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GESTAO EMPRESARIAL

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Por:   •  11/10/2013  •  10.978 Palavras (44 Páginas)  •  462 Visualizações

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SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

LEONARDO RODRIGUES DA SILVA

GESTÃO EMPRESARIAL

BRASÍLIA DE MINAS

2013

LEONARDO RODRIGUES DA SILVA

GESTÃO EMPRESARIAL

Trabalho apresentado ao Curso (Ciências contábeis) da UNOPAR - Universidade Norte do Paraná, para a disciplina [adiministração e orcamento empresarial metodos quantitativo direito empresarial e tributario estruturadas demostração contabeis ].

Prof JOENICE DINIZ JOSSAN BATISTUTI ALCIADES . MARCELO VIEGAS

BRASÍLIA DE MINAS

2013

Conceito De Orçamento

1

ORÇAMENTO EMPRESARIAL

Conceitos: O orçamento é o plano financeiro para implementar a estratégia da empresa para

determinado exercício.

1. É mais do que uma simples estimativa, pois deve estar baseado no compromisso dos gestores

em termos de metas a serem alcançadas.

2. Contém as prioridades e a direção da entidade para um período.

3. Proporciona condições de avaliação de desempenho da entidade, suas áreas internas e seus

gestores.

4. Realiza-se no curto prazo, normalmente um ano.

5. Dependendo do tipo de organização, pode ser desenvolvido de várias maneiras quanto à

participação nas definições estruturais:

− top-down, ou seja, de cima para baixo

− bottom-up, ou fluindo de baixo para cima da pirâmide organizacional ou a mistura dessas

duas abordagens.

O Planejamento:

1. O planejamento é a mais básica de todas as funções gerenciais, e a habilidade como esta

função está sendo desempenhada determina o sucesso de todas as operações.

Orçamento Empresarial:

1. Necessidade de Flexibilidade: As condições do empreendimento estão sempre mudando.

Por isso, é necessário que o processo orçamentário seja visto como um guia para ações

futuras em vez de um plano rígido que deve ser seguido, a despeito das mudanças

circunstanciais.

2. Princípios Orçamentários: Correspondem aos princípios clássicos apresentados por Welsch

(1997), que levam em conta a necessidade estrutural e servem de checklist para o adequado

desenvolvimento do orçamento. São eles:

a. Envolvimento administrativo: Este princípio é fundamental. Caso não esteja

presente como ingrediente dos gestores, todo o processo é afetado de maneira

significativamente desfavorável

b. Adaptação organizacional (Quem faz e o que faz): Princípio é fundamental para

que os gestores saibam quem deve ser chamado para discutir o plano e,

posteriormente, ser cobrado.

c. Contabilidade por área de responsabilidade: Unidades de negócios, centros de

lucros, centros de custos e centros de responsabilidades...

Orçamento Geral

O Orçamento Geral do Estado é uma previsão das receitas e despesas anuais doEstado. Engloba o montante e a discriminação das despesas a efetuar, bemcomo a forma de as cobrir. Inclui ainda a autorização concedida à AdministraçãoFinanceira para cobrar receitas e realizar despesas.

Qualquer Orçamento de Estado cumpre três conjuntos de funções: económicas(de racionalidade, já que permite uma melhor gestão dos dinheiros públicos, ede eficácia, pois permite ao Governo conhecer a política económica global doEstado), políticas (garante os direitos fundamentais dos cidadãos, ao impedirque sejam tributados sem autorização dos seus legítimos representantes, e oequilíbrio de poderes, já que, através do mecanismo de autorização política, aAssembleia da República pode controlar o Governo) e jurídicas (através denormas que permitem concretizar as funções de garantia que o Orçamentopretende prosseguir).

Existem cinco regras orçamentais clássicas, embora nem todas sejamatualmente seguidas com frequência:

1. Regra da anualidade: qualquer Orçamento tem um ano de vigência e, comotal, uma execução orçamental anual.

2. Regra da plenitude: um só orçamento e tudo no orçamento. Em cada ano, oEstado deve elaborar apenas um Orçamento (unidade), no qual todas asdespesas devem estar inscritas (universalidade).

3. Regra da discriminação orçamental, que comporta três regras relativas àforma de inscrição orçamental das receitas e despesas: a especificação (deveser especificada cada receita a cada despesa), a não-compensação (osmontantes devem constar no Orçamento de uma forma bruta) e a não-consignação (todas as receitas devem servir para cobrir todas as despesas, nãose podendo afetar quaisquer receitas à cobertura de determinadas despesas).

4. Regra da publicidade: o OGE tem que ter publicação oficial.

5. Regra do equilíbrio orçamental: o OGE deve ser elaborado de forma a que asreceitas previstas cubram na realidade as despesas previstas.

O sentido atual de algumas destas regras orçamentais é, no entanto, diferentedeste conceito clássico. Algumas regras são frequente ou mesmosistematicamente violadas na esmagadora maioria dos países. É o caso dasregras da plenitude (existe uma tendência para a desorçamentação, poismontantes cada vez maiores de dinheiros públicos fogem ao controlo do OGE,devido à existência de serviços públicos com autonomia financeira e, como tal,com orçamentos próprios) e do equilíbrio (uma vez que em quase todos ospaíses se verificam défices orçamentais, que se acentuam em períodos dedificuldade económica, dado que as receitas públicas têm tendência a diminuir eas despesas a aumentar).

Em Portugal, o regime jurídico do Orçamento de Estado é dualista: a Assembleiada República aprova a Lei do Orçamento (com o conteúdo mínimo previsto noarto 108o, n.o 1 da Constituição) e o Governo o Decreto-Lei Orçamental. A Lei6/91 de 20 de fevereiro é o diploma legal atualmente em vigor que enquadra oOrçamento Geral do Estado.

ver definição de os...

Como referenciar este artigo:

Orçamento Geral do Estado (OGE). In Infopédia [Em linha]. Porto: Porto Editora, 2003-2013. [Consult. 2013-10-10].

Disponível na www: <URL: http://www.infopedia.pt/$orcamento-geral-do-estado-(oge)>.

Orçamento flexível

O Orçamento Flexível fornece estimativas sobre qual deve ser o custo sobre qualquer nível de atividade, e permitem uma analise mais completa das variações.

Este surgiu para solucionar o problema do orçamento estático. Em vez de um único número determinado de volume de produção ou vendas, ou volume de atividade setorial, a empresa admite uma faixa de nível de atividades, onde se situarão volumes de produção ou vendas.

A base para elaboração do orçamento flexível é a perfeita separação entre custos fixos e variáveis. Estes estão sujeitos a maior variabilidade.

As variações nas projeções, em relação ao resultado realizado, dificultam a análise da eficiência, seja ela relacionada aos setores, onde os gerentes e empregados não podem ser certamente avaliados e recompensados, ou em relação ao desempenho de toda a empresa.

Wood e Sangster (1996) confirmaram que quando os resultados reais são comparados com os resultados orçados segundo o orçamento empresarial, eles divergem por duas razões:

A- enquanto os volumes reais e orçados da fabricação e vendas podem ser os mesmos, os custos reais e orçados pode haver diferenças;

B- os volumes das unidades reais e orçadas de vendas e fabricação podem variar e os custos serão diferentes porque os volumes são diferentes.

O Orçamento Flexível precisa e necessita de maior participação dos membros da organização. Somente com o crescimento do nível de informação é possível uma aplicação do orçamento flexível com sucesso. Ele oferece as informações necessárias para melhor análise do desempenho de um determinado departamento.

Variações são causadas por diferenças nos planos provocadas por vendas menores ou maiores, ou pelo menos pela expectativa de vendas variáveis. Para Watts (1996), as diferenças entre planejado e desempenho real podem ocorrer por três razões:

A- o volume de atividade pode ser diferente do planejado;

B- o preço das unidades vendidas pode ser diferente do orçado;.

