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Historia Da Educação

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Por:   •  23/4/2014  •  2.300 Palavras (10 Páginas)  •  470 Visualizações

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A preservação da memória histórica, a reconstituição do passado e o relato dos acontecimentos não são sempre idênticos em todos os tempos e em todos os lugares.

Somos seres históricos, já que nossas ações e pensamentos mudam a todo instante, à medida que enfrentamos os problemas não só da vida pessoal, como também da experiência coletiva. Cada geração assimila a herança cultural dos antepassados e estabelece projetos de mudança. Pensar o passado, porém, não é um exercício de saudosismo, curiosidade ou erudição: o passado não está morto, porque nele se fundam as raízes do presente.

Com a história da educação construímos interpretações sobre maneiras pelas quais os povos transmitem sua cultura e criam as instituições escolares e as teorias que as orientam. Se formos ser histórico nada escapa à dimensão do tempo. No entanto, a concepção de historicidade não foi à mesma ao longo da história, já que ela resulta da necessidade de reconstituiremos o passado, relatando os acontecimentos que decorrem da ação transformadora dos indivíduos no tempo, por meio da seleção dos fatos. A preservação da memória, porém, não foi idêntica ao longo do tempo, tendo variado também conforme a cultura.

No século XVII, o estudo da história tomou nova configuração, consolidada no Iluminismo do século XVIII, período marcado pela ruptura com a tradição aristocrática do Antigo Regime, levada a efeito pelas revoluções burguesas. Os valores do feudalismo foram substituídos aos poucos pelo impacto da revolução industrial, em que a ciência e técnica provocaram alterações no ambiente humano. Os historiadores não mais se orientavam pelo passado como um modelo a seguir, mas desenvolveu a noção de processo, de progresso, concepção essa que aparece na corrente positivista, iniciada por Augusto Comte, fundador da sociologia. Impregnado pela idéia de progresso, para ele o espírito humano teria passado por estados históricos diferentes e sucessivos até chegar ao estado positivo.

A visão cientificista do positivismo reduz de certa forma as ciências humanas ao modelo do método das ciências da natureza, introduzimos nelas a noção de determinismo. A corrente positivista inspirou os historiadores do final do século XIX e do inicio do século XX. Ainda no século XIX, outros pensadores inovaram a noção de historia. Para Hegel a história não é a simples Acumulação e justaposição de fatos acontecidos no tempo, mas resulta de um processo cujo motor interno é a contradição dialética. Esse movimento da história ocorre em três etapas, tese, antítese e síntese, a tese é a afirmação, a antítese é a negação da tese, e a síntese é a superação da contradição entre tese e antítese.

A partir de 1929 começou o movimento conhecido com Escolas dos Anais, do qual participavam diversas gerações de historiadores que buscavam o intercâmbio da história com diversas ciências sociais e psicológicas, ampliando a pesquisa histórica. Nas décadas de 1980 e 1990, com o pós-modernismo, alguns pensadores criticaram os métodos anteriores.

A história da educação não se trata apenas de uma disciplina, estudar a educação e suas teorias no contexto histórico em que surgiram, para observar a concomitância entre as suas crises e as do sistema social, as questões de educação são engendradas nas relações que se estabelecem entre as pessoas nos diversos segmentos da comunidade. A educação não é um fenômeno neutro, mas sofre os efeitos do jogo do poder, por estar de fato envolvido na política.

Uma das dificuldades no Brasil deve-se ao fato de serem recentes entre nós os cursos específicos de educação. As escolas normais (de magistério) criadas no século XIX tinham baixíssima freqüência, e o ensino de história da edu8cação não constavam no currículo. Naqueles cursos, a atenção maior estava centrada nas matérias de cultura geral, apenas a partir das reformas de 1930 a disciplina de história da educação passou a fazer parte do currículo dos cursos de magistério. Durante muito tempo, a disciplina de história da educação esteve ligada à filosofia da educação nos cursos de nível secundário e superior (magistério e pedagogia). Nas décadas de 1930 e 1940, com a implantação das universidades, foram criadas faculdades de educação.

O período da ditadura militar foi danoso para a educação brasileira, com o fechamento das escolas experimentais e centros de pesquisas e a formação de grupos com forte orientação ideológica que preparam as leis das reformas do ensino superior em 1968 e a do curso secundário profissionalizante em 1971. A reforma universitária, no entanto trouxe o beneficio da criação dos cursos dos cursos de pós-graduação e a conseqüente fermentação intelectual que resultou em inúmeras teses, além disso, os educadores foram estimulados a se aglutinarem em centros e associações de pesquisa, seja nas universidades, sejam pela iniciativa particular. A ampliação das discussões de temas educacionais com a criação de centros regionais e congressos nacionais resultaram em incremento da produção cientifica, sobre tudo durante as décadas de 1980 e 1990.

A origem da educação escolar no Brasil – a ação dos jesuítas como parte do movimento da contra reforma contra reforma católica.

O processo de reformas religiosas teve início no século XVI. A Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade. A burguesia comercial, em plena expansão no século XVI, estava cada vez mais inconformada, pois o lucro e os juros eram vistos como práticas condenáveis pelos religiosos enquanto a igreja arrecadava dinheiro para a construção da basílica de São Pedro em Roma, “vendendo perdão”. Grande parte do clero desrespeitava as regras religiosas. O monge alemão Martinho Lutero foi um dos primeiros a contestar fortemente os dogmas da Igreja Católica e foi convocado as desmentir as suas 95 teses pelo imperador Carlos em 1521. Defendeu suas teses mostrando a necessidade da reforma da Igreja Católica.

Preocupados com os avanços do protestantismo e com a perda de fiéis, bispos e papas reúnem-se na cidade italiana de Trento (Concílio de Trento) com o objetivo de traçar um plano de reação. No Concílio de Trento ficou definido:

• Catequização dos habitantes de terras descobertas, através da ação dos jesuítas;

• Retomada do Tribunal do Santo Ofício - Inquisição: punir e condenar os acusados de heresias;

• Criação do Índex Librorium Proibitorium (Índice de Livros Proibidos): evitar a propagação de idéias contrárias à Igreja Católica.

Após a reforma, os

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