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Historia Da Pedagogia

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Por:   •  1/6/2014  •  1.918 Palavras (8 Páginas)  •  641 Visualizações

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Esta ATPS tem como objetivo preservar a memória da educação Escolar no Brasil contemporâneo. Diante dessa História da Educação, podemos enxergar que há um enriquecimento de saber, nos permitindo identificar a totalidade do contexto para a implantação da educação escolar no Brasil. Podemos perceber as mudanças e evoluções que contribuíram e continuam contribuindo nos dias de hoje diretamente sobre a educação.

MEMÓRIA DA EDUCAÇÃO ESCOLAR NO BRASIL CONTEMPORÂNEO

ETAPA 1

Os seres humanos são seres históricos, pois possuem herança cultural de seus antepassados, a partir daí constroem planos e fazem suas transformações, as ações e pensamentos anteriores mudam, o passado se torna a raiz do presente, a cultura e as experiências vividas transformam a forma de pensar e viver, tornando-os, assim, feitos de tempo. Estão inseridos nele: o presente não se acaba com a ação que realiza, mas adquire sentido pelo passado e pelo futuro desejado.

Somos resultado de um movimento contínuo, por isso não é possível uma natureza humana com características gerais e permanentes. Pois não há “ser humano universal” que sirva de modelo em todos os momentos. Como diz o poeta Paul Claudel “o tempo é o sentido da vida (sentido: como se diz o sentido de um riacho, o sentido de uma frase, o sentido de um pano, o sentido de odor)”.

Assim a memória é uma reconstituição do passado, narrando os acontecimentos, por meio da seleção e da construção de fatos considerados importantes. Sua preservação não é sempre igual em todos os tempos e em todos os lugares, varia conforme a cultura, a evolução dos anos, de acordo com cada visão e pela forma que o acontecimento é relatado e interpretado.

O livro "Guilherme Augusto Araújo Fernandes" de Mem Fox, revela bem como a memória é diferente para cada indivíduo, essa questão é vista neste livro de forma simples por meio da visão de uma criança. Mostrando que cada pessoa guarda seus caminhos, suas estradas, suas dificuldades, ou seja, algo que o faz chorar ou rir, algo quente onde se aloja nosso mais puro sentimento, algo antigo ou ainda algo que vale ouro e que nos permite as lembranças, os vôos da memória, caminhos que nos oportunizam a entender o presente.

A memória é a forma do passado vir à consciência em forma de imagens – lembranças, que estão presentes nos sonhos, sendo a mente humana a responsável por remodelar toda a experiência do passado em categorias cheias de sentidos e úteis para o presente. Assim como escreveu Mário Quintana, “o passado é uma invenção do presente. Por isso é tão bonito sempre, ainda quando foi uma lástima... A memória tem uma bela caixa de lápis de cor”. Reconstituir a história é importante porque cada povo tem uma cultura diferenciada com interesses sociais e políticos e essa reconstituição nos faz repensar os pontos positivos e negativos de cada época causando o aprimoramento de nossa cultura histórica e das experiências.

Sendo assim o tempo nos favorece, ele constrói os fatos e os baseia, transmite memórias e experiências, nunca se esgota. Modifica conceitos e significados estabelecendo conflitos e mudanças indispensáveis.

ETAPA 2

De acordo com os registros das trajetórias da Educação percebe-se os avanços e modificações profundas na educação no mundo e em nosso país. É possível identificar as diferenças existentes entre cada período, por meio de uma analise comparativa entre o ensino na Idade Média com o ensino atual. Assim ao longo do tempo a escola sofre mudanças de acordo com a sociedade em que se insere, de acordo com a evolução social.

O processo de reformas religiosas teve inicio no século XVI, a Igreja Católica vinha, desde o final da Idade Média, perdendo sua identidade.

Contando com uma estrutura hierárquica rígida, os jesuítas foram os principais responsáveis pelo processo de catequização das populações dos continentes americano e asiático.