PONTOS POSITIVOS DO ORÇAMENTOPARA A GESTÃO

O orçamento é uma ferramenta muito importante para o sucesso de qualquer organização, em especial as indústrias. Ele tem seu início nos objetivos que a organização almeja alcançar, passando pela análise dos pontos fortes e das limitações deste tipo de empresa, sempre buscando alocar da maneira mais eficiente os recursos para aproveitar as oportunidades identificadas no meio ambiente, trazendo um retorno satisfatório para os recursos empregados pela empresa.

No que diz respeito às fases do orçamento, deverá ser iniciado com pelo menos três meses de antecedência da sua implementação, partindo do inventário das hipóteses e seguida pela escolha das hipóteses que puderem ser validadas, implementação das hipóteses e acompanhamento dos resultados - controle.

Caberá ao administrador financeiro verificar as diferenças entre o orçado e o planejado, com o intuito de implementar as mudanças necessárias, quando o orçado ficar abaixo do real e a manutenção dos resultados, e de manter os resultados, quando estes forem superiores aos orçados.

Os orçamentos dividem-se em: (a) orçamento de vendas, (b) orçamento de produção, (c) orçamento de custos da produção, (d) orçamento de custos administrativos e com vendas, (e) orçamento de outros itens DR – demonstrativo de resultados, (f) orçamento de capital e (g) orçamento de caixa.

Os seus métodos de controle de todos os orçamentos (relatórios, sistemas de informática, check-lists) devem possuir uma linguagem comum, visando facilitar o fluxo dos dados e sua integração, bem como possibilitar o bom entendimento, o acompanhamento e a tomada de decisões por parte dos gestores.

O orçamento requer uma discussão dos objetivos em todos os níveis hierárquicos da organização, o que gera um aumento da integração e do comprometimento por parte dos colaboradores, uma vez que eles envolvem-se diretamente com os resultados planejados. Outro ponto importante seria o detalhamento por meio de metas que prevêem o que deverá ser feito - Como? Quando? E por quem? Ainda, pode ser citada a possibilidade de se identificar problemas com antecedência, o que aumenta a chance de se encontrar soluções apropriadas e eficazes.

Uma das desvantagens do orçamento empresarial é a geração de custos em todas as suas etapas e, por isso, é necessário que a organização tenha clareza dos seus objetivos e envolvimento, desde a alta direção até a área operacional, para a geração de um retorno ainda maior que estes custos.

Ressalte-se que para o orçamento possa ser bem acompanhado, necessário se faz que os dados sejam constantemente atualizados e comentados, exigindo, conseqüentemente, mais esforço dos colaboradores, o que por sua vez pode gerar indiferença para aqueles que não compreendem a sua importância.

Um dos pontos mais importantes do orçamento empresarial é a previsão de vendas, que deve ser iniciada pela análise dos aspectos internos e externos da organização. Internamente deve ser cuidadosamente levantado se a empresa te uma capacidade produtiva que atenda às suas metas de vendas, analisado se a mão-de-obra está qualificada para atingir a produtividade na qualidade pretendida e, por fim, se a estrutura administrativa da organização é adequada ao atendimento da demanda. Já externamente deve se examinar a concorrência, detalhando as suas forças e fraquezas competitivas, o comportamento das políticas econômicas e o seu impacto sobre o consumo e ainda acompanhar atentamente a legislação, para identificar novas oportunidades e promover mudanças amparadas ns aspectos legais.

Posteriormente, adotando-se um enfoque mercadológico, deve-se basear no que diz (pesquisa), no que se faz (lançamento em pequeno mercado como teste) e no que se fez (análise de regressão).

O orçamento tem um desafio importante que é atender eficazmente as vendas e ainda minimizar os custos com matéria-prima, estoques e produtos acabados. Para tanto é necessária à identificação do melhor tipo de produção para determinado bem, pois com produção constante há ganhos de produtividade e diminuição do turnover de funcionários. Em contrapartida, crescem os custos com armazenagem e estocagem; já com a produção ao nível de vendas, caem estes custos, mais tende a se perder produtividade devido ao alto turnover dos funcionários, além da possibilidade maior do atraso nos pedidos. Por fim, a produção por ciclo deverá ser usada quando se fizer necessário um alto investimento para novas máquinas e/ou instalações.

Sendo assim, o controle será a peça fundamental para a retro alimentação do sistema, possibilitando ao administrador financeiro tomar decisões alinhadas ao planejamento estratégico, sendo fundamental para o sucesso destas decisões, o entendimento e o comprometimento de todos os colaboradores.

ISENÇÃO E IMUNIDADE TRIBUTÁRIA

Imunidade tributária é a limitação constitucional do poder de tributar, inserido na Constituição Federal no seu Artigo 150, Inciso VI e respectivas alíneas e parágrafos. Tal dispositivo foi recepcionado pela Lei Nº 3.882 de 11 de dezembro de 1989 (Código Tributário do Município do Natal) em seu Artigo 3º. A citada limitação consiste na vedação à União, aos Estados e Municípios de instituir Impostos sobre:

a. patrimônio, renda ou serviços, uns dos outros;

b. templos de qualquer culto;

c. patrimônio, rendas ou serviços dos partidos políticos, inclusive suas fundações, das entidades sindicais dos trabalhadores, das instituições de educação e de assistência social, sem fins lucrativos, atendidos os requisitos das leis;

d. livros, jornais, periódicos e o papel destinado a sua impressão.

Quando da solicitação do reconhecimento da imunidade tributária, na forma estabelecida pelo Poder Executivo, devem ser comprovados os requisitos condicionadores perante a Fazenda Municipal.

A Secretaria de Tributação orientará quanto à documentação necessária para cada situação específica, quando houver dúvida por parte do requerente.

o Quem são os isentos do IPTU ?

São isentos:

I – O imóvel edificado que tenha destinação residencial unifamiliar e possua área construída de até cinqüenta metros quadrados ( 50m2) com as seguintes e conjuntas condições:

a. ser encravado em terreno de área igual ou inferior a cento e vinte metros quadradas ( 120m2) ;

b. quando resida no imóvel, o proprietário ou titular do domínio útil;

c. não possua o proprietário ou titular do domínio útil ou seu cônjuge, outro imóvel no município.

II – O imóvel edificado pertencente a clubes de mães, associação de moradores ou instituição de assistência ou beneficência que obedeçam conjuntamente às seguintes condições:

a. sua utilização esteja relacionada com a finalidade essencial da entidade;

b. não tenha fins lucrativos ;

c. não possua atividade produtiva geradora de receita idêntica à de empreendimentos privados e que não haja contraprestação ou pagamentos de preços ou tarifas pelo usuário.

III – O imóvel privado quando cedido por comodato ao Município, Estado ou União, para fins exclusivamente educacionais, durante o prazo do comodato.

IV – O imóvel edificado pertencente a agremiação desportiva cujo valor venal seja inferior a R$ 10.140,88 (dez mil, cento e quarenta reais e oitenta e oito centavos*).

As isenções concedidas com base nos incisos II, III e IV são requeridas ao Secretário Municipal de Tributação, durante o exercício civil a que se refere o imposto, sob pena de o contribuinte perder o direito a isenção.

(*) Valor calculado em Janeiro de 2004.

o Como requerer ?

Os requerimentos devem ser protocolados na Secretaria Municipal de Tributação, trazendo em anexo a documentação que comprove as condições em que o contribuinte se enquadra.

