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Historia Dos Cosmeticos

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Por:   •  25/10/2014  •  1.763 Palavras (8 Páginas)  •  815 Visualizações

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1. O que é cosmético

Cosméticos são produtos constituídos por substâncias naturais ou sintéticas usadas na higienização pessoal, proteção, odorização ou embelezamento.

1.1 Origem da palavra cosmético

Deriva da palavra grega kosmetikós, que significa “hábil em adornar”.

1.2 O início dos cosméticos

1.3 .Os cosméticos na Antiguidade

Existem evidências arqueológicas do uso de cosméticos para embelezamento e higiene pessoal desde 4000 anos antes de Cristo. Os primeiros registros tratam dos egípcios, que pintavam os olhos com sais de antimônio para evitar a contemplação direta do deus Ra, representado pelo sol. Para proteger sua pele das altas temperaturas e secura do clima desértico da região, os egípcios recorriam à gordura animal e vegetal, cera de abelhas, mel e leite no preparo de cremes para a pele.

Os gregos e romanos foram os primeiros povos a produzir sabões, que eram preparados a partir de extratos vegetais muito comuns no Mediterrâneo, como o azeite de oliva e o óleo de pinho, e também a partir de minerais alcalinos obtidos a partir da moagem de rochas. Atores do teatro romano eram grandes usuários de maquiagem para poderem incorporar diferentes personagens ao seu repertório.

Pastas eram produzidas misturando óleos com pigmentos naturais extraídos de vegetais (açafrão ou a mostarda) ou de rochas. Mortes por intoxicação eram comuns entre os atores, pois muitos dos pigmentos minerais da época continham chumbo ou mercúrio em sua composição.

1.4 Os cosméticos na Idade Média

Com a decadência do império romano veio a Idade Média, um período em que o rigor religioso do cristianismo reprimiu o culto à higiene e a exaltação da beleza. Os hábitos de higiene foram abandonados porque o cristianismo ensinava que os males do corpo só poderiam ser curados com a intervenção divina. A chamada Idade das Trevas foi muito repressiva na Europa, e o uso de cosméticos desapareceu completamente. As Cruzadas devolveram a este período alguns costumes do culto à beleza, já que os cruzados traziam do oriente cosméticos e perfumes. Além disso, no início do período medieval a ocupação árabe na Península Ibérica fez com que certos hábitos de higiene fossem mantidos em cidades como Córdoba, Sevilha e Granada por questões religiosas: casas de banho, redes de esgoto e a limpeza pública continuaram a existir em alguns lugares por conta da religião dos muçulmanos.

No restante da Europa, no entanto, cidades e casas eram focos de sujeira, e as pessoas tomavam um banho a cada ano. A higiene pessoal resumia-se a lavar as mãos e o rosto antes das refeições e limpar os dentes com um pano. Acreditava-se nessa época que a água deixaria a pele suscetível a doenças, já que abriria os poros, permitindo a entrada de doenças. O padrão de beleza da época privilegiava a palidez, e as mulheres espalhavam compostos de arsênico e chumbo sobre a face para clareá-la. Sem dispor de cosméticos, elas usavam apenas leite, vinho, lama e pós sobre a pele. Em torno do ano 1300, na Inglaterra, cabelos tingidos de vermelho entram na moda.

1.5 Os cosméticos na Era Moderna

O reconhecimento do benefício da higiene pessoal cresceu ao longo do século 19. Donas de casa dessa época fabricavam cosméticos em suas próprias residências utilizando limonadas, leite, água de rosas, creme de pepino etc. A influência do Romantismo e o contato dos europeus com os povos indígenas da América, cuja cultura estava profundamente associada ao banho e à higiene, voltaram a glorificar a natureza do banho como um ato saudável. Em 1878, foi lançado o primeiro sabonete, pela empresa Procter & Gamble.

No século 20, a indústria de cosméticos cresceu muito. Em 1910, Helena Rubinstein abriu em Londres o primeiro salão de beleza do mundo. Em 1921, pela primeira vez o batom é embalado em um tubo e vendido em cartucho para as consumidoras. Entre as inovações da indústria de cosméticos, destacam se: os desodorantes em tubos, os produtos químicos para ondulação dos cabelos, os xampus sem sabão, os laquês em aerossol, as tinturas de cabelo pouco tóxicas e a pasta de dentes com flúor.

Nos anos 50, políticas de incentivo trouxeram para o Brasil empresas multinacionais gigantescas, como a americana Avon e a francesa L’Oréal. Essas empresas lançaram novidades como a venda direta e produtos para o público masculino. A maquiagem básica, que se compunha de pó de arroz e batom, foi se diversificando e se sofisticando.

Nos anos 90, o tempo entre a aplicação do cosmético e o aparecimento do efeito prometido na bula diminui de 30 dias para menos de 24 horas. Surgem os cosméticos multifuncionais, como batons com protetor solares e hidratantes antienvelhecimentos.

2.0 Evolução

A cosmética do novo milênio promete ser fascinante. Um verdadeiro mundo de novas possibilidades está começando, com o resgate de substâncias milenares e o uso de tecnologia avançada. Dessa bem sucedida mescla entre o antigo e o novo, resulta produtos cada vez mais seguros e eficazes, como a proteína vegetal injetável, já usada na Europa para amenizar depressões e rugas do rosto (é uma alternativa ao ácido hialurônico).

Não há como esquecer que, em passado não tão distante, ainda usava-se limpar o rosto com loção caseira de pepino, tiravam-se olheiras de noites mal dormidas com fatias de batatas cruas, esfoliava-se o rosto e as mãos com açúcar e limão, e com marcela e camomila clareava-se o cabelo. Eram "receitas das vovós", que incluíam também remédios caseiros à base de ervas.

Mas os tempos mudaram. Com o crescimento da indústria de cosméticos e das farmácias de manipulação, as formulações químicas foram dominando o mercado. Ao mesmo tempo, não se podia mais confiar na pureza dos produtos de fabricação caseira, devido ao excesso de agrotóxicos ou de coliformes fecais contidos nessas plantas e ervas. Com a contribuição da medicina ortomolecular para o retardamento do envelhecimento, a dermatologia também avançou. A cosmética passou a atingir mais profundamente nossas necessidades, repondo as perdas biológicas causadas pela idade, estresse ou fatores psicossomáticos. Os extratos de placenta tornaram-se insuficientes. Nos produtos de beleza passamos a encontrar colágeno, elastina, lipossomas, ceramidas, antioxidantes, sobretudo, as vitaminas C e E.

O filtro solar

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