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Gestão De Pessoas

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Por:   •  20/11/2013  •  1.538 Palavras (7 Páginas)  •  360 Visualizações

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As empresas já perceberam que a sua produtividade está diretamente relacionada com o bem-estar de seus colaboradores. E para manter seus funcionários produzindo, está valendo quase tudo: shows, palestras, apresentações de teatro, exercícios de alongamento, aulas de artes marciais, sessões de massagem. "O efeito é a longo prazo e estas iniciativas melhoram o relacionamento entre os funcionários", garante o gerente de comunicação do Operador Nacional de Sistema Elétrico, Tristão Alencar. "A mais recente atividade que realizamos aqui na empresa foi uma peça teatral exibida para cerca de 50 funcionários. Tratava-se de uma comédia sobre preconceito, relação entre trabalho e família e mudanças de atitudes."

A IBM, por exemplo, oferece aos seus funcionários um programa de motivação desde o início de 2002, e tem notado um crescimento nos resultados dos colaboradores e, conseqüentemente, da empresa. "Criamos vários programas para motivar nossos funcionários, entre eles o Star Bem, que oferece aos colaboradores sessões de shiatsu, consultas com nutricionistas e aulas de ginástica matutinas, tudo para melhorar a qualidade de vida dos funcionários", conta o gerente de marketing da empresa, Edmundo Fornasari.

Este trabalho, chamado por alguns especialistas da área de recursos humanos de endomarketing, vem desbancando o sistema tradicional de gerenciamento, e tem como principal objetivo privilegiar o ser humano dentro da organização. Mas para que ele funcione adequadamente, é necessário levar em conta alguns aspectos diretamente relacionados ao trabalho: o que fazer, como fazer e o que receber. "Resumindo: seria mudar a rotina por meio do trabalho em grupo, com o reconhecimento e a valorização da gerência", explica o consultor de Recursos Humanos Idalberto Chiavenato.

Deepark Chopra, um dos maiores experts em maximização do potencial humano nos Estados Unidos, acredita que "o fenômeno que desperta a consciência para a liderança é o sucesso" e que "a espiritualidade nas empresas pode ser obtida quando o funcionário produz mais e com mais prazer". Numa entrevista coletiva dada recentemente à imprensa em sua vinda ao Brasil, Deepark afirmou que a economia da empresa está diretamente relacionada com a educação e a criatividade. "E o combustível de tudo isso é a motivação".

OS BENEFÍCIOS DA MOTIVAÇÃO PARA FUNCIONÁRIOS E EMPRESA

Marcelo Almeida é administrador de empresas especializado em Recursos Humanos e Desenvolvimento Humano, conferencista, diretor de Recursos Humanos da Brasil Consultoria e do Instituto Marcelo de Almeida Desenvolvimento Humano e Qualidade de Vida, foi contratado recentemente pela Fosfertil-Ultrafertil para que todos os funcionários da empresa e suas famílias sejam motivados nos quesitos saúde e relacionamento profissional e pessoal. "Instruir os funcionários sobre como alcançar melhor qualidade de vida agrega muitos benefícios às empresas. Os colaboradores se sentem mais motivados, reconhecem que a empresa está preocupada com seu bem-estar, o que aumenta sua produtividade; há uma redução de custos com relação às doenças de trabalho; estreita-se o relacionamento interpessoal dentro da empresa, facilitando processos; os funcionários se sentem estimulados a buscar, em seguida, um maior aperfeiçoamento profissional, o que acaba revertendo numa equipe com melhor formação profissional", explica Almeida.

No caso desta empresa, trata-se de um programa de promoção de saúde e qualidade de vida, que visa o bem-estar não só dos colaboradores da empresa, mas também de seus familiares. "Todos os nossos 2.500 funcionários e seus familiares participam mensalmente de palestras motivacionais e, principalmente, de atividades de sensibilização para a busca do equilíbrio, da saúde, do bem-estar e da harmonia familiar." Além das palestras, a empresa oferece atividades esportivas, brindes, mensagens, encontros e cursos. "O programa foi elaborado e personalizado para as necessidades da empresa, levando em consideração uma série de pesquisas de cultura e clima e as percepções de consultoria, de recursos humanos e das assistentes sociais contratadas para dar suporte ao programa", diz. Os principais temas abordados em 2002 foram auto-estima, relações humanas, drogas, alcoolismo, estresse, esportes, fumo e planejamento de vida.

Quando questionado sobre o motivo que está levando as empresas a investirem cada vez mais na qualidade de vida dos seus funcionários, Almeida levanta três justificativas:

1. Um profissional saudável, que se sente bem no ambiente de trabalho, produz muito mais do que aquele que não se sente bem. E esta produtividade é tanto em termos qualitativos (melhor relacionamento, atendimento ao cliente, clareza mental, comunicação, motivação e confiança) como em termos quantitativos (aumento de vendas, redução de desperdícios e acidentes de trabalho).

2. O papel do departamento de recursos humanos de uma empresa é atrair, desenvolver e reter talentos, e uma empresa que não tem um ambiente favorável tem o prejuízo de contratar, desenvolver e no final perder o seu colaborador para outras empresas que oferecem até as mesmas condições financeiras, benefícios e desafios, mas que vão além, oferecendo também um clima onde a saúde e a qualidade de vida dos funcionários estão inseridas na cultura da empresa.