Balanço Patrimonial

1. Trechos localizados: ... Imposto de Renda, ao exigir do contribuinte do Lucro Real, além do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, a elaboração da ... Em relação às sociedades por ações, em face da nova estrutura do balanço, a conta "Lucros ou Prejuízos Acumulados" foi substituída pela conta ... lação do Imposto de Renda, ao exigir do contribuinte do Lucro Real, além do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do Exercício, a elaboração ... não prevê entre as demonstrações obrigatórias a DLPA, mencionando apenas o BalançoPatrimonial e a Demonstração do Resultado do Exercício. ... s demais sociedades, não se aplica essa restrição à existência de lucro no balanço patrimonial, sendo possível inferir que o saldo do início do período ...

Publicacao: 17.02.2011

2. 2. [Roteiro] - Controle de inventário periódico

Trechos localizados: ... 000,00, o qual corresponde ao valor do "estoque final" constante do Balanço Patrimonial do exercício anterior, lançado em conta de Ativo, cujo saldo não se ... as, cabendo observar que a sua mensuração afeta diretamente a elaboração do Balanço Patrimonial e da Demontração de Resultado Econômico, devendo abranger, ... em R$ 1.000,00, o qual corresponde ao valor do "estoque final" constante do BalançoPatrimonial do exercício anterior, lançado em conta de Ativo, cujo ... ndo observar que a sua mensuração afeta diretamente a elaboração do Balanço Patrimonial e da Demontração de Resultado Econômico, devendo abranger, como regra ... vo, cujo saldo não se modifica com os lançamentos anteriores. A modificação patrimonial ocorrerá, tão somente, quando do levantamento do estoque físico no ...

Publicacao: 27.03.2009

3. 3. [Lei nº 11.941 de 27.05.2009]

Parcelamento, Remissão, RTT, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, INSS, dentre outros - Conversão da MP 449 de 2008 em Lei

A Medida Provisória nº 449 de 2008, que instituiu parcelamento, remissão de tributos, e altera importantes aspectos da legislação tributária foi convertida na Lei nº 11.941 de 2009 (DOU de 28 de maio de 2009).

Parcelamentos

O parcelamento de débitos (vencidos até 30 de novembro de 2008) trazido pela lei poderá ser feito em até 180 meses. Estão abrangidos nesse parcelamento: a) débitos administrados pela Secretaria da Receita Federal do Brasil (RFB) e os débitos para com a Procuradoria-Geral da Fazenda Nacional (PGFN); b) saldo remanescente dos débitos consolidados no REFIS, no PAES, no PAEX, no parcelamento previsto no art. 38 da Lei nº 8.212 de 1991 (parcelamento previdenciário), e no parcelamento previsto no art. 10 da Lei nº 10.522 de 2002 (parcelamento federal), mesmo que tenham sido excluídos dos respectivos programas e parcelamentos; c) débitos decorrentes do aproveitamento indevido de créditos do IPI oriundos da aquisição de matérias-primas, material de embalagem e produtos intermediários relacionados na TIPI com incidência de alíquota 0 (zero) ou como não-tributados.

Os débitos que não foram objeto de parcelamentos anteriores poderão ser pagos ou parcelados com redução de multas e juros.

Destacamos ainda os seguintes aspectos: a) possibilidade de liquidação de multa, de mora ou de ofício, e a juros moratórios, inclusive as relativas a débitos inscritos em dívida ativa, com a utilização de prejuízo fiscal e de base de cálculo ( ... )

Trechos localizados: ... § 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao ... Artigo 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em ... ido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliaçãopatrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. ... Artigo 248. No balanço patrimonialda companhia, os investimentos em coligadas ou em ... os juros devem ser calculados os valores relativos a ajustes de avaliação patrimonial a que se refere o § 3º ...

4. 4. [Medida Provisória nº 449 de 03.12.2008]

Parcelamento, remissão, IRPJ, CSLL, PIS, COFINS, IPI, INSS, dentre outros - MP 449 de 2008 - Retificação

A MP nº 449 de 2008 foi retificada no DOU de 12 de dezembro de 2008 para corrigir incorreções em sua publicação original, destacando-se as referentes às alterações na Lei das S/A (6404/76). Referida MP altera diversos pontos importantes da legislação tributária federal.

Parcelamentos

Foi instituído parcelamento com redução de juros e multas para pagamento de dívidas de até R$ 10.000,00, vencidas até 31.12.2005. As multas isoladas e as multas decorrentes de descumprimento de obrigações tributárias acessórias e de infrações à legislação penal e eleitoral, não fazem jus a esses benefícios. Quanto aos parcelamentos instituídos, a MP nº 449 tratou ainda sobre pagamento ou parcelamento de dívidas decorrentes de aproveitamento indevido de créditos de IPI e dos Programas REFIS e PAES.

Remissão

Foram remitidos os débitos com a Fazenda Nacional, inclusive aqueles com exigibilidade suspensa que, em 31 de dezembro de 2007, estejam vencidos há cinco anos ou mais e cujo valor total consolidado, nessa mesma data, seja igual ou inferior a R$ 10.000,00 (dez mil reais).

Regime Tributário de Transição (IRPJ, CSLL, PIS e COFINS)

Foi instituído o Regime Tributário de Transição - RTT, que trata dos ajustes tributários decorrentes dos novos métodos e critérios contábeis introduzidos pela Lei nº 11.638 de 2007, e pelos arts. 36 e 37 da própria Medida Provisória nº 449 de 2008 (que alteram a Lei das S/A no que se refere à ( ... )

Trechos localizados: ... § 3º Serão classificadas como ajustes de avaliação patrimonial, enquanto não computadas no resultado do exercício em obediência ao ... Artigo 248. No balanço patrimonial da companhia, os investimentos em coligadas ou em controladas e em ... ido, dividido em capital social, reservas de capital, ajustes de avaliaçãopatrimonial, reservas de lucros, ações em tesouraria e prejuízos acumulados. ... Artigo 248. No balanço patrimonialda companhia, os investimentos em coligadas ou em ... os juros devem ser calculados os valores relativos a ajustes de avaliação patrimonial a que se refere o § 3º ...

5. 5. [Roteiro] - Sociedade em Conta de Participação - Aspectos fiscais, contábeis e societários

Trechos localizados: ... Avaliação pelo valor de patrimônio líquido (Equivalência Patrimonial) IV.2 ... O resultado da equivalência patrimonial não deverá influenciar na apuração do IRPJ e CSLL, devendo ser excluído ... IV.1 - Avaliação pelo valor de patrimônio líquido (Equivalência Patrimonial) Devem ser avaliados pela ... ial deverá ser efetuada por ocasião da aquisição do investimento e em cada balanço de encerramento do período-base de apuração do lucro real ou quando da ... Saliente-se que não é admitida a avaliação pela equivalência patrimonial de investimentos que não se enquadrem nessas condições. Portanto, os ...

Publicacao: 23.09.2011

6. 6. [Resolução CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC nº 1.049 de 07.10.2005]

CFC - Balanço Patrimonial - NBC T 3 - Alterações

Foram alteradas as disposições da NBC T 3 - Conceito, Conteúdo, Estrutura e Nomenclatura das Demonstrações Contábeis, aprovada pela Resolução CFC nº 686/90 e alterada pela Resolução CFC nº 847/99. As alterações referem-se ao item que trata do Balanço Patrimonial.

Trechos localizados: ... Resolução CFC nº 847/99: I - Ao item 3.2 - Do Balanço Patrimonial: "3.2.1 - Conceito. ... ceito. 3.2.1.1 - O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, ... idenciar, qualitativa e quantitativamente, numa determinada data, a posição patrimonial e financeira da Entidade. ... Resolução CFC nº 847/99: I - Ao item 3.2 - Do Balanço Patrimonial: "3.2.1 - Conceito. ... 3.2.1.1 - O Balanço Patrimonial é a demonstração contábil destinada a evidenciar, qualitativa e ...

