Guerra Fiscal - SE
Pesquisas Acadêmicas: Guerra Fiscal - SE. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: edukey • 20/1/2015 • 513 Palavras (3 Páginas) • 388 Visualizações
Como os congressistas (senadores e deputados federais) não demonstram o mínimo interesse em
legislar, o Supremo Tribunal Federal (STF) assumiu o acúmulo de função e agora determinou aos
Estados o fim da guerra fiscal. A concessão de benefícios fiscais, entre os quais a isenção do ICMS,
foi o mecanismo encontrado por Estados pequenos, entre eles Sergipe, para atrair alguns
investimentos que lhe são danosos.
Ao longo dos últimos 12 anos algumas empresas que tinham bases fincadas no Sul e Sudeste do
país migraram para o Nordeste apenas com o compromisso de gerarem 200 ou 300 empregos. Os
empresários ganharam isenção do ICMS, terrenos para construir as indústrias , dinheiro de
financiamento barato (via BNB, Sudene, BNDES etc) e passaram a produzir por determinado tempo
na região.
A continuidade das empresas na região ficou vinculada à isenção fiscal. Por isso, há cada 10 anos ou
acontece a renovação da continuidade ou a empresa desmonta seu barracão e vai embora para
outras paragens que lhes garantam ganhar dinheiro fácil. Ainda assim, isso agradou bastante a
governadores que fizeram e fazem propagandas anunciando que geraram muitos empregos, ainda
que colocando em prática o ato ilegal da renúncia fiscal.
Foi contra isso que o STF se pronunciou, mais assim deixou brechas para a preservação da guerra
fiscal, desde que seja combinada. Os estados não podem conceder benefícios fiscais sem acordo
entre todas as secretarias de Fazenda. A Corte analisou 14 ações contra leis de sete Estados que
davam reduções e isenções fiscais a empresas e segmentos econômicos sem acordo prévio no
Conselho Nacional de Política Fazendária (Confaz), de acordo com o que determina a Constituição.
Para o Nordeste, a guerra fiscal é algo de bom – gera empregos – mas não lhe garante recursos
para o seu desenvolvimento. O fim desse mecanismo para atrair empreendimentos é bom. Mas é
preciso criar regras e programas que garantam ao Norte, Nordeste e Centro-Oeste o direito ao
desenvolvimento, desconcentrando os investimentos no Sul e Sudeste, como vem acontecendo ao
longo da história.
Com a guerra fiscal, Sergipe ofereceu um bom cardápio ao empresariado, do terreno ao
encaminhamento do financiamento em bancos oficiais. Isso atraiu a Brahma e a Azaleia, por
exemplo. Mas parece que o quadro foi mais benéfico para outras unidades da federação, a exemplo
do Rio de Janeiro, de
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