3. Uma empresa que acumula estresse negativo acaba reduzindo sua produtividade e perdendo dinheiro. Empresas americanas perdem, por ano, cerca de U$ 150 bilhões com o estresse no trabalho, o que inclui absenteísmo, "presenteísmo" (estar na empresa com a cabeça em outro lugar), desmotivação, doenças, afastamentos, acidentes e conflitos interpessoais. Tudo isso mina o resultado das organizações.

A saúde e a alimentação dos funcionários são os benefícios que as empresas costumam priorizar, o que pode ser feito de duas maneiras: conscientizando os colaboradores de que a saúde é um patrimônio de valor inestimável e que a alimentação está entre os 40% dos fatores que mais matam ou invalidam pessoas em todo o mundo, segundo a Organização Mundial de Saúde, e utilizando ferramentas (palestras, cursos e técnicas) que dão suporte psicológico e maturidade disciplinar para mudanças de hábito.

Já para melhorar o relacionamento pessoal e familiar dos colaboradores, uma das saídas é o desenvolvimento da empatia, que nada mais é do que a habilidade de se colocar no lugar das outras pessoas, compreendendo-as e influenciando-as com elegância e sutileza. Um bom relacionamento se mantém com confiança, diálogo aberto, sinceridade, integridade e ética.

Pesquisa – Benefícios Aumenta produtividade diz pesquisa.

Convênio médico, vale-alimentação, creche... Se você somar todos esses custos, talvez dê quase o valor do seu salário.

São os chamados benefícios, serviços que as empresas oferecem a mais, além do salário, e muitas vezes de graça, aos trabalhadores.

Pesquisa recente feita entre 201 pequenas, médias e grandes empresas de todo o país revelou que 99% delas oferecem algum tipo de assistência médica, 54% dão assistência odontológica, metade delas tem restaurante, seguro de vida é adotado por 90% das empresas e 43% já têm até algum tipo de Previdência privada. Esse estudo também revela que a produtividade nas empresas pesquisadas aumentou 30% com a adoção de benefícios e ganhos salariais.

A quantidade e a variedade de benefícios oferecidos pelas empresas aumentaram muito nos últimos anos. Além de dar melhor qualidade de vida aos trabalhadores, que respondem com maior produtividade, os empresários usam esses benefícios como estratégia para atrair os melhores profissionais. “Para a empresa, é muito importante ser competitiva. As pessoas felizes trabalham melhor”, disse Anita Viviane, gerente de recursos humanos.

Trabalho motivado

A maior indústria petroquímica do Rio Grande do Sul, por exemplo, é conhecida no mercado pelos benefícios que oferece. A empresa montou um programa de qualidade de vida. Os trabalhadores têm direito a freqüentar a academia de ginástica duas vezes por semana no horário de expediente.

Os funcionários ainda podem dar uma paradinha na sala de relaxamento. E no centro médico tem até fisioterapia. “Faço minha fisioterapia e volto pra trabalhar, sem perda de tempo, tempo otimizado”, disse um funcionário.

Além disso, a política de valorização da empresa inclui uma média de 18 salários por ano. Com essas medidas, o ânimo para trabalhar é maior. “As pessoas vêm trabalhar mais satisfeitas, mais motivadas, eles produzem melhor”, afirmou Carla Rangel, assessora de gestão.

Direito X benefício

Muita gente desconhece os benefícios a que tem direito. O primeiro passo é saber a diferença entre direito trabalhista e benefício. Direito é aquele que está previsto em lei. Exemplo: salário, férias, vale-transporte. Benefício é o que é dado a mais, está no acordo ou convenção coletiva. Exemplo: plano de saúde, assistência odontológica. E mais: há outros tipos de benefícios que você pode adquirir pagando um custo mínimo. São os convênios firmados com papelarias, farmácias e clínicas de estética entre outros.

“Alguns anos atrás ninguém numa entrevista de seleção perguntava se a empresa tinha um plano de previdência, hoje já perguntam. As pessoas comparam muito”, disse Anita Viviane, gerente de recursos humanos.

Também para os trabalhadores os benefícios passaram a ser tão importantes quanto o próprio salário. Foram os benefícios e as perspectivas de crescimento na carreira que fizeram Ramiro Espósito, publicitário, trocar o emprego de quase 4 anos por um estágio, onde ele trabalha seis horas por dia e ainda faz cursos por conta da empresa. Mas o salário é menor. Agora ele ganha pouco mais da metade do que ganhava antes. “Mesmo assim vale a pena. Eu não pensei de forma imediata, fiz um planejamento a longo prazo e vi que as possibilidades de crescimento tanto profissional quanto pessoal eram muito maiores. Acho que a gente precisa arriscar para crescer”, admitiu.

Benefícios previstos em acordos ou convenções coletivas, aquelas negociações entre empresas e sindicatos, são obrigatórios. Os empresários têm de conceder aos trabalhadores. Os demais benefícios são facultativos. Se você tem dúvidas procure o departamento de recursos humanos da sua empresa. Outra dica é consultar o sindicato que representa a sua categoria. É muito importante se manter informado.

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