GRAVIDEZ E EXERCÍCIO FÍSICO
Projeto de pesquisa: GRAVIDEZ E EXERCÍCIO FÍSICO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Emerson770927 • 14/12/2014 • Projeto de pesquisa • 2.387 Palavras (10 Páginas) • 245 Visualizações
UNIVERSIDADE FEDERAL FLUMINENSE
Instituto de Educação Física e Desportos
Curso de licenciatura em Educação Física
Disciplina: Prescrição de exercícios para a promoção da saúde
Professora: Adriana
GRAVIDEZ E EXERCÍCIO FÍSICO
Alunos: Ana Carolina, André Rodrigues, Dimitri Rangel, Manuelle Ferreira.
NITERÓI 2014.2
Gravidez
Gravidez corresponde ao período de cerca de nove meses de gestação nos seres humanos, contado a partir da fecundação e implantação do ovo no útero até ao nascimento. Durante este período, o ovo fecundado torna-se um embrião e é alimentado pela mãe através da placenta. A partir do terceiro mês, o embrião passa a ser designado feto e apresenta já a forma humana que se desenvolverá até ao nascimento. O parto ocorre geralmente cerca de 38 semanas após a concepção o que, em mulheres com ciclo menstrual de quatro semanas, corresponde a aproximadamente 40 semanas após o início do último período menstrual normal. A gravidez múltipla corresponde à gravidez em que existe mais do que um embrião ou feto, como é o caso dos gémeos.
A concepção pode dar-se através de relações sexuais ou ser medicamente assistida. Os primeiros sinais que indicam uma possível gravidez são a interrupção da menstruação e a alteração na forma dos seios. Até às oito semanas, o ser humano em desenvolvimento denomina-se embrião.1 O desenvolvimento do embrião tem início com a divisão do ovo em múltiplas células e é nesta fase que aparece a maior parte dos órgãos, muitos deles funcionais.
Ao fim da oitava semana, o embrião adquire a forma humana e passa a ser designado feto. É comum a divisão convencional da gravidez humana em três trimestres, de forma a simplificar a referência às diferentes fases do desenvolvimento pré-natal. No primeiro trimestre existe risco acrescido de aborto espontâneo (morte natural do embrião ou do feto). Durante o segundo trimestre, o desenvolvimento do feto pode ser mais facilmente monitorizado e diagnosticado. O terceiro trimestre é marcado pelo desenvolvimento completo do feto e de tecido adiposo fetal. O ponto de viabilidade fetal, ou o momento a partir do qual é o feto é capaz de sobreviver fora do útero, geralmente coincide com o fim do segundo trimestre ou início do terceiro, embora os nascimentos nesta fase apresentam maior risco de doenças e de morte.
Alterações Fisiológicas na Mulher durante a Gravidez
O organismo materno sofre alterações para dar resposta a um novo ser que se encontra em desenvolvimento
Para além das alterações do aparelho reprodutor, surgem alterações evidentes ao nível do sistema nervoso, dos aparelhos circulatório e respiratório entre outros.
Aparelho Respiratório
O crescimento do útero em direção ao tórax e o aumento volumétrico do coração diminuem o volume pulmonar. Isto é parcialmente compensado pelo aumento do diâmetro da caixa torácica. Além disso, a progesterona atua nos centros respiratórios do bulbo raquidiano, elevando a frequência respiratória, o que contribui para o aumento das trocas gasosas na placenta. Nas vias aéreas superiores pode haver rinite vasomotora com consequente obstrução nasal, devido à retenção hídrica e aumento do aporte sanguíneo nessa região.
Sistema Cardiovascular
Na gestação o coração e os grandes vasos sofrem adaptações. O miocárdio aumenta seu poder de contração e fica hipertrofiado. O volume diastólico aumenta e as dimensões de ambos os ventrículos do coração aumentam nos dois últimos trimestres. A dimensão do átrio esquerdo aumentam paralelamente à volemia (volume de sangue no interior do vaso), desde a primeira semana até atingir seu máximo na 30 semana.
A parede dos vasos do sistema vascular apresenta alterações de sua estrutura (hipertrofia do músculo liso, colágeno) e presença da vasodilatação devido a diminuição da sensibilidade às substâncias compressoras dos vasos.
O debito cardíaco é aumentado (40%) atingindo seu valor máximo nas 20-24 semanas, tornando-se mais sensível a alterações posturais (devido ao fato do útero em crescimento comprimir a veia cava inferior diminuindo o retorno venoso). No início da gestação, a ejeção de sangue aumenta até 30%, sendo responsável pelo incremento do débito cardíaco.
À medida que a gravidez passa, essa frequência vai aumentando, até que no final poderá apresentar 15 batimentos por minutos acima dos valores iniciais da gravidez.
Existe aumento do fluxo do sangue uterino. A progesterona permite com que a vascularização tenha seu fluxo aumentado para nutrir placenta e útero.
O fluxo de sangue renal aumenta, bem como o fluxo mamário.
O fluxo sanguíneo na pele aumenta, especialmente em mãos e pés. Assim pode-se dissipar o calor gerado pelo aumento do metabolismo com a gestação.
O fluxo sanguíneo levado até as massas musculares quando a gestante realiza exercício físico faz com que o útero-placenta tenha níveis de sangue diminuídos. Exercícios moderados são aceitos pelo feto, sem prejuízos.
A pressão arterial diminui durante as primeiras semanas, e quando se aproxima o final da gravidez estes números regressam ao normal.
A pressão venosa da metade superior não sofre alterações, mas na metade inferior esta pressão aumenta principalmente na posição em que a grávida se encontra deitada, sentada e em pé. O útero da grávida apresenta pressão sobre a veia cava e veias ilíacas, o que dificultam o retorno venoso. Edemas em membros inferiores aparecem devido a diminuição da pressão arterial e do débito cardíaco. Quando a gestante se coloca em decúbito lateral (deitada de lado) a pressão venosa regressa ao normal.
As adaptações do sistema cardiovascular sofrida ao longo da gravidez podem ser compensadas após o parto pela hemorragia causada.
Sistema Nervoso Central
Ossos e articulações
A mudança do eixo da coluna vertebral na gestação relaciona-se à acentuação da lordose lombar
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