7. 7. [Resolução CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC nº 1.120 de 22.02.2008]

CFC - NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis - Aprovação

Foi aprovada a NBC T 7 - Efeitos das Mudanças nas Taxas de Câmbio e Conversão de Demonstrações Contábeis. A Resolução CFC nº 1.052, de 7 de outubro de 2005, que tratava sobre Conversão da Moeda Estrangeira nas Demonstrações Contábeis, foi revogada.

O objetivo da NBCT 7 é determinar como incluir transações em moeda estrangeira e operações no exterior nas demonstrações contábeis de uma entidade no Brasil e como converter as demonstrações contábeis de entidade no exterior para a moeda de apresentação das demonstrações contábeis no Brasil para fins de registro da equivalência patrimonial, de consolidação integral ou proporcional das demonstrações contábeis; e também como converter as demonstrações contábeis de entidade no Brasil em outra moeda.

Tal Norma deve ser adotada: (a) na contabilização de transações e saldos em moedas estrangeiras; (b) na conversão dos resultados e dos balanços patrimoniais das entidades no exterior para fins de consolidação, consolidação proporcional e aplicação do método da equivalência patrimonial na entidade investidora; e (c) na conversão do resultado de uma entidade e de seu balanço patrimonial de uma para outra moeda na apresentação das demonstrações contábeis.

Trechos localizados: ... das demonstrações contábeis no Brasil para fins de registro da equivalência patrimonial, de consolidação integral ou proporcional das demonstrações contábeis; ... de investidora; e (c)na conversão do resultado de uma entidade e de seu balanço patrimonial de uma para outra moeda na apresentação das demonstrações ... ixo descritos: Taxa de fechamento é a taxa de câmbio vigente na data do balanço para operações a vista. Variação cambial é a diferença resultante ... monstrações contábeis seja diferente da moeda funcional, os resultados e o balançopatrimonial nessa moeda funcional também são convertidos para a moeda de ... na conta relativa ao valor a receber utilizada e na conta de equivalência patrimonial, não podendo ser reconhecidas no resultado ou diretamente no patrimônio ...

8. 8. [Resolução CONSELHO FEDERAL DE CONTABILIDADE - CFC nº 1.297 de 17.09.2010]

CFC - NBC T 17 - Divulgação sobre Partes Relacionadas - Aprovação

Foi aprovada a NBC T 17 - Divulgação sobre Partes Relacionadas que tem por base o Pronunciamento Técnico CPC 05 (R1) (IAS 24 do IASB). Referida Resolução entra em vigor na data de sua publicação, aplicando-se aos exercícios encerrados a partir de dezembro de 2010, quando será revogada a Resolução CFC nº 1.145/08, que ora trata desse assunto.

O objetivo dessa Norma é assegurar que as demonstrações contábeis da entidade contenham as divulgações necessárias para chamar a atenção dos usuários para a possibilidade de o balanço patrimonial e a demonstração do resultado da entidade estarem afetados pela existência de partes relacionadas e por transações e saldos, incluindo compromissos, com referidas partes relacionadas.

Trechos localizados: ... das Demonstrações Contábeis, para informações a serem prestadas no balanço patrimonialou nas notas explicativas que o acompanham. As categorias de partes ... entação das Demonstrações Contábeis, para informações a serem prestadas no balanço patrimonial ou nas notas explicativas que o acompanham. As categorias de ... eriam entre partes não relacionadas. 7. A demonstração do resultado e o balanço patrimonial da entidade podem ser afetados por um relacionamento com ... es necessárias para chamar a atenção dos usuários para a possibilidade de obalanço patrimonial e a demonstração do resultado da entidade estarem afetados ... o com partes relacionadas pode ter efeito na demonstração do resultado e no balanço patrimonial da entidade. As partes relacionadas podem levar a efeito ...

DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO (DRE)

O artigo 187 da Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976 (Lei das Sociedades por Ações), instituiu a Demonstração do Resultado do Exercício.

A Demonstração do Resultado do Exercício tem como objetivo principal apresentar de forma vertical resumida o resultado apurado em relação ao conjunto de operações realizadas num determinado período, normalmente, de doze meses.

De acordo com a legislação mencionada, as empresas deverão na Demonstração do Resultado do Exercício discriminar:

- a receita bruta das vendas e serviços, as deduções das vendas, os abatimentos e os impostos;

- a receita líquida das vendas e serviços, o custo das mercadorias e serviços vendidos e o lucro bruto;

- as despesas com as vendas, as despesas financeiras, deduzidas das receitas, as despesas gerais e administrativas, e outras despesas operacionais;

- o lucro ou prejuízo operacional, as outras receitas e as outras despesas;

- o resultado do exercício antes do Imposto sobre a Renda e a provisão para o imposto;

- as participações de debêntures, empregados, administradores e partes beneficiárias, mesmo na forma de instrumentos financeiros, e de instituições ou fundos de assistência ou previdência de empregados, que não se caracterizem como despesa;

- o lucro ou prejuízo líquido do exercício e o seu montante por ação do capital social.

Na determinação da apuração do resultado do exercício serão computados em obediência ao princípio da competência:

a) as receitas e os rendimentos ganhos no período, independentemente de sua realização em moeda; e

b) os custos, despesas, encargos e perdas, pagos ou incorridos, correspondentes a essas receitas e rendimentos.

MODELO DA DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO

RECEITA OPERACIONAL BRUTA

Vendas de Produtos

Vendas de Mercadorias

Prestação de Serviços

(-) DEDUÇÕES DA RECEITA BRUTA

Devoluções de Vendas

Abatimentos

Impostos e Contribuições Incidentes sobre Vendas

= RECEITA OPERACIONAL LÍQUIDA

(-) CUSTOS DAS VENDAS

Custo dos Produtos Vendidos

Custo das Mercadorias

Custo dos Serviços Prestados

= RESULTADO OPERACIONAL BRUTO

(-) DESPESAS OPERACIONAIS

Despesas Com Vendas

Despesas Administrativas

(-) DESPESAS FINANCEIRAS LÍQUIDAS

Despesas Financeiras

(-) Receitas Financeiras

Variações Monetárias e Cambiais Passivas

(-) Variações Monetárias e Cambiais Ativas

OUTRAS RECEITAS E DESPESAS

Resultado da Equivalência Patrimonial

Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

(-) Custo da Venda de Bens e Direitos do Ativo Não Circulante

= RESULTADO OPERACIONAL ANTES DO IMPOSTO DE RENDA E DA CONTRIBUIÇÃO SOCIAL E SOBRE O LUCRO

(-) Provisão para Imposto de Renda e Contribuição Social Sobre o Lucro

= LUCRO LÍQUIDO ANTES DAS PARTICIPAÇÕES

(-) Debêntures, Empregados, Participações de Administradores, Partes Beneficiárias, Fundos de Assistência e Previdência para Empregados

(=) RESULTADO LÍQUIDO DO EXERCÍCIO

OUTROS DETALHAMENTOS

Para maiores detalhamentos, acesse o tópico DEMONSTRAÇÃO DO RESULTADO DO EXERCÍCIO, no Guia Contábil On Line.

DEMONSTRAÇÃO DOS FLUXOS DE CAIXA

“Demonstração do Fluxo de Caixa: conceitos, principais componentes, formas de apresentação, critérios e métodos de elaboração e interligação com o conjunto das demonstrações contábeis obrigatórias”

No concurso do Ceará, o fluxo de caixa aparece no item 10 do programa:

“Análise da Gestão de Caixa: Índices e Prazos Médios, Análise do Capital de Giro e Fluxo de Caixa”

Nossa aula será dividida em duas partes. Hoje veremos os conceitos iniciais sobre a Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), bem como o primeiro método de sua elaboração (método direto). Na aula que vem, falarei sobre o segundo método de elaboração da DFC (método indireto ou da reconciliação) e veremos alguns exercícios cobrados em concursos anteriores. Vamos à aula!

