cotidianos, deve ter uma definição clara no objetivo da problemática com acompanhamento durante a resolução. Os problemas quantitativos são propostos a base de cálculos matemáticos, comparações de dados e utilização de formulas para se chegar a um resolução, tem objetivo de alcançar soluções concretos através das habilidades de precisão. Tem como vantagem tornar o aluno intimo ao manejo de técnicas lógicas e algoritmos. O foco em resolver algumas das questões, por seu grau de dificuldade poder ser auto, acaba tirando a atenção do objetivo científico, na qual deve se entender que o conhecimento lógico matemático é mais uma ferramenta para a resolução do problema. O uso do conhecimento qualitativo quanto quantitativo se dão para pequenas pesquisas, que são conhecimentos adquiridos em trabalhos práticos laboratoriais ou em ambiente extraescolar, é nesse ambiente que se vão formular hipóteses sobre as causas dos fenômenos, esboçar estratégias de trabalho para comprova-las e refletir sobre os resultados obtidos, para dar maior concretização nos resultados da pesquisa. Com esse método o aluno terá atitudes em relação a problemas se adequando a procedimentos uteis, tanto para aplicar em trabalhos científicos quanto a uma situação que se apresenta no dia a dia. Sendo motivador para os alunos no ensino de ciências, onde há atribuição de conceitos teóricos aplicados em prática. Suas desvantagens estão na formulação da problemática, estabelecendo instruções em que a situação não chega nas condições básicas para ser considerada um problema. Todo problema suscita uma pergunta, esses questionamentos devem ser devidamente formulados para que possamos buscar uma resposta correta ao problema. No meio escolar a problemática se apresenta como um enunciado e isso faz com que o aluno resolva os problemas sem questiona-los, a solução é buscar enunciados que instiguem o estudante a formular questionamentos ao redor do assunto a partir do seu conhecimento prévio, dando espaço para a circulação de ideias próprias. O conhecimento prévio é um conhecimento que foi construído ao longo da vida no meio natural e escolar, com perguntas relacionadas ao cotidiano o professor pode trazer a tona o aluno a usar de seu conhecimento prévio, nesse momento em que esse conhecimento é ativado se torna propicio adicionar uma dose a mais de conhecimento científico. E sensato propor problemas qualitativos e quantitativos de acordo a um crescimento gradativo. A pesquisa científica parte de observações como o modelo propõe, só que não é verídico para o aluno, pois isso acontece na manifestação da sua perspectiva prévia. A indagação entre os alunos de uma classe pode ser eficaz para um posicionamento autônomo em torno do assunto, mas é necessário que esse conhecimento prévio seja podado pelo professor para que não fuja de um raciocínio devidamente bem colocado. Já foi dito que na vida cotidiana enfrentamos problemas em busca somente do resultado, formulando pequenas hipóteses para algumas situações o que acontece poucas às vezes, diferente do método científico que faz questão de entender todo o processo de resolução. Por tanta exposição ao meio cotidiano o aluno usa regras aproximativas em vez de usar a lógica quantitativa que é um elemento fundamental na compreensão científica, ao entender essa situação o objetivo consiste em que o aluno se livre do raciocínio casual, que gera respostas superficiais. Fatos cotidianos relevantes e recorrentes determina o desenvolvimento de conhecimentos prévios , com isso a medida em que os problemas forem apresentados trará entrelaçada a se esses conhecimentos relacionando com que foi proposto. O raciocínio casual cotidiano cria uma noção de causa e efeito ou contiguidade espacial, onde o sujeito analisa uma e antes mesmo da reação resultante ele afirma uma hipótese baseando-se na contiguidade espacial. Para um melhor entendimento uma situação pode trazer esclarecimento, onde temos o interruptor a e b com lâmpadas respectivas a eles, a lâmpada do interruptor A está a 5 metros de distância e a lâmpada do interruptor B está a 10 metros, a questão é: ao pressionar os dois interruptores simultaneamente qual lâmpada acenderá primeiro ?; pela noção de velocidade e distância cotidiana quem sai na frente em mesma velocidade sempre tem a vantagem e consequentemente chegará primeiro, mas na verdade as duas acenderão ao mesmo tempo. A capacidade de desenvolvimento formal não pode ser trabalhada de formal integral mas de forma fragmentada possibilitando que os alunos possam juntar suas bagagens de conhecimentos cotidianos com o que é apresentado pela formação de pensamento científico em sequencias mais simples até mais complexas. A ciência está a procura constante de problemas, enquanto no cotidiano são os problemas que nos encontram, diante disto os problemas escolares devem gerar uma atitude investigativa e explicativas aos seus expectadores promovendo uma reflexão e tomada de consciência sobre o conhecimento, trazendo a eles uma mudança metaconceitual. A reflexão sobre o problema já adquirido deve entrar em debate entre os colegas de classe, com a mediação do professor, os ajustes identificados em meio avalições tem foco não somente nos resultados finais mas no seu desenvolvimento que é identificada nos processos de observação do problema, interpretação da informação, proposição de perguntas, projetos de pesquisa e a comunicação. Esses procedimentos tem a finalidade de dar autonomia ao sujeito em momentos em que não haverá orientação de professores ou de livros didáticos, apresentando uma atitude com inclinação ao conhecimento científico. | |
Palavras chaves: Científico, cotidiano, métodos, desenvolvimento, conhecimento. |
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