Forrageira De Inverno - Azevem
Exames: Forrageira De Inverno - Azevem. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mariaarving • 18/11/2013 • 1.025 Palavras (5 Páginas) • 358 Visualizações
INTRODUÇÃO
A falta ou a pouca quantidade de forragem para o gado no inverno é um dos problemas mais sérios enfrentados pelos pecuaristas da região sul. As temperaturas baixas e as geadas, comuns em certa estação do ano, prejudicam o crescimento das pastagens naturais e das pastagens que são cultivadas no verão. Uma solução para os pecuaristas é cultivar pastagens de inverno e assim garantir alimento para o gado com qualidade e em quantidade suficiente. O azevém anual (Lolium multiflorum Lam), é uma opção que visa manter altas produções de matéria seca com alta qualidade para atender a demanda nutricional dos animais a um baixo custo, ou seja, a forrageira é de fácil implantação e flexibilidade de exploração, com elevado potencial produtivo – rico em água e proteína - é muito apetecível para os animais. Tem preferência por solos profundos , úmidos e férteis.
Manejo e utilização da pastagem
As plantas forrageiras apresentam duas características principais que as tornam extremamente viáveis para a exploração pecuária: a sua capacidade de recuperação após o pastejo e o seu valor nutritivo (GOMIDE, 1988; 1997). O pastejo é um processo impactante sobre a planta, pois remove suas folhas, elimina os meristemas apicais, reduz a reserva de nutrientes da planta e promove mudanças na alocação de energia e nutrientes da raiz para a parte aérea, a fim de compensar as perdas de tecido fotossintético. Contudo, promove benefícios às plantas pelo aumento da penetração da luz dentro do dossel, alterando a proporção de folhas novas, fotossinteticamente mais ativas, pela remoção de folhas velhas e ativação dos meristemas dormentes na base do caule e rizomas (KEPHART et al., 1995). A habilidade das plantas em sobreviver e crescer em sob pastejo decorre de dois mecanismos: escape e tolerância (BRISKE, 1991). O primeiro envolve mecanismos para reduzir e evitar a severidade da desfolha e o segundo mecanismos para promover crescimento sob condições de desfolha (BRISKE; RICHARDS, 1995). Os mecanismos de escape são constituídos de atributos da arquitetura da planta, dissuasão mecânica e compostos bioquímicos que reduzem a acessibilidade e palatabilidade dos tecidos da planta, enquanto que os de tolerância constituem-se de processos fisiológicos capazes de promover o crescimento após desfolha (BRISKE, 1996).
A intensidade de pastejo determina a amplitude das respostas plásticas que as plantas têm que desenvolver e também a escala de tempo que dispõem para adaptar-se a mudanças no ambiente, podendo ser mensurado através do IAF remanescente (DIFANTE, 2003). O pastejo afeta a fisiologia das plantas desfolhadas e exerce um efeito indireto na modificação do micro-ambiente das plantas vizinhas (CAVALCANTE, 2001). Desfolhas intensas induzem a menor eficiência fotossintética inicial das folhas que, sendo o tempo diretamente proporcional à sua severidade (BROUGHAM, 1956). Quanto maior a intensidade de pastejo, menor é a taxa inicial de rebrota e maior é o tempo necessário para que a planta atinja sua máxima eficiência fotossintética e sua máxima taxa de crescimento (PARSONS et al., 1988). A adoção de diferentes intensidades de pastejo promove modificações na estrutura da pastagem. Hodgsonet al. (1981) constataram que incrementos na intensidade de sua desfolha resultavam em pastagens de azevém perene com estrutura mais prostrada, o que pode contribuir para a prevenção do alongamento dos entre-nós, aumentando a relação folha:colmo (GOMIDE; GOMIDE, 1999, 2001).
A freqüência de pastejo também interfere na estrutura subseqüentedo pastagem. Sob desfolhasfreqüentes há pouca competição por luz, as plantas podem desenvolver uma resposta fotomorfogênica em resposta a um micro-clima com altas intensidades luminosas (LEMAIRE, 1997, 2001), nessa situação, as plantas desenvolvem folhas pequenas e alta densidade populacional de perfilhos (MAZZANTI; LEMAIRE, 1994). Sob baixafreqüência de desfolha, a competição por luz aumenta durante o período de rebrota e nesse caso, as plantas desenvolvem folhas maiores e pequena densidade populacional de perfilhos (MAZZANTI, 1997; LEMAIRE, 2001). O padrão de desfolha depende primariamente do método de pastejo empregado. A intensidade de desfolha é diretamente dependente da taxa de lotação e da duração do período de pastejo, ambos determinados pelo método de manejo. O pastejo contínuo cria uma situação onde o processo de desfolhação é lento o suficiente
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