Hegemonia Dos Eua
Trabalho Universitário: Hegemonia Dos Eua. Pesquise 862.000+ trabalhos acadêmicosPor: joaotonioli • 21/4/2014 • 2.686 Palavras (11 Páginas) • 347 Visualizações
A Hegemonia Americana no Pós-Guerra Fria: Continuid
ade ou Declínio?
1
The American Hegemony in the Post-Cold War: Continu
ity or Decline?
Deijenane Gomes dos Santos
2
RESUMO
O presente trabalho analisou as ideias sobre a longe
vidade e o possível declínio dos EUA
como império no pós-Guerra Fria. A partir desta aná
lise, foi possível entender que, apesar
de grandes reveses sofridos pelos EUA tanto no camp
o econômico, quanto estratégico militar,
um possível declínio total do império americano não
se apresenta como uma realidade
iminente.
Palavras-chave
:
EUA; império; declínio
.
ABSTRACT
This study analyzed the ideas about the longevity and
the possible decline of the US as an
empire in the post -Cold War context. From this analy
sis, it was possible to understand that,
besides the some setbacks experienced by the US both e
conomically and militarily the total
decline of the American empire doesn’t present itsel
f as an imminent reality.
Key-words:
US; empire; decline
Hegemonia americana no pós-Guerra Fria
Com o fim da Guerra Fria, entrava em cena um mundo
moldado por uma única
potência hegemônica, os EUA. Este novo momento nas
Relações Internacionais seria
marcado pela forte presença militar americana e por
redefinições estratégicas no que
concerne à dominação de regiões importantes do glob
o, como o Oriente Médio e a Ásia.
A economia americana também era um pilar do poderio
dos EUA logo após o fim
da Guerra Fria. Nos anos Clinton, por exemplo, houv
e um crescimento histórico e os
americanos desfrutavam das benesses promovidas por
uma economia aparentemente
1
Artigo recebido em 28 de agosto de 2013 e aprovado
para publicação em 10 de outubro de 2013.
2
Mestranda em Ciência Política, UFPE, Recife, Brasi
l.
104
Conjuntura Global, Curitiba, Vol. 2, n.3, jul./set.
, 2013, p. 103-111
vibrante, além de levantarem a bandeira do mercado
livre aos quatro cantos do mundo.
Mas este crescimento foi contraditório, uma vez que
no pós-Guerra Fria, os EUA se
tornaram o grande devedor mundial e só poderiam ser
vistos como bem-sucedidos
economicamente, de fato, na esfera financeira, haja
vista a dominação americana neste
campo, exemplificada pelo poder do dólar nas transa
ções econômicas pelo mundo, e pela
dominância de Wall Street no sistema financeiro mun
dial (MANN, 2006). Além dos
aspectos militar e econômico, há ainda o chamado
soft power
, termo cunhado por Joseph
Nye, que juntos formam a tríade que sustenta os EUA
como potência hegemônica desde o
fim da Guerra Fria até os dias que correm (KEOHANE;
KATZENSTEIN,
2005)
. Com exceção
dos fiascos diplomáticos das guerras civis na Bósni
a (1992) e na Somália (1993), do
genocídio em Ruanda (1994) e do escândalo sexual do
presidente Clinton, os EUA
passaram pela década de 1990 praticamente incólumes
do ponto de vista de uma possível
ameaça ao seu prestígio como o grande xerife do mun
do.
O conceito de hegemonia
A posição hegemônica dos EUA, termo aplicado aqui s
egundo a definição feita por
autores como Kindleberger, Amin e Fiori, tem sido c
ontroversa no meio acadêmico. Para
Gramsci, hegemonia seria a dominação que alguns gru
pos exerciam sobre outros
agrupamentos por meio da construção de um consenso
político-ideológico, que
incorporaria tanto os grupos dominantes quanto os d
ominados. Gramsci afirma que os
grupos subordinados não se submeteriam
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