Gestão pública

“A contribuição do movimento ‘reinventando o governo’”, faz parte do livro “Por uma nova gestão pública” em que a autora tem como referência inúmeros pensadores da administração pública renomados como Hunt. Há seções em que a autora descreve as teorias que constrói a nova administração.

Neste capítulo, a autora refere-se ao movimento gerencialista que faz críticas as organizações burocráticas (uma organização que obtém a obediência dos funcionários através de regras e da centralização da autoridade na cúpula gerencial), a valorização da cultura do management (produção de artefatos como livros, revistas e outros objetos de consumo presentes no mundo dos negócios, bem como por símbolos que permeiam as organizações e a mente dos indivíduos) e a conversão de técnicas e práticas administrativas em “modismos gerenciais” (práticas e ferramentas que surgiram das crenças gerenciais que conduzem à excelência empresarial e que várias organizações utilizavam) com entendimento sobre Administração da Qualidade Total relacionada com o modelo japonês de produção chamado toyotismo e sobre Reengenharia, uma reestruturação radial nos processos empresariais para alcançar melhorias em seus indicadores de desempenho como custos, qualidade, atendimento e velocidade. Por fim, partindo do que foi visto anteriormente, a autora argumenta sobre o Movimento “reinventando o governo”, que ocorreu nos Estados Unidos, a qual enfatiza a transferência das características do movimento gerencialista e da cultura do management do setor privado, adaptando-as para o setor público.

Pelo que se pode verificar nos capítulos é que a autora, com sólidos conhecimentos acerca do desenrolar histórico sobre a construção da nova administração pública, empenha-se em apresentar clara e detalhadamente as circunstâncias e características para melhor compreensão desse “fenômeno”, levando-nos a compreender as idéias básicas das várias linhas de pensamento que subsidiou a construção da nova administração pública, bem como a descobrir uma nova maneira de ver o que já havia sido estudado. Verifica-se claramente uma tendência da nova administração pública: adaptar algumas características do setor privado no setor público. No texto a autora cita claramente essa tendência na seção “O movimento ‘reinventando o governo’”. Quando a autora cita os 10 princípios que levariam a uma “reinvenção do governo” nos ajudam a vislumbrar um governo “ideal” (já que tudo que é criado pelo homem nunca é perfeito) onde a sociedade passa a ser vista como cliente mantenedor da coisa pública.