Demonstração de Fluxo de Caixa (1.ª parte)

O fluxo de caixa é evidenciado através da Demonstração de Fluxo de Caixa (DFC), uma demonstração

de grande importância na análise da empresa, porque evidencia as modificações ocorridas nas disponibilidades da entidade (Caixa e Bancos Conta Movimento, principalmente).

Note que, apesar do nome, a DFC não evidencia apenas as mudanças na conta Caixa, mas em todas as contas de disponibilidades.

Um conceito importante é o de equivalente­caixa, que corresponde às Aplicações de Liquidez

Imediata, conta integrante do disponível da empresa, e que representa as aplicações que podem ser

resgatadas imediatamente, apresentando, portanto, baixo risco de alteração de seu valor.

A DFC não é uma demonstração obrigatória pela Lei 6.404/76. Entretanto há proposta, no Congresso

Nacional, para introdução de modificações na Lei das S.A., transformando a DFC em peça obrigatória para as companhias. Entretanto, até o momento, esta demonstração permanece como peça facultativa.

Sabemos que a Contabilidade calcula o resultado do exercício segundo o regime de competência

(resultado econômico). Assim, na Demonstração do Resultado do Exercício (DRE), as receitas e despesas apresentadas lá figuram porque seus fatos geradores ocorreram, independentemente de ter

havido pagamento ou recebimento, isto é, saída ou entrada de numerário no Caixa (Caixa em sentido

amplo, significando Caixa ou Bancos Conta Movimento).

O resultado apurado pelo regime de caixa (resultado financeiro) pode ser diferente do resultado

econômico. O fluxo de caixa não é necessariamente coincidente com o fluxo econômico, sendo

normalmente diferente. Por exemplo, a empresa pode apurar lucro econômico (apresentado na DRE), e prejuízo financeiro (evidenciado na DFC). Vejamos o caso abaixo:DRE da Companhia ALFA em 31/12/2005:

Vendas à vista 20.000

Vendas a prazo 50.000

(­) CMV (40.000)

(=) Lucro Bruto 30.000

(­) Depreciação (2.000)

(­) Amortização (2.000)

(­) Outras Despesas Operacionais (6.000)

(=) Lucro Operacional 20.000

(­) Imposto de Renda (25%) (5.000)

(=) Lucro Líquido 15.000

Observações: 1) Não havia estoque inicial e todas as mercadorias adquiridas no período foram vendidas. 2) Metade das compras só serão pagas em 31/01/2006. 3) O IR será recolhido até 31/03/2006.

Observamos que houve lucro econômico de 15.000, mas quanto desse valor entrou efetivamente em Caixa? Será que o fluxo de caixa (financeiro) acompanhou o fluxo econômico? Note que apenas 20.000 de vendas foram recebidos (vendas à vista). Além disso, existem despesas que, embora

incorridas, não geraram diminuição do Caixa (depreciação e amortização). O exemplo informa, ainda, que apenas metade das compras foram pagas, e que o imposto de renda só será recolhido em fins de março de 2006. Pelo regime de caixa, teríamos:

Vendas recebidas 20.000

(­) Compras pagas (20.000)

(­) Despesas Pagas (6.000)

(=) Prejuízo Financeiro (6.000)

Como os estoques inicial e final eram iguais a zero (observação 1), concluímos que o valor do CMV corresponde ao valor das compras no período (CMV = EI + C – EF).

Veja que, embora tenha havido, em 2005, resultado econômico positivo de 15.000, o resultado

financeiro da empresa foi de 6.000 negativo. Este resultado financeiro é evidenciado na Demonstração

de Fluxo de Caixa, daí a grande importância desta demonstração na análise da situação financeira de uma empresa.

A DFC representa, assim, as entradas e saídas de dinheiro em Caixa (sentido amplo), especificando a

razão destes fluxos de numerário. Doutrinariamente, costuma­se classificar os fluxos de caixa em 3

grupos:

­ Fluxos das Operações

­ Fluxos dos Financiamentos

­ Fluxos dos InvestimentosOs fluxos das operações são os decorrentes das atividades operacionais da empresa, ou seja, decorrentes da exploração do objeto social da empresa, como os recebimentos de vendas de

mercadorias ou de prestações de serviços, o pagamento de fornecedores, de salários, de impostos decorrentes das vendas e de outras despesas operacionais.

Os fluxos dos financiamentos são referentes aos empréstimos e financiamentos captados pela empresa,

incluindo o recebimento dos empréstimos e o desembolso feito nas amortizações de tais dívidas. Neste grupo, incluem­se, também, os recursos recebidos dos sócios (integralizações de capital em dinheiro) e os dividendos pagos aos acionistas.

Os fluxos dos investimentos estão ligados aos desembolsos referentes às aquisições de ativos

imobilizados, que são utilizados na produção de bens e serviços, de investimentos em outras sociedades, bem como os recebimentos na alienação desses ativos. Incluem, ainda, os desembolsos

relativos à concessão de empréstimos a terceiros e os recebimentos na amortização desses empréstimos.

Quanto aos métodos de elaboração da DFC, existem dois métodos, como foi dito acima:

­ Método Direto

­ Método Indireto ou da Reconciliação

As diferenças entre os dois métodos referem­se apenas à forma de evidenciação dos fluxos das atividades operacionais. Os fluxos das atividades de financiamento e das atividades de investimento

são demonstrados de igual maneira nos dois métodos. Método Direto

No modelo direto, os fluxos operacionais são evidenciados pela análise direta das entradas e saídas de dinheiro em Caixa e Bancos. São evidenciados, portanto, todos os pagamentos e recebimentos feitos no período.

A DFC é elaborada a partir da análise do Balanço Patrimonial e da Demonstração do Resultado do

Exercício. Vejamos um exemplo:

DRE da Companhia BETA em 31/12/2005:

Vendas 3.000

(­) CMV (1.600)

(=) Lucro Bruto 1.400

(­) Despesas Operacionais (900)

(=) Lucro Operacional 500

(­) Provisão para IR (200)

(=) Lucro Líquido 300Balanço Patrimonial da Companhia BETA em 31/12/2005:

ATIVO PASSIVO

2004 2005 2004 2005

Ativo Circulante Passivo Circulante Caixa 150 100 Fornecedores 300 600

Clientes 600 900 Empréstimos 400 600

Estoques 550 700 Provisão para IR 200 400

ARLP PELP Títulos a Receber 100 100 Financiamentos 500 100

Ativo Permanente Patrimônio Líquido

Investimentos 400 600 Capital Social 1.000 1.000

Imobilizado 600 600 Lucros Acumulados 100 400

Diferido 100 100

Total 2.500 3.100 Total 2.500 3.100

Observe que o lucro econômico da Companhia BETA foi de 300, mas as disponibilidades sofreram uma redução de 50 (conta Caixa em destaque no Balanço). A DFC mostrará a razão disso.

Inicialmente, devemos calcular o montante de vendas que foi recebido e o valor das compras que foi efetivamente pago. Iniciemos com as vendas.

