HOMEM CORDIAL
Tese: HOMEM CORDIAL. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: Fabianapaz • 23/4/2014 • Tese • 1.869 Palavras (8 Páginas) • 546 Visualizações
O HOMEM CORDIAL
O Capítulo V sobre o "homem cordial" aborda características que nos são próprias. O "homem Cordial" apresenta inicialmente uma oposição entre o círculo familiar e o Estado, um jogo de relações diferentes. Encontram-se presente os dois princípios de Sófocles: Creonte encontra a nação abastra, impessoal da cidade em luta contra essa realidade concreta e tangível que é a família, e Antígona contra as ordenações do Estado, atrai sobre si a cólera do irmão, que não age em nome de sua vontade pessoal, mas da suposta vontade geral dos cidadãos, da pátria. Nessa relação observa claramente um verdadeiro conflito, que se encontra presente ate hoje, de família e Estado.
O resgate de uma Educação familiar dotada de limitações e valores tende cada vez mais, a separar o individuo da comunidade doméstica, de libertar-los por assim dizer das "virtudes" familiares, sendo um dos princípios básicos da velha Educação a obediência que é dotada de regras e opiniões. Essas limitações e padrões familiares são impostos desde muito cedo pelo circulo doméstico. A criança era forçada a ajustarem-se, aos interesses, atividades, valores, sentimentos, atitudes, crenças adquiridas no convívio familiar. E a oposição à família que ditava valores passa com a exigência de uma Sociedade de homens livres e de inclinação cada vez mais igualitária.
Em nosso País o tipo primitivo da família patriarcal, e o desenvolvimento da urbanização, criaram um "desequilíbrio Social", cujos efeitos mantêm-se vivos ate hoje. Devidos a Max Weber a fim de elucidar o problema e dar um fundamento sociológico a caracterização do "homem Cordial", conceitua de "Patrimonialismo" e "Burocracia", fazendo uma relação aos interesses objetivos e as capacidades próprias que são inerentes a esse "homem cordial".
Max Weber ressalta a separação do funcionário "patrimonial" e do "burocrata". O funcionário patrimonial encontra-se ligado aos interesses pessoais e o burocrata aos interesses objetivos, mas salienta que para exercer funções publicas, o homem faz de acordo com as confianças pessoais e não com suas capacidades próprias. O funcionário patrimonial pode com a progressiva divisão das funções e com a racionalização, adquirir traços burocráticos. Mas em sua essência ele é tanto mais diferente do burocrático.
O "homem cordial" não pressupõe bondade, mas somente o predomínio dos comportamentos de aparência afetiva, inclusive suas manifestações externas, não necessariamente sinceras nem profundas. A Cordialidade é um traço definido brasileiro, mas encontra-se em expressões de fundo emotivo, carregado por manifestações de um "homem cordial" e estas por sua vez são espontâneas, porém uma cordialidade "mascarada", onde o individuo consegue manter uma posição ante o social.
A vida em Sociedade no "homem cordial" é antes um viver nos outros, de certo modo, uma libertação da agústia que sente em viver consigo mesmo. Dentro dessa visão Nietzsche enfatiza que "Vosso mau amor de vós mesmos vos faz do isolamento um cativeiro".
Por fim, o capitulo faz uma exaltação dos valores cordiais. Que no domínio da lingüística o modo de ser dos brasileiros empregam as terminações em "inho", os chamados diminutivos. E o caráter intimista e popularista do brasileiro com aversão a religião e a devoção que é explicável porque no ambiente que vivemos não é comum a reação de defesa, o brasileiro recebeu o peso das " relações de simpatia", que dificulta a incorporação normal a outros agrupamentos. Por isso não acha agradáveis às relações impessoais características do Estado, procurando reduzi-las ao padrão pessoal e afetivo
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Menina Loas
Menina Loas
A Menina LOAS1
Aldaíza Sposati2
Brasília, 7 de dezembro de 2003
Hoje é dia de aniversário de uma menina. Faz 10 anos. É uma pré-adolescente brasileira, que, como outras tantas, têm sonhos, quiçá de ser top model, mas vive em uma periferia, relegada pelas irmãs, a saúde e a previdência, que relutam em reconhecer seu vínculo consangüíneo pelo mesmo pai: a seguridade social. A legalidade da relação Estado-Mercado-Sociedade para o alargamento de um pacto social, que poderia gerar o dever público para essa família da seguridade é questionada nos salões de festas de grandes empresários, banqueiros e políticos. Só o povo que – nos forrós nos pagodes, nos grupos de hip hop, nas festas do bairro e do dia de santo – diz que é preciso que a seguridade social seja relação de compromisso e casamento duradouro. A menina LOAS convive com esses dois lados.
Creio que podemos discorrer soltos, a falar da menina LOAS: do lugar onde vive; dos seus sonhos; da sua situação financeira; dos seus padrinhos estrangeiros e dos brasileiros, daqueles que querem que ela se porte de um jeito que não é o dela; dos que a rejeitam; dos que a aceitam e acham até, que ela tem um futuro promissor, entre outras várias conversas.
É possível que a analogia entre os 10 anos da LOAS e os 10 anos de uma adolescente brasileira: dos seringais da Amazônia, dos morros do Rio, das praças de Salvador, das periferias ou mesmo, do centro de São Paulo, dos pampas ou de Porto Alegre, tenham semelhanças pelas próprias determinações sócios, econômicas, políticas, históricas de nossa sociedade brasileira.
Mas o fato é que ambas, hoje, são aniversariantes e merecem todo o respeito em ser ouvidas, entendidas, apoiadas, protegidas, incentivadas em seus projetos pessoais e sociais.
Ambas são portadores potenciais de direitos, seres de direitos, que facilmente são negados, direta ou indiretamente, por instituições, por agentes institucionais, por técnicos, por autoridades, pela família, pelos companheiros....
Título: Vida nas Ruas
Quem são e o que pensam as crianças e adolescentes que vivem em situação de rua na cidade do Rio de Janeiro? Quais são seus anseios, suas dúvidas, suas estratégias de sobrevivência? O que os leva para a rua e o que os faz sair dela? Essas
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