Historia

METODOLOGIA DO ENSINO DE HISTÓRIA Aula 1 e 2

Metodologia do Ensino da História: problematizar a constituição da disciplina, o campo de estudo e os conteúdos que serão abordados ao longo do semestre.

Metodologia: estudo sistemático, observação de práticas científicas, conjunto de métodos e técnicas.

Ensino: arte de ensinar e transmitir conhecimento.

História: estuda o passado, conhecer a humanidade e as sociedades humanas.

A História insere o aluno na sua identidade, no local e no cotidiano, estabelecendo uma relação entre presente, passado de futuro.

A História esteve no currículo desde o século XIX com um longo processo para sua institucionalização.

Transposição didática: é o conhecimento instituído pelas universidades, levado à escola, para os alunos, adaptando a linguagem.

Em pleno século XXI, o governo de São Paulo retira de seu currículo oficial dos 1º, 2º e 3º anos, as disciplinas de História, Geografia e Ciências, ficando em suas estruturas curriculares apenas a língua portuguesa e a matemática, reintegrando a partir da 4ª série.

O curso, está organizado na seguinte estrutura:

História do Ensino de história.

Metodologias de pesquisa e ensino em História.

História positivista, História marxista e nova História.

Principais conceitos para o entendimento e a apreensão da História: fato, tempo e sujeito histórico.

Os Parâmetros Curriculares Nacionais de História.

Conteúdos para o Ensino de História no primeiro ciclo.

O tempo no ensino de História.

O trabalho com documentos no ensino de História.

Conteúdos de História para o segundo ciclo.

O livro didático e o ensino de História.

Museus como espaço de memória e História.

A música no ensino de História.

Imagens no ensino de História.

Avaliação de História para o ensino fundamental I.

A importância da formação do professor para o desenvolvimento dos conteúdos curriculares da disciplina História.

Aula 03: Metodologias de pesquisa e ensino em História

Pode ter pensado que ensinar história é fácil, porque ela não muda!

O ensino de história deve estar baseado na história científica.

O ensino de história está associado a determinadas abordagens e a essas abordagens do passado correspondem certas metodologias de pesquisa em história.

A ciência histórica nasceu no século XIX. Aquele século, considerado o “século da ciência”.

A Sociologia, a História e a Antropologia, estiveram marcadas pela ideia de progresso.

O conceito de progresso marcaria profundamente o positivismo ou a filosofia positivista.

Nessa visão, o cientista é o observador que pode chegar ao conhecimento objetivo e total da realidade.

Sem documentos não há história. Assim estabeleceu os alicerces da história científica

Questiona-se sobre os agentes da história, os seus sujeitos: quem faz a história?

Em 1929, os historiadores da revista dos Annales questionaram, essa abordagem tradicional da história.

Esse movimento ficou conhecido por Nova História, com influências da história positivista nos livros didáticos e sala de aula, na medida em que o professor continua exaltando os mesmos heróis de sempre na nossa história. Eles são, frequentemente, a expressão da história dos grandes homens e seus grandes feitos.

Aula 04: Principais conceitos para o entendimento e a apreensão da história

Objetivo: Problematizar os conceitos de: fato histórico, tempo e sujeito histórico.

No campo da História, o conceito de “tempo histórico” é fundamental.

Saber história não é decorar datas e nomes, mas conhecer tempos históricos, mudanças, permanências, procurando relacionar o passado a partir do presente.

Como exemplos, poderíamos dizer que estamos vivendo uma “Era da Internet” ou “Era das Redes Sociais”. A partir dessa constatação, poderíamos refletir: como era a comunicação no passado?

No ensino de história, especialmente, nos anos iniciais do ensino fundamental, pode ser feito um trabalho progressivo de percepção do tempo.

Enfim, as possibilidades de aulas, exercícios e atividades para a formação do conceito de tempo histórico são variadas.

O conceito de fato histórico constitui uma visão da história e, principalmente, do conhecimento histórico, que poderíamos dizer realista e crítico.

Os alunos não devem crer no professor, mas este deve apresentar a história a partir de provas e vestígios materiais.

Formar a noção da História como fatos dos quais se têm indícios e provas materiais, favorece a diferenciação entre os mitos e a história. O exemplo famoso é o da obra do pintor Pedro Américo sobre o 7 de setembro.

Neste caso, é de especial importância a apreensão por parte de crianças o conceito de fato histórico. Um aluno poderia questionar: “Professor, foi assim mesmo que aconteceu?”.

Talvez uma das maiores ambições da história seja, exatamente, a formação de verdadeiros sujeitos históricos.

É por isso que formar adequadamente o conceito de sujeito histórico é crucial no ensino de história.*

AULA 05: IDEOLOGIA E MEMÓRIA NO ENSINO DE HISTÓRIA

A história tem a ver com as lembranças do passado ou com a memória, mas à memória social.

A memória social se liga a uma visão sobre o passado. Ela é uma elaboração do passado.

A questão se torna problemática porque quase sempre a visão sobre o passado fornecida pela memória social constitui uma versão da história.

Ela representa a predominância da memória que exalta indivíduos e ídolos individuais, desprezando classes e movimentos sociais.

A memória é sempre seletiva e representa a forma pela qual uma sociedade se relaciona com seu passado.

O conhecimento do passado tem que se basear em pesquisa científica. E, à medida que a pesquisa avança, novas descobertas surgem.

A memória social, portanto, é uma representação do passado, não sendo, necessariamente, idêntica ao conhecimento histórico. Muitas vezes, o conhecimento histórico contradiz a memória A memória se reaviva e toma corpo, graças a um conjunto de artifícios e estratégias que, permanentemente, fazem lembrar o que a memória individual, biológica, poderia esquecer.

As atividades de visita a museus e outros espaços da memória social devem, por isso, ser devidamente planejadas pelo professor de forma criteriosa.