Um bom artifício é considerar que todas as vendas foram feitas a prazo, transitando inicialmente, portanto, pela conta Clientes. Pela análise da variação da conta Clientes, calculamos o valor das vendas efetivamente recebidas:

Clientes

Saldo Inicial fl 600 X ‡ Recebimento de Vendas Vendas fl 3.000

Saldo Final fl 900

600 + 3.000 – X = 900 ‡ X = 2.700 (vendas efetivamente recebidas)

Para achar o valor pago pelas compras, devemos primeiramente calcular o valor total das compras do

período. Para isso, utilizamos a fórmula do CMV:

CMV = EI + C – EF 1.600 = 550 + C – 700

C = 1.750Resta saber que parcela destas compras (1.750) foi efetivamente paga. Utilizaremos o mesmo

procedimento utilizado para as vendas, isto é, considerar que todas as compras foram feitas a prazo. Analisemos a variação da conta Fornecedores:

Fornecedores

Pagto. de Compras fl Y 300 ‡ Saldo Inicial

1.750 ‡ Compras

600 ‡ Saldo Final

300 + 1.750 – Y = 600 ‡ Y = 1.450 (compras efetivamente pagas)

Analisemos agora as despesas operacionais constantes da DRE. Terão sido elas realmente pagas ou

apenas incorridas? Observando o Passivo Circulante da Companhia BETA, não notamos o surgimento

de novas contas de Despesas a Pagar. Isso significa que todas as despesas operacionais foram efetivamente pagas. Caso houvesse alguma conta de obrigação decorrente de despesas não pagas, seu

saldo seria subtraído do valor total das despesas incorridas, evidenciando o valor efetivamente pago.

Note também que a Provisão para o IR ainda não foi paga, figurando como obrigação no Balanço

Patrimonial (aumento de 200 no saldo da conta). Assim, este valor não aparecerá na DFC.

Observando a conta Empréstimos, percebemos também o aumento de 200 em seu saldo, o que

representa nova entrada de dinheiro nas disponibilidades.

Verifiquemos agora os grupos não circulantes. Nota­se que houve redução de 400 no saldo da conta Financiamentos evidenciando a amortização desta obrigação com conseqüente redução das disponibilidades.

No Ativo Permanente, percebemos, ainda, o aumento de 200 dos Investimentos, indicando aquisição

de novas participações, o que evidencia desembolso de Caixa.

Em relação à variação da conta Lucros Acumulados (aumento de 300), trata­se do ingresso do Lucro

Líquido do exercício. Os efeitos do lucro líquido nas disponibilidades já foram analisados por meio

dos raciocínios acima.

Estamos agora em condições de elaborar a DFC pelo método direto. Eis como seria apresentada a demonstração:DFC da Companhia BETA em 31/12/2005:

Saldo Inicial das Disponibilidades: 150

Fluxos das Operações:

(+) Recebimento de Vendas 2.700

(­) Pagamento de Compras (1.450)

(­) Pagamento de Despesas Operacionais (900)

(=) Caixa Gerado pelas Operações 350

Fluxos dos Financiamentos:

(+) Empréstimos Bancários 200

(­) Amortização de Financiamentos (400)

(=) Caixa Gerado pelos Financiamentos (200)

Fluxos dos Investimentos:

(­) Aquisição de novos Investimentos (200)

(=) Caixa Gerado pelos Investimentos (200)

Variação Total das Disponibilidades: (50) ‡ prejuízo financeiro de 50

Saldo Final das Disponibilidades: 100

O prejuízo financeiro de 50 foi decorrente da soma algébrica dos valores de Caixa gerados pelos fluxos das operações, dos financiamentos e dos investimentos (350 – 200 – 200).

Vimos, portanto, que, embora tenha apurado lucro líquido no exercício, a Companhia BETA amargou

um fluxo de caixa negativo, isto é, uma redução em suas disponiblidades, principalmente em função da amortização dos financiamentos (400) e da aquisição de novos investimentos (200). Assim, a DFC

explica a razão da diferença entre o resultado econômico e o resultado financeiro da empresa, sendo

demonstrativo importantíssimo na análise da situação financeira da entidade.

Bom, pessoal, por hoje é só. Espero que tenham gostado da aula. Em nosso próximo encontro, abordaremos o método indireto de elaboração da DFC, e veremos alguns exercícios de concursos anteriores.

Um grande abraço!

A COMPARAÇÃO DO ORÇADO COM O REALIZADO COM A UTILIZAÇÃO DOS METODOS QUANTITATIVOS.

ABSTRACT Considering the great number of decisions made under uncertainty and the accounting role

to provide information to decision process, these paper discuses the use of quantitative

methods to improve the accounting information. RESUMO Considerando que a maioria das decisões são tomadas em condições de incerteza, o papel

da contabilidade é oferecer aos usuários do sistemas contábil um estoque de informações adequadas ao processo decisório estratégico das organizações. A utilização de modelos contábeis baseados em métodos quantitativos tem se tornado cada

vez mais freqüente decorrente do rápido desenvolvimento da tecnologia da informação e da

utilização corriqueira dos microcomputadores, essa prática proporciona aos contadores oferecer aos usuários da contabilidade informações mais úteis e adequadas.

INTRODUÇÃO A utilização de modelos contábeis baseados em métodos quantitativos tem se tornado cada

vez mais freqüente decorrente do rápido desenvolvimento da tecnologia da informação e da

utilização corriqueira dos microcomputadores, dessa forma, os contadores têm se envolvido

cada vez mais com o uso da ferramentas quantitativas O uso do instrumental matemático e estatístico tem tornado possível a resolução de grande

variedade de problemas, levando a contabilidade mais próximo da objetividade eliminando, ou diminuindo, possíveis desvios de interpretação de eventos econômicos que

necessitariam julgamentos subjetivos para serem reportados pela contabilidade. Assim, o conhecimento e a utilização dos instrumental estatístico e matemático pelos contadores não poderá deixar de ser item importante no currículo dos contadores do

próximo milênio. Fazendo uma rápida reflexão sobre a visão e o papel da contabilidade no momento atual, pode­se definir a contabilidade como um sistema de informação e mensuração de eventos que afetam a tomada de decisão. É comumente analisada como uma série de atividades

ligadas através de um conjunto progressivo de passos, começando pela observação, a

classificação, o registro, a análise e finalmente a informação ao usuário. A informação contábil tem um significado especial quando os dados são organizados para

um propósito específico que é, primordialmente, o processo de tomada de decisão.

1 Mestre em Contabilidade e Controladoria pela Universidade de São Paulo USP. Coordenadora do Curso de Ciências Contábeis da UNIFOR. 2 Doutor em Administração pela Fundação Getúlio Vargas ­ FGV. Coordenador do Núcleo de Pesquisas do

Centro de Ciências Administrativas da UNIFOR.2

É tarefa dos contadores transformar dados em informações, pois, os dados são

simplesmente um conjunto de fatos expressos sob a forma de símbolos ou caracteres,

incapazes de influenciar decisões até serem transformados em informações. A contabilidade vista como um sistema de informação para apoio à decisão é efetivamente, a base conceitual dessa tendência de utilização de modelos quantitativos para otimização da

informação oferecida.

O termo modelos quantitativos é muito utilizado nas ciências gerenciais, e descreve

técnicas estatísticas e matemáticas que são usadas para solução de problemas, existindo

numerosas ferramentas disponíveis sobre este assunto. Serão explorados, ao longo deste

estudo, algumas delas consideradas importantes para o processo decisorial. Inicialmente

será abordado o problema de investimento de capital e em seguida a utilização de modelos quantitativo para determinação do valor da empresa.

O PROCESSO DE TOMADA DE DECISÃO O objetivo principal das empresas é atingir a eficácia, assim, o processo de gestão

empresarial tem êxito ao atingir metas definidas no planejamento. Considerando que uma empresa é um investimento de recursos escassos e que todo

investimento visa adicionar valor aos recursos consumidos inicialmente, conclui­se que um

processo gerencial é excelente na medida em que as decisões tomadas conduzem a

minimização do custo e a maximização das receitas. Gerir, segundo grande parte dos autores, é praticamente tomar decisão, assim, o gestor é o

tomador de decisão. Segundo Guerreiro (1989) Os programas que regem a conduta do tomador de decisão são

em muitos casos altamente complexos, variáveis, instáveis, indefinidos e sujeitos das circunstâncias do contexto. Daí a necessidade de bases objetivas que apoiem estes processos, embora não afirmando

que a utilização de medidas quantitativas elimine a necessidade da interferência subjetiva

do tomador de decisão, sendo portanto, apenas ferramentas para guiá­lo. Uma decisão pode ser tomada sob condições de certeza e de incerteza, uma decisão é

tomada sob condições de certeza quando existe apenas um curso de ação para determinado

evento, assim, só existe um caminho a ser tomado não existindo, nesses caso, nenhuma

escolha a ser feita.

