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HOSPITAL DE OLHOS ARAVIND, MADURAI, ÍNDIA: A SERVIÇO DA VISÃO

Por:   •  9/5/2017  •  Resenha  •  796 Palavras (4 Páginas)  •  743 Visualizações

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM GESTÃO DE SAÚDE E ADMINISTRAÇÃO HOSPITALAR

Fichamento de Estudo de Caso

HOSPITAL DE OLHOS ARAVIND, MADURAI, ÍNDIA: A SERVIÇO DA VISÃO

MANAUS/AMAZONAS

2017

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UNIVERSIDADE ESTÁCIO DE SÁ

MBA EM DOCÊNCIA E GESTÃO DO ENSINO SUPERIOR

JÚLIO DOS SANTOS CUNHA

Trabalho apresentado à Universidade Estácio de Sá, para obtenção de nota parcial da disciplina Modelos de Gestão Contemporânea, sob a orientação da Tutor: André de Jesus Menezes.

MANAUS/AMAZONAS

2017

Hospital de Olhos Aravind, Madurai, Índia: a serviço da visão

RANGA, V. Kasturi. Havard Business School. 13 de maio de 2009

O Hospital de Olhos Aravind foi inaugurado em 1976, com 26 leitos, e realizava todos os tipos de cirurgia ocular. Seu objetivo era oferecer cuidados oftalmológicos de qualidade por preços razoáveis. Um anexo foi inaugurado em 1977, para acomodar paciente convalescente após a cirurgia. Só em 1978 um hospital gratuito de 70 leito foi inaugurado para fornecer cuidados oculares sem custos aos pobres.

Um hospital central (para pacientes pagantes), iniciado em 1977 e finalizado em 1981, tinha 250 leitos. Em 1884, foi aberto um novo hospital gratuito, com 350 leitos.

Até 1989, todos os pacientes do Hospital Gratuito eram trazidos dos mutirões de olhos. Os mutirões de olhos eram eventos patrocinados para os quais empresários locais ou organizações de serviço social mobilizavam recursos para informar ao publico local, num raio de 40 a 80 km sobre o próximo mutirão de exames. Em 1990, o Aravind abriu seu hospital gratuito para pacientes interessados que fossem a ele por conta própria. A equipe do Aravind examinava pacientes no mutirão, e os selecionados para selecionados para a cirurgia eram transportados  de ônibus na mesma tarde para o Hospital Gratuito de Madurai.

Conforme o Hospital de Olhos de Aravind crescia de 20 para 600 leitos, muitos parentes do Dr. V. passaram a apoiar seus ideais. Seu irmão G. Srinivasan, um empreiteiro da construção civil, construiu todos os prédios dos hospitais a preço de custo e depois se tornou diretor financeiro do hospital. Um sobrinho, R.D. Thulasiraj (Thulasi), largou o cargo de gerência no setor privado para ser o administrador do hospital. Por insistência do Dr. V., Thulasi estudou gestão de saúde pública na Universidade do Michigan antes de assumir funções administrativas no Aravind. Treze oftalmologistas da equipe do hospital eram parentes do Dr. V. Para fornecer capacitação contínua à equipe oftalmológica, o Aravind desenvolvia pesquisas e treinamentos com o Hospital St. Vicent, da cidade de Nova York e com a clínica de olhos e orelhas de Universidade de Illinois, em Chicago; ambas as instituições também enviavam seus oftalmologistas para fazer residência no Aravind. O hospital também ainda envolvido ativamente no treinamento de oftalmologistas responsáveis por administrar projetos de prevenção da cegueira em outras partes da Ásia e da África.

Até 1988, além dos 600 leitos em Madurai, um hospital com 400 leitos foi construído em Tirunelveli, além de um hospital de 100 leitos em Theni. Havia planos para construir um hospital de 400 leitos em Coimbatore. Coimbatore, assim como Madurai, era o centro de seu distrito e era maior do que Madurai em população e negócios.

Com tanto crescimento, em 1991, o Aravind deu o passo de estabelecer um fabricante de lentes intraoculares (LIO’s). As LIO’s, parte da cirurgia ECCE, eram importadas dos EUA e custavam cerca de US$ 30 cada uma. Com um custo de R$8 milhões em 1991, o Aravind decidiu uma moderna fábrica de LIO’s. Chamada de Euro Lab, podia produzir até 60.000LIO’s por ano. Inicialmente, a produzia cerca de  50% sem defeitos, e a qualidade era equivalente à das importadas. O Sr. Balakrishnan, um parente com vasta experiência em engenharia e doutorado nos Estados Unidos, havia retornado para gerenciar o Euro Lab.

Localizado a um quarteirão do Hospital Gratuito, o Hospital Central funcionava de forma bastante independente. O Ambulatório do Hospital Gratuito não era tão organizado quanto o do Hospital Central. Havia um abrigo temporário na entrada, onde os pacientes esperavam para se registrar. Quase todas as cirurgias no Hospital Gratuito eram do tipo intracapsular (ICCE). O procedimento extracapsular (ECCE) com LIO só era realizado quando havia razões medicas contra a cirurgia intracapsular.

Nos primeiro anos do Aravind, os pacientes que iam aos mutirões eram examinados, e os que precisavam de cirurgia eram aconselhados adequadamente, embora a cirurgia fosse gratuita, o paciente tinha que ir ao Aravind por conta própria. Os organizadores do mutirão do Aravind, assim como os idosos da comunidade local, tranquilizavam e explicavam aos pacientes a importância da cirurgia e outras questões logísticas envolvidas.

A organização do Aravind incluía uma equipe de 10 organizadores de mutirões. Os organizadores de mutirão eram responsáveis por trabalhar com os patrocinadores do evento ajudando-os e guiando-os com instruções para colocação de publicidade, logística e preparo das instalações físicas para o mutirão. Os organizadores eram divididos por distritos e viajavam muito dentro do seus respectivos territórios.

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