A Inquisição, instaurada pelo Tribunal do Santo Oficio, outra instituição eclesiástica enviada na Contrarreforma, teve como principal função combater o desvio dos fies católicos e a expansão de outras denominações religiosas.

Igrejas se opuseram aos diversos valores do catolicismo, a autoridade do Papa já não surtia efeitos a elas, assim como o culto de imagens e santos condenados.

Com a expansão das idéias protestantes pela Europa, a Igreja Católica passou a temer a fragilização de sua influência religiosa e até mesmo de seu poder político. Em respostas a esta situação, o alto clero católico percebe a necessidade de agir e convoca o concilio de Trento, cujo objetivo principal era justamente frear o fortalecimento do protestantismo.

Por fim, devemos lembrar que estamos tratando do contexto de colonização Europa sobre o Novo Mundo, Ásia e África. Assim entendemos os esforços da igreja católica em criar a Companhia de Jesus, cuja missão seria expandir sua fé pelas terras conquistadas.

Como Carlo Ginzburg escreve, em O queijo e os vermes “eu penso que cada um acha que sua fé seja a melhor, mas não se sabe qual é a melhor; mas, porque meu avô, meu pai e os meus são cristãos, eu quero continuar cristão e acreditar que essa seja a melhor fé”.

Dentro do Individualismo, um dos principais valores renascentistas os protestantes conversam diretamente com Deus, encomendam a um padre uma missa pedindo a um santo que interceda á Deus por ele numa hierarquia que já não lhe diz respeito. O burguês conversa direta e individualmente com Deus.

Deve-se então, pensar que a mudança é resultado das relações sociais do individuo que se transforma com o decorrer do tempo, ou seja, não há como compreender o homem fora do seu contexto histórico- social definido.

Assim, também é como a educação, os saberes e valores históricos que são transmitidos ao longo do tempo através das concepções míticas, éticas e religiosas.

ETAPA 3- ESCOLAS AO DECORRER DO TEMPO

PERÍODO CARACTERÍSTICAS COLÔNIA Antes de 1564- Casas de meninos – escolas fundadas pelos Jesuítas para educar os meninos indígenas nas línguas portuguesas e espanholas.

1564- a educação dos meninos brancos ficaram a cargo dos jesuítas que lançaram um colégio na Bahia

1585- outro colégio para meninos brancos é fundando em Olinda e Rio de Janeiro. Todos eram colégios internos e recebiam órfãos portugueses e filhos da elite colonial e até alguns indígenas. IMPÉRIO 1822- vinda da família real e organização dos colégios para as elites, em séries adiantadas, pouco se fazendo algo pelo ensino primário e pela educação profissional, pois os nobres não gostavam de trabalhar.

1823- a Constituição determinava a criação de escolas de primeiras letras em todo território nacional, de escolas para meninas nas cidades e vilas populosas.

1835- foram criados os Liceus Provincianos, que reuniam estas aulas avulsas em um só lugar, preparando os alunos para o ensino superior que as aulas régias não faziam.

1837- foi criado o Colégio Pedro II, colégio para criação de meninos, que preparava para o ensino superior de acordo com os modelos franceses e para seguir o caminho eclesiástico. Aceitavam alunos entre 8 e 12 anos, podendo encurtar o tempo de estudos de 8 para 6,5 anos ou mesmo 4. Para as meninas eram ensinadas as primeiras letras, habilidades manuais, noções de músicas, dança, bordados e prendas domésticas.

1887- No final do Império foi criado o ensino secundário para moças, no Colégio Progresso, no Rio do Janeiro, de estudo noturno. Neste período nascem os cursos de Direito, Medicina ou Farmácia para os nobres, formando, o primeiro, os políticos e economistas do país. 1ª REPÚBLICA 1889 à 1930- Na Primeira República não há muita diferenciação sociais dos períodos anteriores: a economia continuou sendo agroexportadora, a força escrava foi substituída pelos imigrantes vindos da Europa e a relação de dependência continua a mesma, apenas muda o detentor desta dependência de Portugal para a Inglaterra. No entanto, com a vinda da família real e a independência, se torna necessário fortalecer a sociedade e o exército, por isso, surgem as escolas militares de nível superior para dividir com as escolas confessionais a difusão da educação no Brasil.