TOMADA DE DECISÃO SOB CONDIÇÕES DE INCERTEZA Diz­se que uma decisão é tomada sob condição de incerteza quando não são conhecidos antecipadamente os resultados que serão obtidos com os cursos de ação escolhidos. A decisão tomada sob condições de incerteza, muito mais comum nos processos gerenciais, envolve diversos cursos de ação para cada evento apresentado, assim como diversos níveis de probabilidade de ocorrência de determinado evento para cada curso de ação escolhido. Dentro deste contexto, é necessário que o tomador de decisão opte por aquele que ofereça maior fluxo de benefícios econômicos para a empresa. A ação resulta de uma decisão proveniente do processo de seleção da melhor alternativa

para atingir os objetivos estabelecidos. Para objetividade do critério de seleção entre as alternativas disponíveis, considerando que seus resultados só serão conhecidos em um3

tempo futuro, é necessário que sejam oferecidas informações que proporcionem uma

antevisão dos resultados alcançados decorrentes da escolha das diversas alternativas, daí a

utilidade dos modelos quantitativos para minimização do risco da decisão. Quando a decisão é tomada sob condições de incerteza é ideal que sejam utilizadas

ferramentas visando auxiliar na prospeção dos resultados alcançados com os diversos cursos de ação prováveis assim, a utilização de modelos quantitativos como o valor esperado, o desvio padrão, e o coeficiente de variação é de grande utilidade. DECISÕES DE INVESTIMENTO DE CAPITAL Provavelmente, o fator que mais afeta a lucratividade de um negócio é a qualidade das decisões gerenciais que envolvem o comprometimento dos recursos da empresa em novos

investimentos. As principais razões que tornam estas decisões tão estrategicamente importantes podem ser

citadas a seguir: • envolvem comprometimento de grandes somas de dinheiro; • esse comprometimento é feito por um período de tempo bastante longo tornando o

elemento incerteza muito maior; • essas decisões, uma vez tomadas, são impossíveis de serem revertidas sem grandes prejuízos, quando provado terem sido tomadas erroneamente; • muitas vezes o sucesso da empresa depende de decisões como essas e em todos os casos a lucratividade futura é afetada diretamente por essas decisões; • a política de investimento de longo prazo das empresas compromete também a

economia nacional pois servem de base para planejamentos macroeconômicos. Um investimento de capital pode ser definido como um investimento que oferece retorno

durante muitos períodos futuros e se diferencia dos outros tipos de investimentos cujo

retorno pertence a um único período ou ao período corrente, geralmente dizem respeito aos seguintes assuntos. • aquisição de ativos de longa duração, como imóveis ou máquinas; • investimentos em outros fundos dos quais as receitas são derivadas; • um projeto especial, que afeta a capacidade futura de ganho da empresa como projetos de pesquisa ou campanhas publicitárias; • ampliação do leque de atividade da empresa, que envolva saídas de capital, como nova

linha de produção ou mesmo um novo produto; • desenvolvimento de projetos de capacitação de pessoal de alto nível para as empresas prestadoras de serviço como universidades, empresas de pesquisa, consultorias, alta

tecnologia de gestão etc. Estas decisões envolvem dois aspectos importantes ligados à lucratividade de longo prazo:

a estimativa do aumento dos fluxos de caixa líquidos ou das economias nas saídas de caixa

que resultarão desse investimento e o cálculo do total das saídas de caixa necessárias para

efetivar o investimento. É importante notar, nesta análise, que muito dos fatores importantes são incertos, assim, o

primeiro problema é reduzir a incerteza antes de tomar a decisão e assegurar que os fatores conhecidos sejam corretamente determinados e quantificados. Tanto os primeiros quanto os4

segundos são estimados em termos de caixa. Assim os métodos de estimativa de

investimento de capital centram­se nos fluxos de caixa.

APLICAÇÃO DO VALOR ESPERADO E DESVIO PADRÃO Em decisões que envolvem incerteza, como aquelas de investimento de capital no longo

prazo, o conceito de valor esperado oferece um rumo para selecionar o melhor curso de

ação, isto é aquele que nos oferece maior retorno. O valor esperado de uma alternativa é

uma média aritmética ponderada das probabilidades de ocorrência das saídas de caixa e

seus pesos. Mais especificamente, é encontrado pela multiplicação da probabilidade de

ocorrência por seu respectivo fluxo de saídas de caixa.

A = S Ax Px Onde Ax é a saída provável para determinado evento e Px é a possibilidade de ocorrência

desta saída.

EXEMPLO 1 Suponha que uma empresa de contabilidade, a F&M Contadores Associados, necessite

investir pesado em tecnologia da informação e para isso precise ampliar seu setor de

informática atendendo assim uma demanda crescente por serviços contábeis gerenciais mais sofisticados para clientes mais exigentes. A F&M Contadores Associados procura dois fornecedores que oferecem duas propostas, o

contador precisa decidir qual das duas propostas é a mais adequada para o momento, isto é , qual a melhor decisão a ser tomada considerando o retorno e o risco de cada uma das alternativas e a geração de fluxo de caixa esperado proveniente dos desembolsos a serem

efetuados. Considerando as duas propostas de investimento para ampliação da planta operacional da F&M Contadores Associados. A primeira proposta, oferecida pela ET Tecnologia Ltda., tem investimento inicial de

R$500.000,00; com a utilização deste investimento a empresa prevê a probabilidade de

geração de fluxo de caixa, nos próximos três anos, de acordo com a tabela abaixo.

Ano 1 Ano 2 Ano 3

Probabilidade Fluxo de Caixa

Probabilidade Fluxo de Caixa

Probabilidade Fluxo de Caixa 0,2 50 0,1 80 0,2 150

0,3 200 0,4 220 0,4 300

0,4 300 0,3 380 0,2 450

0,1 400 0,2 560 0,2 700

Valor esperado 230 322 380

Desvio padrão 107,7033 149,5192 186,0108

Investimento = R$ 500.000

Valor Presente Líquido VPL = R$ 135,19

Risco Total = 163,9624

Relação risco/retorno = R$ 1,215

Para a segunda proposta oferecida pela Fortes Informática, prevê­se um investimento

inicial de R$300.000,00 com a seguinte probabilidade de distribuição de fluxos de caixa ao

longo dos primeiros três anos:

Ano 1 Ano 2 Ano 3

Probabilidade Fluxo de Caixa Probabilidade Fluxo de Caixa Probabilidade Fluxo de Caixa 0,2 100 0,1 150 0,2 150

0,3 150 0,3 200 0,4 300

0,3 250 0,4 250 0,2 450

0,2 850 0,2 300 0,2 700

Valor esperado 310 235 380

Desvio padrão 286,8798 97,94897 119,1638

Investimento = R$ 300.000

Valor Presente Líquido VPL = R$ 278

Risco Total = 441,4308

Relação risco/retorno = R$ 1,59

Desvio Padrão O desvio padrão (ø) mede a dispersão de uma distribuição de probabilidade. É dado pela

Desvio padrão = VS ( x i – x ) 2 P(x i)

O desvio padrão é normalmente usado como uma medida absoluta de risco . Quanto maior

for o desvio padrão maior será o risco daquele curso de ação.

