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Gravidez

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Por:   •  16/3/2015  •  3.683 Palavras (15 Páginas)  •  231 Visualizações

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FACULDADES METROPOLITANAS UNIDAS – FMU

CURSO DE ASSISTENTE SOCIAL

MÁRCIA APARECIDA DE SOUZA LOPES

RAIMUNDA DA SILVA TEIXEIRA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

SÃO PAULO

2012

MÁRCIA APARECIDA DE SOUZA LOPES

RAIMUNDA DA SILVA TEIXEIRA

GRAVIDEZ NA ADOLESCÊNCIA E O TRABALHO DO ASSISTENTE SOCIAL

SÃO PAULO

2012

Sumário

Introdução ......................................................... Pág. 4

Justificativa, Objetivo Geral e Específico........................................................... Pág. 7

Metodologia ....................................................... Pág. 8

Referências ........................................................ Pág. 9

INTRODUÇÃO

A adolescência é a etapa da vida compreendida entre a infância e a fase adulta, em que ocorrem diversas mudanças tanto físicas quanto psicológicas.

Segundo dados publicados pelo (BRASIL, 2005) formulados pela Organização Mundial de Saúde, a adolescência é compreendida pela segunda década da vida (de 10 a 19 anos) e considera que a juventude se estende dos 15 aos 24 anos. Outro ponto ressaltado neste documento diz respeito a falta de consenso entre a fixação etária da lei brasileira do Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) – que caracteriza a adolescência entre o período dos 12 a 18 anos, e da Organização Mundial da Saúde, visto que um acordo sobre a questão incorre numa maior efetividade em desenvolvimento de políticas públicas, investigações epidemiológicas, bem como na inserção de critérios psicológicos, físicos e sociais.

Em (CARDOSO & COCCO, 2003) fica evidente que todo o impacto externo que os adolescentes vêm sofrendo com relação às diferenças sociais como a fome, desemprego, trabalho infantil, drogas, prostituição e violência tem promovido um distanciamento, contradizendo o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA) em sua garatia de inclusão e igualdade. Por isso, conforme está em JORGE, et al (2006), estudar a adolescência é tarefa complexa e dinâmica, em que há profunda necessidade de imersão numa análise histórico-social desta fase até o presente.

A precocidade da atividade sexual na adolescência e, consequentemente, a gravidez precoce, é um fato cada vez mais recorrente. BIÉ, et al, (2005) apontam que metade das gestações na adolescência ocorrem nos primeiros seis meses após a iniciação sexual, e um quinto destas ocorrem no primeiro mês do contato sexual. Dentre os motivos pelos quais as adolescentes engravidam desta forma, VIEIRA, et al. (2006), assinalam os fatores sociais, a falta de informação e de acesso a serviços específicos para a faixa etária. Sendo assim, de acordo com (BELO, SILVA, 2004), além de uma questão parte da agenda assistencial, devido ao aumento no século passado, a gravidez na adolescência tornou-se também uma questão de saúde pública.

Para a (OMS, 2006) a sexualidade na adolescência é algo importante, e que os profissionais que lidam com a questão devem estar preparados visando sempre respeitar a autonomia e liberdade desses adolescentes.

Com relação a incidência da gravidez no Brasil, a (OMS, 2006) destacou que cerca de 10% a 20% das adolescentes têm filhos antes dos 18 anos de idade. Outro dado é de que para cada 1.000 gestações nascem 71 bebês. Esses dados levam a corroborar a relevância social que a anticoncepção tem, especialmente na adolescência, devido à alta exposição à doenças e à própria gravidez precoce que estes estão sujeitos.

Em (FEBRASGO, 2001) transmitir o conhecimento sobre os métodos contraceptivos e os riscos advindos de relações sexuais desprotegidas é fundamental para que os adolescentes possam vivenciar a experiência da vida sexual de maneira adequada e saudável, assegurando a prevenção da gravidez indesejada e das DST/AIDS.

Segundo estimativa da Organização Mundial de Saúde - OMS (2006), no mundo todo, anualmente, 14 a 15 milhões de adolescentes com idade compreendida entre 15 a 19 anos tornam-se mães prematuramente. Estes nascimentos correspondem a 10% de todos os nascimentos mundiais. Destas, cerca de 30% realizam abortamento.

Conforme o Caderno Brasil (2011), no Brasil, relações sexuais antes dos 15 anos são consideradas abuso, do ponto de vista jurídico, e, portanto, a gravidez entre meninas de 10 a 14 anos é uma violação de direitos. O grupo etário de adolescentes entre 15 e 19 anos vem acompanhando o decréscimo das taxas de fecundidade dos últimos anos, ainda que os partos nessa faixa etária representem quase 20% do total. O fato preocupante, no entanto, é que as complicações relacionadas à gravidez e ao parto estão entre as principais causas de morte de meninas adolescentes de 15 a 19 anos de idade em todos os lugares do mundo, como mostra o relatório do referido caderno.

De acordo com o dados apresentados acima, confirmando a incidência, assim como a reincidência da gravidez na adolescência e algumas de suas conseqüências, torna-se necessário, a interrelação na participação tanto da área da saúde quanto da Assitência Social, visto que há uma relação direta entre a questão social e a questão da gravidez precoce. Por isso, houve um despertamento de nosso interesse pelo assunto na busca por entender suas causas e seus desdobramentos.

Embora nosso trabalho se embase em dados da área da saúde, o nosso foco é a atuação do Assistente Social na questão da gravidez na adolescência.

Para tanto, começaremos a partir da análise da Reforma Sanitária brasileira, que consistiu num movimento, resultado da 8ª Conferência Nacional de Saúde de 1986, contrário à restrição

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