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Hamas X Israel

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Por:   •  3/8/2014  •  661 Palavras (3 Páginas)  •  176 Visualizações

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Reinaldo Azevedo

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01/08/2014 às 15:32

Israel X Hamas: A lógica do terror não distingue instalações civis e humanitárias de aparelhos de guerra

Quatro horas! Foi o tempo que durou o cessar-fogo de três dias entre as forças de Israel e as do Hamas, anunciado ontem por Ban Ki-moon, secretário-geral da ONU, e John Kerry, secretário de Estado dos Estados Unidos. Quem violou o acordo? O Hamas. Um destacamento de soldados israelenses foi atacado quando destruía um dos túneis construídos pelo grupo terrorista, atividade permitida nos termos estabelecidos pelo cessar-fogo. Um homem-bomba chegou a ser usado no ataque. Um soldado israelense de 23 anos, Hadar Goldin, foi sequestrado. Na retomada da reação aos ataques do Hamas, Israel bombardeou a cidade de Rafah, e pelos menos 35 pessoas morreram. Como sempre, os extremistas palestinos dizem que eram todos civis.

Eis aí a lógica e a moral do terror. Desde o começo da operação “Margem Protetora”, o Hamas vem se negando sistematicamente a concordar com uma trégua. Violou mesmo uma — humanitária, creiam — para a retirada de feridos. Na minha coluna de hoje, na Folha, aponto a delinquência intelectual e moral dos que ignoram o conteúdo do Estatuto do Hamas e tratam um grupo terrorista como se fosse mera organização de resistência. Lá está escrito, entre outras barbaridades: “A hora do julgamento não chegará até que os muçulmanos combatam os judeus e terminem por matá-los. E mesmo que os judeus se abriguem por detrás de árvores e pedras, cada árvore e cada pedra gritará: ‘Oh! Muçulmanos, Oh! Servos de Alá, há um judeu por detrás de mim, venham e matem-o”.

Torno público o conteúdo de um e-mail, de autoria de um médico que trabalha em Israel, que chegou a este jornalista. Prestem atenção:

“Não creio que os jornais brasileiros descrevam com detalhes o que se passa em Gaza. Das muitas histórias, quero descrever com pormenores um episódio instrutivo: terminou muito mal, mas podia ter terminado muito pior.

Um grupo de soldados precisava entrar num ambulatório-enfermaria da UNRWA — United Nations Relief and Works Agency for Palestinian Refugees. NOTA DO REDATOR: é a “Agência das Nações Unidas para a Ajuda aos Refugiados Palestinos”, que atua, é bom que saibam, em parceria com o Hamas. E não é de hoje. Sigo com o e-mail.

De acordo com as instruções, antes de entrar, mandaram um robô, pois o prédio poderia estar minado. O robô não mostrou nenhum sinal de explosivos. Aí os soldados mandaram um cachorro especialmente treinado para farejar pólvora e explosivos. Também não detectou nada. Aí os soldados entraram, e o prédio explodiu. As paredes desmoronaram. Por um verdadeiro milagre, “somente” 5 soldados morreram mas muitos, mais de duas dezenas, ficaram feridos, muitos deles gravemente. A investigação do Exército revelou do que se tratava: quando as Nações Unidas contrataram uma firma local para construir a enfermaria,

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