TEORIA DA DECISÃO Embora ferramentas estatísticas como o valor esperado e o desvio padrão sejam essenciais para escolha do melhor curso de ação sob incerteza, tais situações podem também ser

abordadas utilizando a teoria da decisão. Trata­se de uma abordagem sistemática para

tomada de decisão voltada particularmente para condições de incerteza. utiliza ­ se das denominadas matrizes de decisão, que se caracterizam por:

1. Uma linha representando o conjunto de alternativas ou cursos de ação disponíveis no

mercado de decisão. 2. A coluna representando os estados a natureza ou as condições que podem ocorrer e sob

as quais o tomador de decisão não tem nenhum controle;

3. As entradas ao longo do processo representam os resultados da decisão, conhecidos como payoffs, que podem ser em forma de custos, receitas, lucros ou fluxos de caixa. Pela computação do valor esperado de cada ação, é possível escolher a melhor alternativa.

EXEMPLO Suponha agora que F&M Contadores Associados, possua como cliente uma empresa de

comercialização de frutas frescas nas feiras livres. Um dos problemas enfrentados por seu

cliente é decidir sobre a quantidade de frutas que precisam ser compradas e estocadas para6

que não haja desperdício, considerado que as frutas são perecíveis, mas também para que

seja possível atender a demanda dos seus consumidores. O Contador gerencial da F&M Contadores Associados utilizou a matriz de decisão para

auxiliá­lo na resolução do problema.

Considerando um estudo histórico do comportamento das vendas do cliente, foi possível

assumir a seguinte probabilidade de distribuição para a demanda diária de caixas de

morangos:

Demanda Diária 0 1 2 3

Probabilidade .2 .3 .3 .2

O custo unitário da caixa de morango é de $R3,00, o preço de venda é de $R5,00 Isto é, o

lucro em cada caixa vendida é de $R2,00, a perda nas unidades não vendidas é de $R1,00. Pode ser estocado 0, 1, 2, ou 3 unidades . A questão é quantas das unidades vendidas devem ser estocadas cada dia? Assuma que as unidades que não foram vendidas hoje não

podem ser vendidas no dia seguinte assim a tabela das saídas pode ser construída da

seguinte forma:

X = N o de unidades Vendidas N = (E­V) – No de unidades não vendidas Função do lucro = 2V ­N

Estado da Natureza

Estoques

Probabilidade

de Demanda

0

(.2)

1

(.3)

2

(.3)

3

(.2) Valor Esperado

0 $0 0 0 0 $0

1 ­1 2 2 2 1,40

Ações 2 ­2 1 4 4 1,90

3 ­3 0 3 6 1,50

No caso de haver estoque , o valor esperado é:

O melhor nível de estoque é aquele onde se apresenta o mais alto valor esperado, isto é, o

estoque de 2 unidades. O VALOR ESPERADO DA INFORMAÇÃO PERFEITA Suponha que a F&M Contadores Associados, tem possibilidade de obter uma previsão

perfeita de qual dos eventos (estado da natureza) ocorrerá. O valor esperado da informação

perfeita será o valor das ações selecionadas na escolha de uma previsão perfeita. Por exemplo, quando a demanda é 1, a empresa estocará 1. O valor esperado da perfeita

informação pode ser computado como sendo o valor esperado com a informação perfeita

menos o valor esperado com a informação existente.

EXEMPLO Considerando os mesmos dados da tabela do exemplo anterior:7

Estado da Natureza

Estoques

Probabilidade

de Demanda

0

(.2)

1

(.3)

2

(.3)

3

(.2) Valor Esperado

0 $0 $0

1 2 .60

Ações 2 4 1,20

3 6 1,20

$3,00

O valor médio da decisão apoiada na informação perfeita é:

(0,2 X 0) + ( 0,3 X 2 ) + ( 0,3 X 4 ) + 0,2 X 6) = 3

Logo o valor da Informação perfeita é de $3 – 1,9 = $ 1,1 . Significando que o valor desta

suposta informação perfeita é de $1,10 .

Assim a F&M Contadores Associados poderia cobrar do cliente um valor mínimo de R$1,1

mil, pois mesmo assim, este último ainda estaria aumentando seu lucro médio.

A DETERMINAÇÃO DO VALOR DO GOODWILL PARA CÁLCULO DO VALOR

DA EMPRESA De forma simples, entende­se por Goodwill um valor possuído pela empresa que excede ao

valor de seus ativos e muitas vezes é definido como a diferença positiva entre o custo de

uma empresa e a soma de seus ativos, sendo portanto impossível de avaliação

descontextualizada do conjunto do patrimônio tangível e intangível da empresa não

possuindo assim usos alternativos. Embora possa ser considerado um ativo e como tal possua suas características essenciais, ou seja, valor econômico de propriedade da empresa e possibilidade de geração de fluxos

futuros de caixa, é de mensuração extremamente subjetiva e difícil. O goodwill classifica­se entre os ativos intangível e possui, como estes, características específicas. Os ativos intangíveis são aqueles possuidores de todas as características próprias dos outros ativos mas desprovidos de substância física sendo assim impossível de serem tocados, como exemplo de intangíveis podemos citar as despesas antecipadas as contas a receber. Segundo Anthony (1995) Os ativos intangíveis são muitas vezes classificados como

identificados e não identificados . Patentes, marcas, licenças de funcionamento são ativos

intangíveis identificados; eles podem ser vendidos individualmente embora, dificilmente o

sejam no curso normal de um negócio, ao contrário dos ativos não identificados que não

podem ser realizados sem que a empresa toda seja vendida é o caso do goodwill. Quando uma empresa é vendida muitas vezes o valor da venda excede à soma dos ativos

tangíveis e intangíveis menos os passivos assumidos pelo comprador. O montante que o

preço de venda excede ao valor dos ativos líquidos é reportado na companhia como um

custo de aquisição excedente sobre os ativos adquiridos e é normalmente chamado de

goodwill, pode­se notar, assim, que somente por ocasião da venda é que o problema de

reconhecimento e avaliação do goodwill se evidencia embora fosse desejável que a8

contabilidade oferecesse formas alternativas de reconhecimento deste ativo mesmo no

curso do negócio. Segundo Hendriksen (1999) Há três enfoques principais no que se refere a sua avaliação: 1. Por meio de avaliação de atitudes favoráveis em relação à empresa. 2. Por meio do valor presente da diferença positiva entre lucros futuros esperados e o

retorno considerado normal sobre o investimento total, não incluindo o goodwill. 3. Por meio de uma conta geral de avaliação – a diferença entre o valor da empresa em sua totalidade e as avaliações de seus ativos líquidos tangíveis e intangíveis

individuais.

EXEMPLO 3 Suponha agora que F&M Contadores Associados, possua como cliente uma empresa de

serviços de consultoria e treinamento em alta tecnologia gerencial que esteja sendo

negociada para venda, por ocasião da transferência do espólio do seu proprietário titular

falecido recentemente, já que a família não tem interesse de continuar explorando esse

ramo de negócio, deseja vender, um grupo formado de seus principais consultores deseja

adquirir a empresa. Na data de sua avaliação econômico financeira as seguintes características foram diagnosticadas previamente.

• é uma companhia fechada, assim suas ações não são negociadas em bolsa; • tem boa situação financeira, com excedente de caixa; • sólida estrutura patrimonial, tendo inclusive capacidade de captar recursos junto à rede bancária; • remunera o capital investido pelos seus sócios numa base compatível com as empresas do setor; • vem apresentando nos últimos anos taxas de retorno excelentes para seu nível de

vendas.

BALANÇOS COMPARADOS

(Em mil R$)

1996 % 1997 % 1998 % ATIVO 11480 100 14092 100 16344 100

Ativo Circulante 1840 16 2050 15 3142

...

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