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Por:   •  8/10/2013  •  2.693 Palavras (11 Páginas)  •  245 Visualizações

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A INSTITUIÇÃO DO DISCIPULADO

“Ide, portanto, fazei discípulos de todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do Filho, e do Espírito Santo” (Mt 28.19).

INTRODUÇÃO

A instituição do discipulado apresenta-se nos dias de hoje um grande desafio, pois necessário se faz aplicar tempo, forças, e acima de tudo, colocar o coração de forma contínua na vida de uma pessoa recém-convertida, preparando-a para a maturidade espiritual.

O Senhor Jesus deixou como ordem para nós esse desafio. Fazer discípulo faz parte da missão da igreja. No entanto muitas igrejas tentam sobreviver sem fazer discípulos. Em muitas igrejas o discipulado se restringe apenas a uma classe na escola dominical.

A palavra discipulado vem do latim “discipulatu” e quer dizer “aprendizado”. Enquanto que evangelizar é transmitir, propagar as boas novas a todos, discipular é um compromisso mais profundo e envolvente através do ensino, convivência e exemplo.

A palavra discípulo aparece 269 vezes no Novo Testamento e significa pessoa “ensinada” ou “treinada”. Processo que consiste em levar uma pessoa recém-convertida à maturidade cristã.

Para Keith Phillips, “Discípulo é o aluno que aprende as palavras de seu mestre, com a finalidade de ensinar a outros”.

Enquanto evangelizar é transmitir, propagar as boas novas. Discipular é um compromisso... O verdadeiro discipulado é um compromisso total com o Senhor Jesus Cristo e com a grande comissão: “Ide, fazei discípulos de todas as nações... ensinando-os a guardar todas as coisas que eu vos tenho mandado” (Mt 28.19-20). Nesta lição, fica implícito, não só a necessidade de evangelizar e ganhar almas, mas de fazer discípulo. Evangelizar é apenas uma etapa do trabalho para cumprir essa grande missão. Outras etapas precisam ser percorridas até alcançar o resultado final. Nenhum agricultor ao semear sua semente dá por concluído o seu trabalho. Semear é apenas uma etapa do trabalho para atingir a colheita dos frutos maduros. Para se chegar à colheita final, outras etapas terão de ser executadas pelo agricultor.

Toda igreja precisa ser forte na evangelização, mas também comprometida com a conservação dos resultados. Não basta apenas evangelizar, necessitamos investir no processo de maturidade espiritual dos novos na fé.

Já evangelização não vitoriosa é aquela em que se faz evangelismo, se ganha muitas almas para o reino de Deus, mas poucos convertidos (por falta de programas específicos de integração) conseguem se firmar ou permanecer na igreja.

Para uma evangelização vitoriosa é necessário:

1) Proclamação (evangelização). Esta é a fase de inicio de todo o processo (Mt 4.17-19, Mc 16.15, Rm 10.14, I Co 9.16). Não basta dizer que Cristo ama as pessoas. Precisamos estender as mãos e ajudar o recém-nascido até que aprendam a dá seus próprios passos;

2) Decisão (momento da conversão de um pecador). Precisamos aprender a valorizar o momento de uma decisão. Não devemos apenas pregar para alguém e abandoná-lo após sua decisão para cristo;

3) Integração. Tudo que se pode fazer para ajudar o novo decidido a firmar-se e adaptar-se à nova fé, à nova igreja, ao novo ambiente por ele abraçado, etc. Temos que lhe proporcionar condições favoráveis ao seu crescimento espiritual, pois quando isto não acontece muitos desanimam da fé e voltam para o mundo, morrendo como um bebê abandonado. Jesus e os apóstolos cuidaram dos novos convertidos (Jo 17.12; At 2.42; 15.36);

4) Ensino. O novo convertido precisa passar por este estágio de formação, visando o seu desenvolvimento espiritual para o serviço do Senhor. Não basta receber bem os novos convertidos, é preciso colocá-los em contato com as doutrinas da fé. O ensino aplicado ao novo convertido não deve ser o mesmo dos adultos, pois estamos lidando com recém-nascido, aos quais não devemos dar comida sólida, e sim, o leite raciona (I Co 3.2).

É natural uma mãe sentir muita alegria por sua gravidez e por isso aguarda com ansiedade a chegada do bebê. Mas o nascimento da criança não é o fim do processo é apenas o começo de uma nova existência que exigirá dessa mãe muito amor, tempo e dedicação. Era assim que Paulo se dedicava aos seus filhos na fé. “Meus filhinhos, por quem de novo sinto as dores de parto até que Cristo seja formado em vós” (Gl 4.19). É assim, que nós precisamos lidar com os nossos recém-nascidos (novos convertidos). Não podemos de modo algum negligenciar nos cuidados mais elementares e indispensáveis para o crescimento sadio de uma vida que está iniciando na fé em Cristo.

E nós igreja como esperamos os futuros membros da família de Cristo? Oramos para Deus salvar? Evangelizamos? Valorizamos o momento de sua decisão? Cuidamos do ambiente e da alimentação desse novo membro?

Toda criança, quer seja na vida física, quer seja na vida espiritual, necessita de uma alimentação apropriada, cuidados de higiene, ajuda para começar a andar e aprender a falar, etc. Se bem observadas essas etapas, a criança tem um desenvolvimento satisfatório. Marcha para a idade adulta. O mesmo acontecerá com o novo convertido. O que temos feito pelos novos convertidos? Como temos tratados nossos bebês na fé? Eis aí o nosso grande problema nos dias atuais. A “igreja” dos que não conseguem permanecer firmados na fé chega, em nossos dias, a ser dez ou mais vezes maior da dos que conseguiram permanecer. O que fazer para manter os novos decididos na igreja?

1. O MESTRE JESUS CRISTO

Discipulado visa, mediante o ensino no poder do Espírito Santo, gerar Cristo nos corações (Gl 4.19). Quer dizer, a transformação de vidas, de pensamentos e de atitudes, evidenciando a habitação de Cristo no viver do novo discípulo (2 Co 5.17; Gl 2.20).

O Discipulado é uma das formas mais rápidas de aumentar o número de batismos e aprofundar a qualidade de vida dos que são alcançados para Cristo. Quem não é discípulo não pode fazer discípulo.

Discipulado é o processo de formação de discípulo, ou seja, o trabalho que faz as pessoas aceitarem a Cristo e permanecerem no seu evangelho, capacitando-as a produzirem frutos.

“Todo ramo que, estando em mim, não der fruto, ele o corta, e todo o que dá fruto limpa, para que produza mais fruto ainda” (Jo 15.2). Portanto, a formação do novo crente deve ser um dos primeiros objetivos nossos,

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