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NTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

ALEXANDRE VELC CALIPO

PAULO DA FONTE

ASFALTO BORRACHA

Jundiaí – SP

2012

CENTRO UNIVERSITÁRIO PADRE ANCHIETA

ALEXANDRE VELC CALIPO

PAULO DA FONTE

ASFALTO BORRACHA

Seminário apresentado às disciplinas de Planejamento e Controle de Obras e Tecnologia das Construções do curso de Engenharia Civil, sob a orientação do Prof: Ms. André Penteado Tramontim.

Jundiaí - SP

2012

1. INTRODUÇÃO

Desde os tempos mais primórdios, a atividade humana interfere diretamente no meio ambiente. A construção civil destaca-se entre os ramos da atividade humana por gerar grande impacto ambiental, uma vez que consome diversos recursos naturais não renováveis e gera inúmeros tipos de resíduos na atmosfera.

A construção civil se caracteriza pela modificação da paisagem, consumo de recursos naturais renováveis e não renováveis, levando à geração de resíduos sólidos e emissões de gases na atmosfera com impactos sobre o meio ambiente, à qualidade de vida da população e à infraestrutura existente.

Nos últimos anos, o crescimento da frota de automóveis tem ocorrido de forma descontrolada. Dentre as diversas consequências negativas deste crescimento, destacam-se duas: o desgaste elevado da pavimentação asfáltica de baixa qualidade e a degradação do meio ambiente no qual vivemos através do descarte inadequado de pneus inservíveis.

Segundo dados da ANIP, Associação Nacional da Indústria de Pneumáticos, cerca de 60 milhões de pneus são fabricados por ano no Brasil e o destino da maioria dos pneus inservíveis é realizado incorretamente, o que acaba contribuindo para degradação da paisagem urbana e do meio ambiente.

Com o objetivo de melhorar a qualidade do asfalto convencional e solucionar o problema ambiental causado pelo acúmulo de pneus inservíveis, pesquisadores trabalham para encontrar novas tecnologias e materiais que modifiquem o desempenho do asfalto e a reutilização do já aplicado nas vias que necessitam ser retirados.

Assim, apresenta-se o asfalto-borracha: resultado de um processo que utiliza pneus inservíveis retirados do meio ambiente e empregado na confecção do concreto asfáltico.

Apesar de ser um processo mais caro em relação ao convencional em curto prazo, o asfalto-borracha apresenta como característica o aumento da durabilidade e flexibilidade do produto final, contribuindo assim com a redução dos custos de manutenção periódicas.

A introdução da borracha de pneus descartados ao concreto asfáltico confere a ele o aumento da durabilidade, bem como, propriedades como flexibilidade e aumento da resistência aos raios ultravioletas. Tornando uma mistura asfáltica mais resistente ao envelhecimento,ao aparecimento e a diminuição de trincas e deformação permanente. Juntamente quando utilizado com uma curva granulométrica adequada, diminui o nível de ruído causado pela grande quantidade de veículos e ainda aumenta o atrito de frenagem em dias de chuva.

Pode-se dizer que com o emprego do asfalto-borracha é proporcionado maior conforto, economia, segurança aos condutores, além disso apresenta uma boa viabilidade, durabilidade sendo bem mais superior ao asfalto convencional.

O asfalto-borracha é uma mistura efetuada a quente sob condições controladas, é composto de cimento asfáltico de petróleo - CAP, borracha moída de pneus - BMP, diluentes e alguns aditivos especiais se houver necessidade. O teor da borracha varia de 15% a 20% em relação ao peso total da mistura. Na composição do pneu existem dois tipos de borracha, a sintética que proporciona a estabilidade térmica e a natural que fornece as propriedades elásticas ao pavimento.

O asfalto-borracha é uma mistura de asfalto, borracha de pneus inservíveis e de determinados aditivos na qual a borracha representa pelo menos 15% do peso total da mistura que reage com o asfalto a uma temperatura suficientemente elevada para causar o inchamento das partículas de borracha.

A construção de pavimentos que contém mistura asfáltica com ligante asfalto-borracha é bem parecida com a construção de pavimentos com mistura convencional. A temperatura do ligante asfalto-borracha deve estar entre 160ºC e 190ºC. “A temperatura de mistura varia entre 145ºC e 160ºC, a temperatura de lançamento é geralmente mais alta e a compactação deve ser realizada enquanto o material está quente, pois a viscosidade do ligante asfalto-borracha aumenta rapidamente (ODA, 2000).” ]

Figura 1: Equipamento para obtenção do Asfalto-Borracha

Fonte: L.P.T.; TRICHÊS G.; PERREIR P. A. A.; PAIS J.

Em nossa sociedade necessita lidar com formas eficazes para solucionar o problema da eliminação de um volume cada vez maior de resíduos. Os Governos, juntamente com a indústria, as famílias e o público em geral devem evitar um conjunto para reduzir a geração de resíduos e de produtos descartados.

2. Hístoria do Asfalto Borracha.

O asfalto-borracha, também chamado de asfalto ecológico, foi desenvolvido na década de 1960 nos Estados Unidos. Charles H .McDonald iniciou a pesquisa quando percebeu que os pneus triturados proporcionavam um material muito elástico que poderia ser utilizado no asfalto para corrigir