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Palma Forrageira

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Por:   •  24/8/2014  •  Tese  •  2.766 Palavras (12 Páginas)  •  317 Visualizações

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Palma Forrageira

1. Classificação1;2

Espécie: Opuntia ficus-indica (L.) P. Mill.

Família: Cactaceae

Sinonímias: Cactus ficus-indica L.; Opuntia compressa J.F. Macbr.; Opuntia vulgaris P. Mill.

Nomes vulgares: indian fig (Inglês); nopal de castilla (Espanhol); palma-forrageira, palma gigante, palma redonda (Português)

Espécie: Nopalea cochinilifera Salm Dyck

Família: Cactaceae

Sinonímia: Cactus cochenillifer L.

Nomes vulgares: nopal (Espanhol); palma-forrageira, palma doce, palma miúda (Português).

2. Descrição Botânica3

Cacto suculento, ramificado, de porte arbustivo, com altura entre 1,5 e 3 m, ramos clorofilados achatados, de coloração verde-acinzentada, mais compridos (30 - 60 cm) do que largos (6 - 15 cm), variando de densamente espinhosos até desprovidos de espinhos (inermes). As folhas são excepcionalmente pequenas, decíduas precoces. As flores são amarelo ou laranja brilhantes, vistosas. Os frutos são amarelos-avermelhados, suculentos, com aproximadamente 8 cm de comprimento, com tufos de diminutos espinhos.

3. Distribuição Geográfica (Natural)4

Espécie nativa das regiões áridas da América Central, principalmente México.

4. Histórico da Introdução da Palma Forrageira no Nordeste Brasileiro5

A palma forrageira foi introduzida no semi-árido nordestino no final do século XIX, com o intuito da produção de corante carmim. Porém por pouco tempo foi explorada para tal ensejo. Foi após a grande seca ocorrida em 1932 que a palma foi descoberta como uma excelente alternativa forrageira. Neste período o governo federal implantou o primeiro programa com a espécie, induzindo desta forma sua disseminação.

A partir da década de 50 que realmente começaram os estudos de caráter mais aprofundados sobre a espécie, visando assim seu melhor aproveitamento. Entre os anos de 1979 e 1983, durante a estiagem prolongada ocorrida no nordeste brasileiro, que a palma ganhou de vez seu espaço no cenário semi-árido. Desta data em diante inúmeros estudos voltaram-se para esta forrageira.

Estima-se que hoje existam cerca de 500 mil hectares de palma forrageira no nordeste. Estando boa parte deste montante concentrado nos estados de Pernambuco, Paraíba, Alagoas, Rio Grande do Norte e Bahia. No Brasil, duas espécies de palma forrageira são cultivadas em larga escala: O. fícus-indica e N. cochenillifera. A primeira possui as cultivares gigante e redonda. Já a segunda possuí a cultivar miúda ou doce.

A cultivar gigante possui cladódios que pesem em média 1 Kg, tento em média 50 cm de comprimento. Esta é a cultivar mais comum no semi-árido nordestino, principalmente devido sua rusticidade.

A cultivar redonda apresenta cladódios pesando em média 1,8 Kg, medindo aproximadamente 40 cm de comprimento. Esta cultivar possui suas raquetes mais espessas que a supracitada.

Por sua vez, a cultivar miúda possui raquetes pesando em torno de 350g, com 25 cm de comprimento. Este é o cultivar de menor porte entre as três citadas. Alem de ser a mais exigente quanto à qualidade do solo, quantidade de água. Ela é a menos produtiva quanto à produção de matéria verde, em contrapartida é a mais produtiva expressa em matéria seca.

6. Ecologia da Palma Forrageira5; 7; 8; 9

A palma forrageira é uma cultura bem adaptada às condições adversas do semi-árido. A espécie apresenta-se como uma alternativa primordial para estas regiões, visto que é uma cultura que apresenta aspecto fisiológico especial quanto à absorção, aproveitamento e perda de água, sendo bem adaptada às condições adversas do cenário em questão.

As raízes das palmas desenvolvem características fisiológicas inerentes de plantas xerófilas, que dão maior resistência as plantas em períodos prolongados de estiagem.

A estrutura responsável pela fotossíntese nas plantas, na sua grande maioria, são as folhas. Nas palmas, quem tem essa função são os cladódios. Suas folhas diminutas são logo perdidas nas fases ontogenéticas inferiores.

Assim como boa parte das plantas xerófilas, e de ambientes semi-áridos a desérticos, as palmas apresentam o metabolismo ácido crassuláceo, conhecido como mecanismo CAM. A grande diferencia entre estas e as plantas C4, está no processo de fechamento dos estômatos durante o período diurno, para evitar a perda excessiva de água, e a abertura durante o noturno. Assim as plantas CAM absorvem CO2 durante a noite, transformando em ácidos orgânicos, onde se decompõe e liberam no dia seguinte o CO2, que é assimilado pelo ciclo de carbono.

A captação atmosférica do CO2 e o acúmulo resultante da biomassa das palmas, depende das condições ambientais. Os principais fatores são o teor de água do solo, a temperatura do ar, a luz e vários elementos do solo.

A resistência à seca envolve aspectos de sua morfologia, fisiologia e bioquímica. Sendo considerados três mecanismos relacionados à seca: resistência, tolerância e escape. A resistência esta relacionada a sua própria condição xerofítica; O escape, através de um sistema radicular superficial e ramificado que lhe possibilita um eficiente aproveitamento das chuvas pouco intensas; A tolerância está relacionada a fotores bioquímicos, como a diminuição do metabolismo.

7. Composição Físico-Química da Palma Forrageira

Segundo Santos et al. (1990) e Wanderley et al. (2002), esta cactácea é um alimento suculento, rico em água e mucilagem, com significativos teores de minerais, principalmente cálcio (Ca), potássio (K) e magnésio (Mg). Apresenta altos teores de carboidratos não fibrosos (CNF) e elevado coeficiente de digestibilidade da matéria seca (MS). Por outro lado, possui baixos teores de MS (10 a 14%), proteína bruta (4,0 a 6,0%) e fibra em detergente neutro (26,8%).

As cultivares redonda e gigante apresentam, em média, teores de matéria seca, proteína bruta, fibra bruta e digestibilidade in vitro da matéria seca de 10,48; 4,72; 9,96; e 74,66%, respectivamente (Santana et al., 1972; Santos et al., 1997).

A palma forrageira apresenta elevados teores de Ca

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