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Historia Da Educação

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Por:   •  23/5/2013  •  1.576 Palavras (7 Páginas)  •  456 Visualizações

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INTRODUÇÃO

O estudo da história da educação é indispensável ao conhecimento da educação contemporânea. Este produto histórico nos possibilita encontrar o caminho de uma educação realmente voltada para o desenvolvimento pleno do homem e sua realização como cidadão. A educação atual é ao mesmo tempo, reflexo do passado e preparação para o futuro, desta forma, o conhecimento do passado é chave para entender o futuro.

A temática deste estudo justifica-se por abordar questões debatidas no interior da disciplina "Sociologia da Educação I", junto ao requisito BIC exigido como projeto de pesquisa da FAHU, cursada durante o segundo semestre do primeiro ano letivo de 2004, as quais nos atentaram ainda outros questionamentos que exigiram a presente busca de aprofundamento.

O estudo deixa como registro o incentivo aos docentes a fim de que eles reflitam sobre que tipo de cidadãos querem formar, bem como repensar nos valores que estão repassando à nossas crianças para que a mudança social, por conseguinte educacional, aconteça na perspectiva de recuperar os valores humanos e intelectuais das crianças.

BUSCANDO O PASSADO PARA COMPREENDER O PRESENTE: DA EDUCAÇÃO DIFUSA À EDUCAÇÃO NACIONAL DO SÉCULO XVIII

Toda época tem a sua própria educação, que busca atentar às reais necessidades de cada período da história. A cada necessidade histórica, a educação vai se modificando morosamente em conflito com a educação do período anterior. Isso ocorre porque novas exigências vão sendo fixadas no cenário da vida social pelas novas conjunturas em cena.

O estudo da educação a partir de um contexto histórico é importante, pois nele estão juguladas as raízes do presente. A educação de cada povo surge através de sua história como uma cultura que prevalece com o decorrer do tempo. Portanto, é importante também resgatar a história da educação, para que possamos abranger a época moderna.

Assim, a educação de cada época é constituída a partir de uma série de fatores, destacando como principais os ideais sociopolíticos e o interesse do homem pelo conhecimento. Contudo, compete aos homens, operar as mudanças com o objetivo de projetar tanto na educação quanto na sociedade uma linha progressista ou não de desenvolvimento.

Educação Difusa: universal e integral

Até o momento em que o homem encontrava-se em um estado estável de socialização, educação difusa, a natureza garantia-lhe seu próprio sustento. A educação ocorria de uma maneira universal e integral, as crianças imitavam os adultos aprendendo para a vida e por meio da vida, ou seja, a criança no seu dia a dia aprendia com os adultos e esse aprendizado era passado de geração a geração.

O homem vivia em processos rudimentares de transformação. O indivíduo não tinha a necessidade de compreender a razão, o sentido e a finalidade das mudanças que ocorriam naquele tempo. Luzuriaga (2001, p.14) define o mesmo como:

Uma educação natural, espontânea, inconsciente, adquirida na convivência de pais e filhos adultos e menores. Sob a influência ou direção dos maiores, o ser juvenil aprendia as técnicas elementares necessárias à vida: caça, pesca, pastoreio, agricultura e fainas domésticas.

Segundo Aranha (1996), essa sociedade pré-histórica, primitiva, não apresentava classes sociais, comércio e instituição chamada escola, todos eram iguais não havia um superior e nem dominação de um ou de outro segmento. A educação, ou melhor, as formas de educar ocorriam em vários momentos espalhados pela tribo e todos os elementos da família, direta ou indiretamente participavam da educação da criança.

A respeito da sociedade primitiva enquanto educação espontânea e inconsciente, Brandão (1985) acrescenta que à medida que as crianças conviviam com os mais velhos, imitavam e aprendiam no próprio gesto de "fazer a coisa''. O saber fluía naturalmente, eram incomuns os tempos notadamente alocados apenas para o ato de ensinar, as situações de aprendizagem se misturavam com a vida em momentos de trabalho, lazer ou de amor. Conforme Durkheim s/d apud Brandão (1995, p.18-19):

Sob-regime tribal, a característica essencial da educação reside no fato de ser difusa e administrativa indistintamente por todos os elementos do clã. Não há mestres determinados, nem inspetores especiais para a formação da juventude: esses papéis são desempenhados por todos os anciãos e pelo conjunto das gerações anteriores.

Conclui-se que essa educação era representada pela transmissão oral de costumes e crenças definidos naturalmente pela repetição das condutas dos grupos mais velho, e também, claro, do chefe guerreiro considerado necessário a essa realidade que não dispunha de classes, comércios, e nem escritas.

Educação Tradicionalista: surgimento da escrita

Entre as primeiras civilizações ou povos de organização política (Estado), que excedia a vida da tribo, incluíam-se apenas os povos chamados orientais 4000 a. C. (Egito, Mesopotâmia, Índia e China). Diferente das sociedades tribais, cujo saber era acessível a qualquer membro da tribo, essas civilizações faziam parte de uma sociedade tradicionalista.

Os governos apresentavam caracteres despóticos e teocráticos usavam a fé religiosa como forma de poder à população que, por sua vez, era constituída por lavradores, comerciantes e artesãos que além de não ter direitos políticos, não tinham acesso ao saber da classe dominante.

Essa classe subalterna era excluída da sociedade, bem como as mulheres, limitando-se apenas à educação familiar informal. A partir dessa civilização inicia-se a marca da desigualdade econômica, social e educacional; uma linha de educação ofertada aos exploradores e outra aos explorados, originando-se o dualismo escolar, presente ainda na realidade do sistema educacional brasileiro.

Nessas primeiras civilizações surge a escrita, no momento em que o Estado da época necessitava de registrar seus dados. A princípio, o conhecimento da escrita era bastante restrito por ser sagrado e esotérico (ainda em caráter não complexo até chegar ao alfabeto) e também surge como forma de poder. As classes especiais destinadas ao cultivo da escrita ficavam por conta das pessoas ligadas ao Estado (ARANHA, 1996).

Os egípcios foram os primeiros a se conscientizarem

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