Gênero E Sua Influência No Desempenho Escolar

GÊNERO E SUA INFLUÊNCIA NO DESEMPENHO ESCOLAR

O conceito de gênero é amplo, e tem diferentes interpretações, entende-se que gênero antes de tudo é um conceito que refere-se a uma construção cultural, pensar em gênero é pensar na naturalização entre homens e mulheres.

Segundo a referência bibliográfica da disciplina de multiculturalismo de Antonio F. Moreira e Vera M. Candau, quando falamos em gênero na educação geralmente dois assuntos nos vem a tona, questões ligadas a sexualidade e a construção de uma grande maioria de professores de educação básica no Brasil que são mulheres. Ambos os temas são importantes, mas o debate sobre gênero vai muito além deles.

Gênero não é sinônimo de mulheres, inclui homens mulheres e também símbolos ligados pelo senso comum de feminilidade e masculinidade. Ao pensar na educação básica a diferença de gênero também se reflete no desempenho dos estudantes em sala de aula. Toda a vida Escolar de meninos e meninas é marcada pelas diferenças de comportamento e desempenho entre os dois gêneros, uma pesquisa feita em 65 países com alunos entre 15 anos mostrou que, no Brasil, os meninos se destacam em Ciên¬¬cias e Matemática e as meninas são mais eficazes em leitura.

Uma perspectiva teórica tem sido particularmente interessante para o estudo das politicas educacionais, onde a lenta democratização do sistema educacional brasileiro beneficiou de forma marcante as mulheres ao longo da segunda metade do século XX. No que se refere a adequação entre serie e idade, o atraso na escolarização é menos intenso para mulheres do que para os homens.

Existe um problema crescente de acesso e permanência nas escolas para pessoas do sexo masculino do que feminino que frequentam o Ensino Médio no Brasil, onde as altas taxas de analfabetismo se da entre homens jovens que abandonam os estudos pela necessidade econômica das famílias ou muitas vezes por uma trajetória escolar já marcada pelas dificuldades e repetências. O fato de meninos apresentarem piores resultados escolares que as meninas pode explicar em partes e indiretamente, sua maior participação no mercado de trabalho. Dados oficiais indicam que um total de 5,3 milhões de crianças e jovens entre 5 a 17 anos que trabalhavam em 2004, 3,4 milhões eram do sexo masculino, concentrados na faixa acima de 14 anos (IBGE, 2005).

Trabalhar as questões de gênero na escola envolve fatores sócios culturais onde o educador de maneira justa e correta deve colocar em prática novas metodologias para que, junto com os alunos possam ter ideias de renovação. É entender que essas relações de gêneros entre masculino e feminino podem ser modificas reconstruídas, a escola é um espaço de conhecimentos. Portanto para alcançar uma educação justa frente a educação escolar brasileira, hoje é impossível sem uma adequação apropriada do conceito de gênero.