HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E APLICAÇÃO DO DIREITO
Trabalho Escolar: HERMENÊUTICA FILOSÓFICA E APLICAÇÃO DO DIREITO. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Carlos1811 • 13/10/2014 • 784 Palavras (4 Páginas) • 416 Visualizações
O livro hermenêutica filosófica e aplicação do direito destaca a influência da hermenêutica aplicada no curso de direito no campo jurídico, tendo em vista que é utilizada para a interpretação real da ideia do autor para adapta-la a norma ao fato ocorrido, proporcionando uma responsável aplicação do Direito. O autor da obra Ricardo evidencia importância da Hermenêutica para todos os campos de atuação, ressaltando o campo jurídico, para que se obtenha um esclarecimento do Direito e sua aplicação.
A palavra hermeios de origem grega é tida como uma filosofia de interpretação, sendo associado ao deus grego Hermes, que traduzia tudo o que a mente humana não compreendia , sendo chamado de “deus-intérprete”. Na mitologia grega hermeios simbolizava um deus-mensageiro-alado tido como o descobridor da linguagem e da escrita. O deus grego Hermes era respeitado pelos demais como sendo aquele que descobriu o meio de compreensão humana no sentido de alcançar o significado das coisas e para transmiti-lo aos demais seres.
Hermenêutica é um ramo da filosofia que estuda a teoria da interpretação, que pode referir-se tanto à arte da interpretação, ou a teoria e treino de interpretação. A hermenêutica filosófica refere-se principalmente à teoria do conhecimento de Hans-Georg Gadamer como desenvolvida em sua obra "Verdade e Método" (Wahrheit und Methode), e algumas vezes a Paul Ricoeur. Consistência hermenêutica refere-se à análise de textos para explicação coerente. Uma hermenêutica (singular) refere-se a um método ou vertente de interpretação.
Hans-Georg Gadamer se volta para o trabalho de encontrar o caminho para a consciência histórica, numa apropriação da tradição que preserve para esta a força do compromisso. Gadamer vê a possibilidade de explicitar fenomenologicamente esse acontecer em três esferas da tradição: o acontecer na obra de arte, o acontecer na história e o acontecer na linguagem.
A hermenêutica que cuida dessa verdade não se submete a regras metódicas das ciências humanas, por isso ela é chamada de hermenêutica filosófica.
O caminho da hermenêutica filosófica explora na crítica da falsa auto-compreensão metodológica das ciências do espírito. O filósofo pretende salvar a substância da tradição por meio de uma apropriação hermenêutica.
É assim que a filosofia hermenêutica de Gadamer encontra na força civilizatória da tradição a autoridade de uma razão diluída do ponto de vista da história efetiva. Gadamer, portanto, não traz de volta a metafísica nem mesmo uma ontologia salvadora; o que lhe importa é mostrar como a razão deve ser recuperada na historicidade do sentido, e essa tarefa se constitui na auto-compreensão que o ser humano alcança como participante e intérprete da tradição histórica.
Não pretende Gadamer menosprezar a discussão metodológica no âmbito doutrinário hermenêutico, mas enfatizar que existe verdade para além do método, afinal, muito antes da ciência se preocupar com a hermenêutica o homem já interpretava mensagens: “Nós antes compreendemos, responde a hermenêutica, porque alguma coisa oriunda de uma tradição a que pertencemos – por solta que seja essa ligação – é capaz de dirigir-se a nós.”
Segundo Gadamer, a hermenêutica é um campo da filosofia que, além de apresentar um foco epistemológico,
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