Gestão Empresarial

SISTEMA DE ENSINO PRESENCIAL CONECTADO

CIÊNCIAS CONTÁBEIS

MARLENE GONTIJO DA SLVA VAZ

GESTÃO INDUSTRIAL

DIVINÓPOLIS – Minas Gerais

Outubro/ 2013

Introdução

A gestão na indústria é uma tarefa compartilhada de forma sincronizada, num ambiente de muita sinergia, entre as áreas estratégicas de produção, engenharia, manutenção, marketing, vendas, finanças, pesquisa e desenvolvimento, recursos humanos, entre outras.

O crescimento da competitividade dos mercados, em que o cliente é quem decide que preços quer pagar, determina os prazos para pagamento do produto e, principalmente, que nível de qualidade esse produto precisa ter, nem sempre permite que o controle da organização, como um todo, fique no âmbito exclusivamente interno, tornando-se um fato, muitas vezes, externo à empresa, "dirigido" pelo próprio mercado.

Nessa linha, a gestão da indústria tem um conteúdo muito mais estratégico do que meramente tático e operacional, forçando o conhecimento e domínio das ações não apenas dos gestores da produção, mas também de todos os demais envolvidos das diversas áreas da organização, de forma sistêmica e, envolvendo toda a cadeia de valor em que os resultados da indústria se inserem.

Essa visão, a gestão da indústria tem um caráter proativo, com características de antecipação das necessidades e desejos dos clientes, obrigando os gestores da empresa a conciliarem preocupações tradicionais relacionadas à eficiência do processo, redução de custos, gestão de pessoas, entre outras, com diversos aspectos, dentro desse cenário. Tais aspectos são considerados muito mais importantes, como a satisfação do cliente com o preço e a qualidade do produto, cumprimento de prazos, agilidade na adaptação às novas tecnologias e tendências de mercado, e ainda, desenvolvimento e introdução de novos produtos, novos instrumentos de logística, flexibilidade de produção.

1. Definições Conceituais:

A. Critérios de rasteio dos custos indiretos,

Os critérios de rateio modificam o custo dos produtos, portanto, é necessário cautela e bom senso ao adotá-los. Sempre existirá certo grau de subjetividade na escolha do critério de rateio, mas essa subjetividade pode ser reduzida, quando analisamos, detalhadamente, a natureza dos custos indiretos, antes de adotar o critério.

Sempre que possível, os gastos devem ser impostos diretamente ao serviço ou produto, eliminando ao máximo outros processos de distribuição. No entanto, aqueles gastos que são impossíveis da aplicação direta, denominados gastos indiretos, exigem um critério para o rateio.

Quem decide trabalhar com o custeio variável está dispensado da preocupação com o rateio dos gastos indiretos, pois o cálculo termina ao encontrar a margem de contribuição de cada serviço ou produto. A margem de contribuição, também chamada de lucro bruto, é a sobra que auxilia para o pagamento dos gastos fixos e a geração do lucro líquido.

Já aos que optam por trabalhar com o custeio por absorção, ou seja, aplicar no serviço ou produto todos os custos – tanto os diretos quanto os indiretos – será preciso empregar artifícios para apropriá-lo. Para este custeio, o rateio dos gastos indiretos é um mal indispensável, que exige conhecimento, bom senso e aptidão.

Encontrar o justo critério para partilhar os gastos indiretos com o serviço ou produto é uma tarefa complexa e o erro pode comprometer o sucesso no momento da venda. Quanto maior for o custo do produto ou serviço, certamente maior é o preço de venda. Desta forma chamamos a atenção para o momento de eleger o critério de rateio dos gastos indiretos, para não ser atribuído, erroneamente, um custo distorcido. São muitos os métodos de rateio dos gastos indiretos, mas as principais bases utilizadas são: custos diretos; custo da mão de obra direta; quantidade produzida; tempo utilizado pelas máquinas; tempo utilizado pelos colaboradores; área ocupada por linha de produção ou departamento; custo da matéria-prima básica.

B. Custo por Absorção,

O Sistema de custeio por absorção é o sistema que apura o valor dos custos dos bens ou serviços, tomando como base todos os custos da produção incluindo os custos diretos, indiretos, fixos e variáveis. O custeio por absorção é o método que consiste em atribuir aos produtos fabricados todos os Custos de produção, quer de forma direta ou indireta. Assim todos os custos, sejam eles fixos ou variáveis, são absorvidos pelos produtos. Outros critérios têm surgido através do tempo, mas o custeio por absorção é o único adotado pela contabilidade financeira. Portanto, válido tanto para fins de elaboração do balanço patrimonial como demonstração de resultado, além de ser admitido pela legislação do imposto de renda, o custeio por absorção ou custeio pleno consiste na apropriação de todos os custos (sejam eles fixos ou variáveis) à produção do período. Os gastos não fabris (despesas) são excluídos.

C. Produtos em Processo,

Produtos em processo ou produção em andamento: são aqueles produtos cuja fabricação foi iniciada no mês, mas que ainda não foi concluída até o último dia do mês. O estoque de produtos em processo é avaliado pela soma dos materiais, mão de obra e outros custos de produção incorridos até a fase de produção em que se encontram.

D. Produtos Acabados,

São os produtos prontos para vendas aos clientes. No caso de empresa de chocolates, os bombons, as barras de chocolates confeccionados, cujo processo produtivo já esteja concluído, permanecendo estocados até a emissão do pedido de venda e das notas fiscais que autorizem a entrega para o comércio e ou clientes. O estoque de produtos acabados é avaliado pela soma de todos os custos incorridos no processo produtivo.

2. Unidades Equivalentes de produção

Consiste na utilização do percentual de grau de acabamento é possível fazer uma equivalência entre as unidades que se encontram