Grupos E Equipes
Trabalho Escolar: Grupos E Equipes. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: mirelacristina • 6/10/2013 • 1.657 Palavras (7 Páginas) • 470 Visualizações
Grupo e Equipe nas Organizações
Com todas as mudanças organizacionais que estão ocorrendo na grande maioria das empresas, seja por programas de qualidade total, desenvolvimento organizacional, reengenharia, o certo é que está havendo uma forte tendência para o fortalecimento de grupos e de equipes de trabalho. O novo ambiente de trabalho procura privilegiar a mudança e adaptação e, principalmente o desempenho excelente. E como as empresas estão à luta para maior produtividade, qualidade total, satisfação do cliente, e com isso elas estão buscando novos e criativos meios para utilizar os grupos e equipes de pessoas como a base fundamental para a melhoria do desempenho. A grande maioria das empresas exerce seus trabalhos em grupo o que não significa trabalhar em equipe. Ambos são contextos diferentes. Algo que pode exemplificar bem é o trabalho realizado nas pequenas lavouras cujo plantio é realizado de forma manual pelos trabalhadores rurais. Um primeiro vem e ara a terra, em seguida o segundo trabalhador faz o buraco, logo atrás o terceiro trabalhador coloca a semente e quarto fecha o buraco. Suponhamos que em um determinado dia o trabalhador responsável pelo plantio da semente faltou o seu trabalho. Já estando com a terra arada o responsável por fazer o buraco executa seu trabalho de forma precisa, mas o segundo não colocou a semente por não estar presente, ai vêm o terceiro e fecha o buraco. Já podemos imaginar o resultado final deste trabalho, Nada para colher!
Este é um erro comum nas organizações por ser executado trabalho em grupo, onde cada um se preocupa unicamente com a sua tarefa e nada mais, e não em equipe. Isto pode ser causado por falta de um líder e também pelo não conhecimento da tarefa como um todo. Sendo assim conhecer o trabalho que será realizado por cada membro da equipe, estabelecer objetivos e metas comuns e, a importância do mesmo, é fundamental para o sucesso da tarefa. Conhecer o que cada um é responsável dá a capacidade de tornar a decisão de quem poderá substituir o que faltou, como no exemplo dos plantadores, ou mesmo modificar a forma da realização da tarefa de modo que a mesma não seja prejudicada.
Definição e características dos grupos.
Embora todos conhecemos grupos e pertencemos a vários deles, é mais fácil descrever um grupo que defini-lo. Uma definição que tem se mostrado adequada é a de que um grupo é um conjunto formado por duas ou mais pessoas que para atingir determinado(s) objetivo(s) necessita algum tipo de interação, durante um intervalo de tempo relativamente longo, sem o qual seria mais difícil ou impossível obter o êxito desejado. Ou dito de outro modo, um conjunto de pessoas se caracterizará mais fortemente como grupo segundo as seguintes condições:
a) Quanto menor for o número de seus membros;
b) Quanto maior for a interação entre os seus membros;
c) Quanto maior for a sua história;
d) Quanto mais perspectiva de futuro partilhado seja percebido pelos seus membros.
Como se vê, definições funcionais que pretendem apenas situar o leitor de forma que ele possa compreender o processo que se estabelece em uma relação na qual se pode dizer que existe um grupo. Talvez um contraponto sirva para clarear as idéias. Pessoas esperando um ônibus em uma parada não constituem um grupo porque o objetivo a alcançar depende unicamente de cada uma delas. Mesmo só a pessoa pode atingir seu objetivo de tomar a condução. Já amigos que se reúnem nos finais de semana para jogar futebol, pode ser considerado um grupo na medida em que necessitam um dos outros para poder se divertir. Podem até ser concorrentes em outras áreas da vida profissional, mas ali, naquele momento, formam um grupo sim. Desse modo, os grupos possuem determinadas características como serem pequenos, ou seja, as pessoas se conhecem entre si, existe uma relação face a face. Compartilham objetivos e aceitam as normas construídas pelo próprio grupo. Em relação às normas construídas pelo próprio grupo, cabe se remeter a alguns estudos sobre construção de normas sociais. Geralmente poucas contas nos dão de que partilhamos normas e ao mesmo tempo estamos contribuindo para a sua construção através dos diversos encontros que temos com nossos companheiros, familiares, cônjuges, enfim, com quem nos relacionamos socialmente.
Em duas organizações que têm mesmo objetivo, como dois colégios, duas lojas comerciais ou duas fábricas de automóveis, muitas vezes o que vai diferenciar uma da outra é a maneira como as normas grupais foram estabelecidas. Muito gerente ou administrador pensa que um roteiro de normas a serem seguidas é suficiente para fazer com que as pessoas sigam ao pé da letra tudo aquilo que ali está escrito. Este sempre é o grande sonho dos administradores mais autoritários, mais controladores. Um engano! Nem nos quartéis as normas são respeitadas ao pé da letra. Ali vige a norma de que vale não ser pego em flagrante. Isto ocorre porque os grupos têm um poder muito forte nas organizações e este poder pode ser utilizado em favor da busca do cumprimento de objetivos organizacionais ou contra esses objetivos. O administrador capaz é aquele que consegue lidar com essas normas de tal maneira que elas se orientem para a consecução dos objetivos organizacionais e não, contra. Como existe uma tensão constante nos grupos, pois as pessoas possuem diferentes cognições e valores que devem compartilhar, distintas percepções estão sempre presentes. A capacidade administrativa em lidar com as pessoas consiste fortemente em lograr a superação dessas tensões canalizando- as para objetivos grupais, que sejam concatenados com os objetivos organizacionais. Uma administração participativa implica necessariamente em saber lidar com essas diferentes percepções, e abrir canais de expressão para as forças de ação desenvolvidas no grupo, de sorte que encontrem seu lugar, liberando de forma assertiva o contraditório dentro de cada grupo ou equipe e, portanto, na organização.
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