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Fisica Eletricidade

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Por:   •  17/9/2013  •  467 Palavras (2 Páginas)  •  312 Visualizações

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AMARRAS*

O cinema tem uma ligação tão íntima com a literatura que até seu nome deriva das palavras gregas correspondentes a “movimento” e “escrever”. Composto basicamente de fotografia, movimento e narrativa, união que até o momento era inusitada, tornou-se a arte dos novos tempos. A sétima arte.

Na indústria cinematográfica as possibilidades são enormes e fazendo uso dessas possibilidades e de criatividade condizente com elas, não inovar é que seria difícil. Acontece que o cinema surrealista e o experimental não “engrenaram” e hoje, assim como na época, ficaram restritos a um determinado público, geralmente acadêmicos ou de cultura mais refinada. Porém, por ser uma arte direcionada ao entretenimento, atingiu vários tipos de público, e como tudo, começou a direcionar-se ao maior deles: a massa, formada em boa parte por pessoas analfabetas e incultas. O cinema industrial começou cedo. E perdura.

Como dito anteriormente, o cinema tem na sua composição, a narrativa. Utilizava-se como base a literatura do século XIX que condizia com o perfil do seu público que se satisfaz com fórmulas prontas e previsíveis. O interessante é que mesmo com o passar dos séculos, com as mudanças no meio cinematográfico, na literatura e no mundo, essa é a estrutura que ainda atrai o maior número de espectadores e portanto, permanece até hoje; e não há muita perspectiva de que esse quadro se reverta, já que a mentalidade do seu público continua seguindo o padrão.

Mas nem todos os filmes existentes são feitos de roteiros clichês, afinal, cinema é inovação desde o seu início, mesmo que essa inovação nem sempre renda boas bilheterias. Ainda existem muitas possibilidades a serem exploradas entre os frames que tem surgido e que estão para surgir.

Além disso, a tecnologia é fator fundamental na evolução da história do cinema. Tomando como exemplo o clássico Cantando na Chuva (1952), vê-se no passar da narrativa, de forma divertida, como foi dada a introdução do som às imagens na tela e o impacto e resistência sofrida pelos produtores e espectadores. Até mesmo o Chaplin mostrou-se avesso à idéia do cinema-falado, pois poderia tirar a “beleza do silêncio” e restringir as interpretações pessoais de quem assistisse. Mas hoje é visível que mesmo com imagem e som, cores e falas e com um bom roteiro, um filme ainda é capaz de mexer com o consciente e o inconsciente de uma pessoa, fazendo-a pensar, refletir e até sentir.

Enfim, o clichê é algo que sempre existiu e sempre existirá em todas as áreas, o cinema e a literatura não fogem da regra. Mas para ambos, as possibilidades de criação são inúmeras e assim como podem ser totalmente previsíveis, podem mostrar-se absolutamente inovadoras. E quando isso acontece, é sempre bom de ver.

*Artigo escrito como exercício da aula de Tópicos Especiais em Cinema - UFS, professora Lílian França. Publicado no jornal Cinform em 25/01/2010.

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