Gestão Do Lixo Eletrônico

1-INTRODUÇÃO

Com o avanço da tecnologia nos dias atuais, várias mudanças significativas ocorrem, as quais refletiram no crescimento do lixo eletrônico em diversos países do mundo, principalmente nos mais desenvolvidos fazendo com que esse crescimento no decorrer do tempo se tornasse uma preocupação mundial para diversos continentes. Desde meados da década de 1990, o lixo eletrônico tornou-se um elemento de crescimento acelerado de resíduos sólidos, com a expansão do aparelho celular que se tornou um item indispensável tanto nos países desenvolvidos como nos países em desenvolvimento. Muitos equipamentos, como TV´s e computadores, contêm substâncias tóxicas. O ciclo de obsolescência dos eletrônicos é cada vez mais rápido e com o crescimento do mercado brasileiro e no mundo, o acúmulo de lixo eletrônico se torna um problema sério em nossos grandes centros .A grande expansão dos eletrônicos que a cada ano se torna cada vez maior, por causa dos avanços tecnológicos que tem como objetivo baratear e melhorar os eletrônicos (OLADELE, A. O. et al, 2009)

O lixo eletrônico representa, hoje, uma grave ameaça à vida no Planeta por duas razões fundamentais: a sua quantidade e seus matérias tóxicos. Em toda parte do mundo, a mídia incentiva as pessoas a adquirirem vários produtos mais modernos e a substituírem os mais antigos por outros mais modernos, esquecendo de incentivar o descarte de maneira correta, provocando a insensatez do uso indiscriminado dos recursos naturais. Segundo pesquisas realizadas pela Organização das Nações Unidas mais conhecida como ONU em 2010, o Brasil joga no lixo anualmente toneladas de computadores, além de estar entre os líderes no descarte de celulares, impressoras e TVs entre outros aparelhos eletrônicos. Produzindo três vezes mais lixo eletrônico do que o lixo convencional, consagrando o Brasil como líder entre as nações emergentes na área, com meio quilo de lixo eletrônico anual por habitante. O país não tem estrutura e nem estratégias satisfatórias para atender a demanda do lixo gerado pelos consumidores e, aos poucos, o Brasil começa a perceber as dificuldades de tratamento desse tipo de resíduo. O Brasil ocupa a liderança entre as nações emergentes na geração de lixo eletrônico per capita, isto é, por habitante, a cada ano se produz 7 kilos por habitante. Fazendo com que assim também se obtenha não a mesma quantidade de metais altamente perigosos, contendo substâncias tóxicas, como o mercúrio o cádmio e o cianeto. Ao serem expostas, tais substâncias oferecem sérios riscos à saúde humana (GLOBO, 2013)

De acordo com Machado (2014), a quantidade de lixo eletrônico produzida em 2013 no mundo chegou a quase 50 milhões de toneladas. E os maiores geradores de e-lixo são os Estados Unidos com 9,4 milhões de toneladas ao ano e a China 7,3 milhões de toneladas ao ano, este último gera tamanha quantidade de e-lixo proporcional ao número de seus habitantes. A maioria da população americana acredita que está ajudando o ambiente quando recicla seus aparelhos eletrônicos. Mas quando fazem isso, mesmo com as melhores das intenções, estão contribuindo para uma tendência global relacionada ao lixo eletrônico que polui outros países. Isso porque, afirmam ativistas, os EUA enviam grande parte desse tipo de lixo a outros países. Basicamente, o argumento deles é que muito do que é chamado de "lixo eletrônico" nos EUA, computadores obsoletos, são equipamentos ainda em bom estado e que podem ser bem utilizados em países em desenvolvimento, como África e América Latina. Nesse contexto, faz sentido exportar sucata eletrônica para nós, já que existe um ganho real para quem vende e quem compra. Entretanto, o problema é que muita gente que faz essa exportação envia muita sucata que não pode ser utilizada também, que não serve para nada e que, mais importante, custa dinheiro para receber o tratamento final que deveria. (ESTADÃO, 2009)

De alguns anos para podemos dizer que surgiu uma nova sociedade, uma sociedade mais moderna e desenvolvedora, a qual podemos chama-la de a sociedade da tecnologia, esse processo é marcado pelo grande desenvolvimento tecnológico. A tecnologia envolve o desenvolvimento de produtos que lidam com a distribuição da informação de forma cada vez mais rápida e pratica, envolvendo um numero crescente de consumidores. Estes produtos são produzidos utilizando características de aprendizagem, e ela esta ligada diretamente com as tendências dos avanços científicos, levando a desenvolver descobertas tecnológicas que revolucionaram e facilitam o mundo e sua maneira de usar esses aparelhos. É que na verdade quando falamos de tecnologia, inevitavelmente, somos levados a cada uma das ferramentas e uso das técnicas levou o homem a chegar a um objetivo pratico tão importante e útil para a vida das pessoas. (E-LIXO, 2014).

O que podemos observar é o uso de equipamentos eletrônicos portáteis ou não tem crescido de forma rápida, mas a medida que novos e modernos produtos são lançados, os quase recentes produtos tornam-se ¨velhos”, antes mesmo dos mesmos envelhecerem, quebrarem ou perderem sua utilidade. Assim, graças ao grande aumento de evolução tecnológica sem limites, os equipamentos eletrônicos descartados se constituem no tipo de resíduo sólido que mais cresce no planeta. A esse resíduo sólido dá-se o nome de lixo eletrônico.

Considera-se lixo eletrônico elixo todo aquele gerado a partir de um de aparelhos eletrodomésticos ou eletrônicos ( computador, celular, micro-ondas por exemplo ), (E-LIXO, 2014)

Visando a forma de descarte do Lixo Eletrônico, alertar sobre os riscos, quando não descartados de forma correta, conscientizar a população sobre a forma correta de descarte deste tipo de lixo e a possível reciclagem do mesmo. Tudo que é consumido gera resíduos, e com a tecnologia não é diferente. A cada ano surgem no mercado novos tipos de tecnologia, como computadores mais eficientes, celulares com mais recursos, televisores maiores e vários tipos de equipamentos tecnológicos. Isso mostra que mundo esta se desenvolvendo. O Problema é que com toda essa tecnologia nova chegando ao mercado, os equipamentos “antigos” são deixados de lado e sem destinação correta, sendo jogados na maioria das vezes no lixo, algumas empresas tem seus lugares próprios para descartes ou até mesmo podem informar aonde pode ser feito o descarte e a reutilização desse lixo (SLIDESHARE ,2011)

Embora nos dias de hoje a tecnologia seja útil e tenha proporcionado facilitação a quem a utiliza, os principais componentes internos dos aparelhos eletrônicos contêm materiais que podem contaminar o ambiente tanto solo, quanto ar e água. A má gestão desses resíduos pode causar sérios danos à saúde causando