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Fraude no Banco Panamericano

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Por:   •  20/11/2013  •  Seminário  •  802 Palavras (4 Páginas)  •  663 Visualizações

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a) Fraude no Banco Panamericano

A fraude bilionária no Banco Panamericano foi resultado de um acúmulo de irregularidades contábeis constantes do balanço da instituição desde o ano de 2006, que passaram pelo crivo de diversas instituições, em especial, empresas de auditoria, mas só foram descobertas em 2010, pelo Banco Central.

A prática adotada pelo Banco consistia em inflar seus balanços por meio do registro de carteiras de créditos vendidas a outras instituições como parte de seu patrimônio. A maquiagem permitiu que o valor da empresa fosse ampliado antes da abertura de seu capital, em novembro de 2007.

O escândalo veio a público em novembro de 2010, quando o Banco anunciou que seu então controlador, o Grupo Silvio Santos, iria aportar R$ 2,5 bilhões na instituição, recurso obtido em empréstimo junto ao Fundo Garantidor de Crédito. Conforme divulgado pela instituição, o objetivo do aporte era reestabelecer o equilíbrio patrimonial e ampliar sua liquidez operacional, após terem sido constatadas "inconsistências contábeis" que não permitiam que as demonstrações financeiras refletissem a real situação patrimonial da entidade.

Os executivos à frente da instituição quando a fraude foi identificada foram demitidos e assumiram novos administradores que, posteriormente, descobriram que o rombo era cerca de R$ 1,5 bilhão maior, o que colocava em risco a própria sobrevivência do banco. Sem alternativa, o Panamericano acabou vendido ao BTG Pactual em 31 de janeiro de 2011.

Diante desse quadro, chama atenção o fato da fraude não ter sido detectada por nenhuma instituição ou órgão, mesmo tendo o Banco auditoria interna própria e sendo auditado externamente pela Deloitte - uma das quatro maiores do mercado. Além disso, o Panamericano contava com comitê de auditoria, conselho fiscal e havia passado por um processo de abertura de capital três anos antes da descoberta da fraude. Mais recentemente, ao ter parte do capital vendido à Caixa Econômica Federal em 2009, foi avaliado, ainda, pelo Banco Fator e passou por uma auditoria especial da KPMG.

O Banco Central descobriu as irregularidades fazendo uma “auditoria circular” no sistema financeiro, que consiste em cruzar dados de compra e venda de carteiras de todos os bancos

b) Fraude na Rede Carrefour

Em meados de 2010, a rede varejista Carrefour, auditada pela empresa Deloitte, anunciou que havia descoberto um rombo de R$ 185 milhões na filial brasileira, entretanto, na verdade o prejuízo chegou a ser sete vezes maior: R$ 1,2 bilhão, 0o que não foi identificado pela Deloitte.

A Deloitte, por sua vez, viu novamente sua credibilidade ser abalada, pois no mesmo ano, o Banco Central descobriu um rombo de R$ 2,5 bilhões na contabilidade do Banco Panamericano, que também era seu cliente.

O Carrefour demitiu os principais executivos da filial no Brasil. A decisão foi tomada após a dispensa dos serviços da Consultoria Deloitte, que era responsável pela auditoria dos balanços da rede no Brasil desde 2003, tendo sido substituída pela KPMG. No início do ano de 2010, depois de identificar problemas nos números locais, a matriz do Carrefour, localizada na França, pediu explicações e uma solução para o caso. Como não

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