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Hegemonia Dos Eua

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Por:   •  21/4/2014  •  2.686 Palavras (11 Páginas)  •  353 Visualizações

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A Hegemonia Americana no Pós-Guerra Fria: Continuid

ade ou Declínio?

1

The American Hegemony in the Post-Cold War: Continu

ity or Decline?

Deijenane Gomes dos Santos

2

RESUMO

O presente trabalho analisou as ideias sobre a longe

vidade e o possível declínio dos EUA

como império no pós-Guerra Fria. A partir desta aná

lise, foi possível entender que, apesar

de grandes reveses sofridos pelos EUA tanto no camp

o econômico, quanto estratégico militar,

um possível declínio total do império americano não

se apresenta como uma realidade

iminente.

Palavras-chave

:

EUA; império; declínio

.

ABSTRACT

This study analyzed the ideas about the longevity and

the possible decline of the US as an

empire in the post -Cold War context. From this analy

sis, it was possible to understand that,

besides the some setbacks experienced by the US both e

conomically and militarily the total

decline of the American empire doesn’t present itsel

f as an imminent reality.

Key-words:

US; empire; decline

Hegemonia americana no pós-Guerra Fria

Com o fim da Guerra Fria, entrava em cena um mundo

moldado por uma única

potência hegemônica, os EUA. Este novo momento nas

Relações Internacionais seria

marcado pela forte presença militar americana e por

redefinições estratégicas no que

concerne à dominação de regiões importantes do glob

o, como o Oriente Médio e a Ásia.

A economia americana também era um pilar do poderio

dos EUA logo após o fim

da Guerra Fria. Nos anos Clinton, por exemplo, houv

e um crescimento histórico e os

americanos desfrutavam das benesses promovidas por

uma economia aparentemente

1

Artigo recebido em 28 de agosto de 2013 e aprovado

para publicação em 10 de outubro de 2013.

2

Mestranda em Ciência Política, UFPE, Recife, Brasi

l.

104

Conjuntura Global, Curitiba, Vol. 2, n.3, jul./set.

, 2013, p. 103-111

vibrante, além de levantarem a bandeira do mercado

livre aos quatro cantos do mundo.

Mas este crescimento foi contraditório, uma vez que

no pós-Guerra Fria, os EUA se

tornaram o grande devedor mundial e só poderiam ser

vistos como bem-sucedidos

economicamente, de fato, na esfera financeira, haja

vista a dominação americana neste

campo, exemplificada pelo poder do dólar nas transa

ções econômicas pelo mundo, e pela

dominância de Wall Street no sistema financeiro mun

dial (MANN, 2006). Além dos

aspectos militar e econômico, há ainda o chamado

soft power

, termo cunhado por Joseph

Nye, que juntos formam a tríade que sustenta os EUA

como potência hegemônica desde o

fim da Guerra Fria até os dias que correm (KEOHANE;

KATZENSTEIN,

2005)

. Com exceção

dos fiascos diplomáticos das guerras civis na Bósni

a (1992) e na Somália (1993), do

genocídio em Ruanda (1994) e do escândalo sexual do

presidente Clinton, os EUA

passaram pela década de 1990 praticamente incólumes

do ponto de vista de uma possível

ameaça ao seu prestígio como o grande xerife do mun

do.

O conceito de hegemonia

A posição hegemônica dos EUA, termo aplicado aqui s

egundo a definição feita por

autores como Kindleberger, Amin e Fiori, tem sido c

ontroversa no meio acadêmico. Para

Gramsci, hegemonia seria a dominação que alguns gru

pos exerciam sobre outros

agrupamentos por meio da construção de um consenso

político-ideológico, que

incorporaria tanto os grupos dominantes quanto os d

ominados. Gramsci afirma que os

grupos subordinados não se submeteriam

...

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