História da Indumentária e da Moda
Por: liyoru • 20/5/2018 • Resenha • 936 Palavras (4 Páginas) • 109 Visualizações
O século XVII foi um período de enorme influência francesa na Europa. Luís XIV estava em
seu auge, seu governo havia tornado a França uma superpotência e praticamente a Europa inteira se
baseava em seus costumes e definições culturais e artísticas. Toda a glória francesa não aconteceu
por acaso: A Europa passava por um enorme caos, estando dividida entre protestantes e católicos.
Muitos países importantes estavam em
as principais capitais da Europa e dando lugar a um novo sistema político, um sistema democrático
cuja precursora foi a chamada Declaração de Direitos, que visava limitar os poderes dos soberanos
para com os parlamentares e o povo. No geral, as pessoas passaram a dar mais importância à ciência
e menos às superstições, dando lugar a grandes pensadores como Galileu Galilei e Isaac Newton.
A liberdade feminina estava em evolução. A vida política e comercial das mulheres era
quase nula, porém, já haviam certas liberdades antes inexistentes, como por exemplo os salões:
local onde mulheres se reuniam para falar sobre assuntos diversos. O preconceito e a desigualdade
de gênero ainda eram altos. A mulher era considerada um ser inferior, feito para criar os filhos e
satisfazer o homem. Se trabalhavam, ganhavam menos que o sexo oposto. No ramo intelectual, já
haviam estudos considerando que a alma não possuiria gênero, e por isso uma mulher poderia ser
educada como um homem para assim diminuir seus “vícios femininos”.
A indumentária do período estava sendo deixada para trás pela moda e sua rapidez. A
burguesia, agora com dinheiro e condições de conseguir uma vestimenta mais elaborada, procurava
sempre imitar as classes mais altas. Estas, ofendidas, se viam com uma única opção: Mudar. Os
trajes com o tempo refletiram o movimento barroco, com vestimentas confortáveis, leves e com
movimento, além de silhuetas mais naturais.
A moda francesa dominava a Europa a partir de 1650. A França buscava ser a principal
produtora de mercadorias de luxo do mundo. Materiais como a renda deixaram de ser importados
para serem fabricados no próprio território francês. A economia recebeu um novo sistema, onde as
exportações eram valorizadas e as importações evitadas. Os jornais franceses passaram a informar
também sobre moda, e a leitura era feita por toda a Europa. Manequins ajudavam a exibir a moda
francesa aos outros países, sendo expostos aos monarcas e normalmente imitando os estilos
utilizados na corte de Luís XIV. Outra novidade da época foi a introdução da sazonalidade, fazendo
com que roupas de inverno possuíssem tecidos mais quentes e confortáveis, enquanto as de verão
fossem feitas com tecidos mais leves.
Avanços científicos no período também tiveram influência na moda, principalmente no
vestuário feminino: A descoberta da circulação sanguínea, por exemplo, acabou com o uso do
espartilho apertadíssimo. Foram várias as mudanças no vestido feminino, dentre elas as mangas
mais curtas, as amarrações mais frouxas, o espartilho mais curto e a diminuição dos exageros. Tudo
não apenas pela moda e gostos que estavam a mudar, mas também pelo conforto e bem-estar. Em
1670, surgiu um substituto casual para os vestidos, mais confortável e leve: O robe de chambre.
As vestimentas masculinas no início do século XVII não continham muito glamour. Tecidos
delicados e cortes retos davam a impressão de simplicidade, porém com elegância. Foi com a
ascensão de Luís XIV que isso começou a mudar: A moda, antes simples, agora era extravagante em
demasia. O homem mais bem vestido da Europa -como era conhecido Luís XIV- influenciava
nobres em todos os países europeus. Não haviam limites para a extravagância, e tudo isso tinha um
custo altíssimo a quem aproveitasse destes luxos. Tentando impedir o grande gasto de prata e ouro,
foram
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