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Formação Economica Brasileira

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Por:   •  18/8/2014  •  570 Palavras (3 Páginas)  •  605 Visualizações

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1. Examine as causas fundamentais da crise da economia colonial no Brasil;

A crise da economia colonial agrícola decorreu de dois aspectos complementares, um de caráter interno, e outro, externo. O primeiro aspecto foi a expansão dos mercados na colônia, resultado direto do aumento da população e do incremento da produção. Com o aumento da produção e o crescimento do mercado interno – sobretudo após o início do ciclo do ouro –, os interesses particulares da colônia foram aumentando de maneira significativa. O pacto colonial passou a ser, então, um empecilho à expansão dos negócios e, portanto, ao potencial de ganhos dos colonos. O segundo aspecto, referente ao plano externo, eram os efeitos da Revolução Industrial, que eram cada vez mais visíveis na Europa. Assim, a necessidade de busca e incorporação de novos mercados pelas unidades industriais em formação tornou-se um traço típico da dinâmica capitalista.

2. As experiências de utilização da mão-de-obra imigrante na cafeicultura brasileira (sistemas de parceria e colonato) foram substancialmente diversas. Analise suas diferenças e os principais determinantes do fim do sistema de parceria e do deslanche do sistema de colonato;

O sistema de parceria consistia de um recrutamento de trabalhadores na Europa dispostos ao serviço na lavoura, recebendo em troca lotes de pés de café adultos – preparados, portanto, para a produção. Metade do valor da colheita (cotas de pagamento) seria dos imigrantes, logicamente após a dedução dos custos de transporte, impostos e comissões – daí a definição de parceria. No entanto, o que acontecia era uma situação completamente distinta daquela apregoada pelos agentes responsáveis pelo recrutamento dos imigrantes na Europa. Muitos imigrantes morreram antes de chegar ao Brasil, devido à falta de higiene, que proporcionava o desenvolvimento de uma série de doenças. Ao chegar, eram obrigados a pagar todo o custo de seu transporte, além do pagamento de juros de 6% ao ano pelo adiantamento oferecido para a manutenção dos trabalhadores durante o primeiro ano de sua chegada. Os imigrantes eram obrigados, por contrato, a permanecer pelo menos quatro anos na fazenda. Além disso, a família imigrante era a responsável legal por cada um de seus membros, de maneira que, se algum morresse, os outros deveriam arcar com o pagamento de sua dívida.

Não é difícil perceber, portanto, que esse sistema não apresentava condições de sobrevivência em longo prazo. As raízes do fim estavam fincadas nas próprias bases do processo.

Apesar dos conflitos internos do sistema de parceria e da impossibilidade de continuação daquele processo de recrutamento da mão-de-obra imigrante, a “falta de braços” para a expansão da lavoura agrícola cafeeira persistia. O problema residia no fato de que a imagem do Brasil como um possível espaço para a realização de homens pobres europeus vinha sendo desfeita a passos largos. No entorno de 1870, o colonato aparecia como o novo formato encontrado para garantir os fluxos de imigração para a cafeicultura, trazendo mudanças significativas em relação ao sistema de parceria. Além da criação de uma forma de pagamento direto ao colono, pelo menos em parte do total que era devido pelo seu trabalho na lavoura, o fazendeiro foi obrigado a arcar com despesas de viagens e do primeiro ano

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