1930 à 1960- neste segundo período a economia se caracterizava pela produção de café para a exportação para o mercado exterior. Com o auxílio de grupos militares Vargas, assume o poder, implantando em 34 o Estado Novo, ditatorial, o que significa que a sociedade política invade áreas da sociedade civil, subordinando-a a seu controle. Cria-se pela primeira vez o Ministério da Educação e Saúde, que dá inicio a mudanças substanciais na educação e na estruturação de uma universidade.

1934- Estabelece-se, pela Constituição de 34, a necessidade de elaboração do PNE (Plano Nacional da Educação para coordenar e supervisionar as atividades de ensino em todos os níveis). Regulamenta-se as formas de financiamento da rede de ensino em cotas fixas para a Federação, os Estados e o Municípios. Implanta-se a gratuidade do ensino primário, e torna-se facultativo o religioso.

1937- a Constituição de 1937, com o objetivo de instrumentalizar o novo contingente para trabalhar na indústria é preciso funcionalizar o sistema escolar. Assim, foi criado o ensino profissionalizante para as classes menos privilegiadas, sendo obrigação das indústrias e dos sindicatos a criação destas escolas de aprendizagem na área de sua especialização para filhos de seus empregados e membros (SESI, SESC e SENAI) e torna-se obrigatória a disciplina de Educação Moral e Cívica. 2ª REPÚBLICA 1945- A política educacional do período reflete esta dialética e se estabelece entre a disputa em torno da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional e á Campanha da Escola Pública.

1946- A Constituição de 1946, fixa-se em seus parágrafos, a necessidade da elaboração de novas leis e diretrizes para o ensino no Brasil, que se encontra desatualizado ante as novas funções dadas a escola pela reorganização da economia brasileira no contexto internacional, sendo o Estado o regulador dos novos interesses.

1961- O texto definitivo da LDB lei nº 4024/61, foi uma luta travada entre o governo e intelectuais e educadores (Manifesto dos Educadores),tinha um formato excludente. Esta é uma lei elitista, porque ao mesmo tempo em que dissolve formalmente a dualidade anterior do ensino pela equivalência e flexibilidade dos cursos de nível médio, ela cede ao setor privado o seu fornecimento, assim os estudantes procedentes das classes populares ou desistem de estudar ou necessitam trabalhar de dia e estudar, em cursos precários, à noite, que não os prepara para a incursão nos níveis superiores.

1964- golpe militar e o fechamento de qualquer forma de discussão coletiva de educação. Neste período o governo militar é quem organiza a educação, que passa a ser ofertada as populações mais carentes visando a formação destes para o mercado de trabalho;

1971- é lançada uma nova Lei de Diretrizes e Bases, que estabelece novas reformas no sistema de ensino, pois os alunos passam a entrar na escola aos 7 anos, organizando a educação básica em 8 anos, extinguindo o ginásio e o exame de admissão. A pré-escola deixou de ser obrigatoriedade do estado, o que tornou quebrou muitos municípios e com isso há a situação precária do ensino.

1988- desde 1985 começa a abertura política que culmina em 1988 com a promulgação da Constituição, que provocará uma ampla reforma na educação básica, estabelecendo quais o atores que promovem a educação em cada instância, da creche a universidade.

1990- é lançado o Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA). Estabelecendo direitos e deveres das família, do governo e da sociedade para o cuidado e a educação das crianças, visando seu amplo desenvolvimento e proteção.

1996- A LDB organiza todas as instâncias da educação nacional, do atendimento, matricula até a formação dos professores e sua remuneração. Conseguindo, com isso, que esta passe a ser vista como direito da criança e do adolescente e dever da família e do estado em promovê-la.

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